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PiTacO do PapO! 'A Senhora da Van' - 2016

NOTA  8.2

Algumas obras , e poucas delas diga-se de passagem,  possuem uma doçura tão inerente ao seu contexto , que todo o resto parece não fazer grande diferença, mesmo não sendo tão fantásticas assim.  Essa é a leitura que faço desta história que se auto intitula uma 'história baseada em fatos reais, ou pelo menos parte dela' estrelada pela dama do teatro , cinema e tevê , a britânica Maggie Smith. 


O filme dirigido por Nicholas Hytner se passa em 1970 no charmoso bairro londrino Camden Town , onde seremos apresentados à Mary Shepherd (Maggie Smith),  uma senhora idosa, que mora dentro de uma van praticamente caindo ao pedaços. Devido aos seus hábitos pouco higiênicos, os moradores não gostam nem um pouco quando ela decide estacionar o carro próximo à sua casa. O único que a tolera é o escritor Alan Bennett (Alex Jennings), que permite que ela use seu banheiro de vez em quando. Após algum tempo, os moradores conseguem que a prefeitura proíba que qualquer carro fique estacionado no bairro. A intenção era que a sra. Shepherd deixasse o local, mas ela encontra uma saída quando Alan oferece que ela estacione na vaga existente em sua própria casa.

'A Senhora da Van', que foi atração no Festival Internacional de Cinema de Toronto em 2015 , chega agora ao circuito comercial nos cinemas brasileiros , mas em pouquíssimas salas. Definitivamente não estamos diante de uma obra para as massas : isso é até compreensível dado ao tom teatral trazido da peça original também dirigida por Hytner e estrelada também por Mrs Smith. Mas é como dissemos no princípio deste texto,  mesmo com todos os percalços e alguns momentos beirando a monotonia,  o filme conquista pelo poesia imprimida nos personagens e pela maneira como os conduzem. A atriz consegue driblar bem estes tais momentos, incitando no espectador um interesse genuíno pela personagem. Já Alex Jennings constrói um Alan Bennett multifacetado, cuja psiquê surge dividida em duas em vários momentos e que tem na insegurança seu traço mais marcante.

Estamos diante de uma produção bastante pitoresca e tipicamente inglesa , que tenderá a agradar muito mais ao ávidos por obras europeias , que não se importam muito com o ritmo ou a maneira como a história é contada, mas sim o que está por trás dela.

Vale Ver ! 


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