PiTacO do PapO! ' Life - Um Retrato de James Dean' - 2016
NOTA 8.6
Alguns filmes nos prendem muito mais pelo que representam e pela estética em si , do que exatamente pela história. Assim é 'Life - Um Retrato de James Dean': o longa dirigido pelo ex fotógrafo Anton Corbijn, tem um tom documental super significativo até para a história do cinema. O filme narra um perÃodo na vida do fenômeno James Dean. O ator que teve uma carreira meteórica, e se reafirmou na história da sétima arte como a personificação da rebeldia na década de 50.
No momento em especÃfico, James Dean (Dane DeHaan) está à s vésperas do lançamento do seu primeiro filme 'Vidas Amargas' e ainda não é um ator famoso. Os estúdios têm grandes planos para transformá-lo em um astro, mas ele não se sente à vontade com a vida de festas, eventos e autógrafos. O fotógrafo Dennis Stock (Robert Pattinson), apostando no sucesso iminente de James Dean, pede para fotografá-lo em um ensaio para a revista Life, mas recebe apenas respostas negativas. Um dia, para fugir da promoção de "Vidas Amargas", Dean esconde-se na fazenda de sua famÃlia e leva o novo amigo Stock junto dele. Neste local, o fotógrafo registra as imagens mais famosas de toda a carreira do ator.
Engana-se quem pensa que o rapaz que a mÃdia a todo custo rotulava de 'rebelde sem causa' fizesse jus ao tÃtulo, Jimmy, como era chamado pelos familiares e mais chegados, na verdade era um rapaz tÃmido e muito introspectivo, valorizava as raÃzes e era altamente apegado à s paixões. Acredito que a rebeldia em Dean era muito mais uma atitude involuntária ou até mesmo pela angústia que alguns jovens carregavam consigo na década de 50, ou ainda simplesmente , pode ser que esse tÃtulo tenha acabado pegando pois os estúdios assim o queriam. Business my friend, business! Suspeito que essa década foi aquela que construiu os maiores mitos do cinema... a indústria cinematográfica 'fazia a cama' e só restavam aos seus 'produtos' , 'deitarem nela'.
O mais curioso no longa de Corbijn é que ele não apostou no momento crucial na carreira do mito e nem nos motivos que levaram à sua morte, ao invés disso, preferiu os pequenos momentos Ãntimos, o tédio dos bastidores, a melancolia na vida de um ator que nunca se acostumou com as convenções dos estúdios. Em outras palavras, o roteiro leva à s telas os “tempos mortos”, as esperas, os olhares – justamente aquilo que a maioria das cinebiografias teria descartado. Destaco aqui , a atuação de Dane Dehaan: o ator que já tem quase 10 anos de carreira, compõe seu personagem com riqueza de detalhes, incorpora o jeito misterioso do mito somado à doçura desconhecida de muitos.
Pra quem ama cinebiografias, taà uma boa pedida.
Vale Ver !
Alguns filmes nos prendem muito mais pelo que representam e pela estética em si , do que exatamente pela história. Assim é 'Life - Um Retrato de James Dean': o longa dirigido pelo ex fotógrafo Anton Corbijn, tem um tom documental super significativo até para a história do cinema. O filme narra um perÃodo na vida do fenômeno James Dean. O ator que teve uma carreira meteórica, e se reafirmou na história da sétima arte como a personificação da rebeldia na década de 50.
No momento em especÃfico, James Dean (Dane DeHaan) está à s vésperas do lançamento do seu primeiro filme 'Vidas Amargas' e ainda não é um ator famoso. Os estúdios têm grandes planos para transformá-lo em um astro, mas ele não se sente à vontade com a vida de festas, eventos e autógrafos. O fotógrafo Dennis Stock (Robert Pattinson), apostando no sucesso iminente de James Dean, pede para fotografá-lo em um ensaio para a revista Life, mas recebe apenas respostas negativas. Um dia, para fugir da promoção de "Vidas Amargas", Dean esconde-se na fazenda de sua famÃlia e leva o novo amigo Stock junto dele. Neste local, o fotógrafo registra as imagens mais famosas de toda a carreira do ator.
Engana-se quem pensa que o rapaz que a mÃdia a todo custo rotulava de 'rebelde sem causa' fizesse jus ao tÃtulo, Jimmy, como era chamado pelos familiares e mais chegados, na verdade era um rapaz tÃmido e muito introspectivo, valorizava as raÃzes e era altamente apegado à s paixões. Acredito que a rebeldia em Dean era muito mais uma atitude involuntária ou até mesmo pela angústia que alguns jovens carregavam consigo na década de 50, ou ainda simplesmente , pode ser que esse tÃtulo tenha acabado pegando pois os estúdios assim o queriam. Business my friend, business! Suspeito que essa década foi aquela que construiu os maiores mitos do cinema... a indústria cinematográfica 'fazia a cama' e só restavam aos seus 'produtos' , 'deitarem nela'.
O mais curioso no longa de Corbijn é que ele não apostou no momento crucial na carreira do mito e nem nos motivos que levaram à sua morte, ao invés disso, preferiu os pequenos momentos Ãntimos, o tédio dos bastidores, a melancolia na vida de um ator que nunca se acostumou com as convenções dos estúdios. Em outras palavras, o roteiro leva à s telas os “tempos mortos”, as esperas, os olhares – justamente aquilo que a maioria das cinebiografias teria descartado. Destaco aqui , a atuação de Dane Dehaan: o ator que já tem quase 10 anos de carreira, compõe seu personagem com riqueza de detalhes, incorpora o jeito misterioso do mito somado à doçura desconhecida de muitos.
Pra quem ama cinebiografias, taà uma boa pedida.
Vale Ver !
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