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Dica do Papo! 'A Bela da Tarde' - 1967

O diretor Luis Buñuel com toda certeza será aquele lembrado, ao menos pela grande maioria,  por ser o homem por traz de 'A Bela da Tarde', um dos grandes filmes da década de sessenta. Seu trabalho ao lado de Salvador Dalí,  fez com que ele trouxesse para suas obras cinematográficas todo surrealismo presente na obra do grande pintor. 

A obra única de Buñuel esteve sempre cercada por escândalos , mas isso não impediu que a crítica caísse aos seus pés. Resultado?  O gênio tornou-se um dos cineastas mais controversos de sua época, quiçá de todos os tempos...Seu estilo de trabalho até hoje influencia outros profissionais no ramo cinematográfico, como por exemplo o grande Pedro Almodóvar. 

A dica de hoje é de 1967 e é estrelada pela belíssima Catherine Deneuve, um expoente entre as atrizes francesas.  Deneuve é uma lenda viva da sétima arte, um patrimônio do cinema francês que ainda hoje continua encantando fãs , não só no seu país de origem como em todo o mundo.




Eis a sinopse :

Séverine (Catherine Deneuve) é uma jovem rica e bonita, porém infeliz. Ela ama seu marido (Jean Sorel), um médico, mas eles não são tão íntimos quanto ela deseja. Ela procura um discreto bordel, comandado pela Madame Anais (Geniviève Page), para realizar suas fantasias eróticas e tentar alcançar o prazer que seu marido não consegue lhe dar. Ela trabalha como prostituta à tarde e à noite retorna para os braços de seu marido, que nem de longe sonha com a vida dupla que sua esposa vive. 


Em tempos do chamado empoderamento feminino, nada mais a calhar,  isso prova o quão visionário era Buñuel.  O filme é dominado pelas mulheres, os homens acabam sendo só uma simples moldura no meio de todo surrealismo empregado nesse trabalho através principalmente da personagem título. Uma mulher frágil, aparentemente boba mas que encontrou no sexo o caminho para se afirmar diante da sociedade e até do marido, porque não...



Buñuel e suas 'viagens' em uma das cenas com Deneuve

'A Bela da Tarde' é uma adaptação do livro homônimo de Joseph Kessel. 
O título em francês do livro e do filme, Belle de Jour, é o nome da flor lírio, que floresce apenas durante o dia, fazendo alusão ao período em que a protagonista trabalha como prostituta. A produção venceu o Leão de Ouro no Festival de Veneza, em 1967.




O filme ainda continua sendo atual,e de forma inteligente propõe uma infinidade de interpretações. Fica aqui essa dica de ouro do filme que marcou a carreira dessa grande atriz francesa  e também é o grande cartão de visitas do mestre Buñuel.




'Papo de Cinemateca - Porque Cinema e Diversão é com a Gente Mesmo.'

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