PiTacO do PapO! 'Capitão Fantástico' - 2016
NOTA 10
Viggo Mortensen não tem visão de raio X e não voa, mas é o super herói desse lindo conto que é 'Capitão Fantástico', filme do diretor Matt Ross (que também dirigiu ' Psicopata Americano' , 'O Aviador', 'Os Doze Macacos', dentre outros ). Ele é Ben, um homem sonhador e idealista que junto com a esposa acredita que o melhor pra filharada, 6 no total, é viver longe da civilização.
As crianças aprendem a sobreviver na floresta, caçam e plantam a própria comida. Todas as manhãs fazem treinamento militar e meditação . Também leem muitos clássicos da literatura, estudam e cantam ao redor da fogueira. Levam uma vida bem simples e natureba mas com muito conteúdo. O dia mais comemorado por eles, como se fosse Natal, com bolo e troca de presentes é o aniversário de Noam Chomsky, filósofo e linguista americano.
No quotidiano dessa família alternativa o espectador é presenteado com paisagens lindíssimas, vegetação e cachoeiras virgens da região noroeste americana.
O figurino encantador chama atenção, roupas de pessoas que vivem do que produzem, chapéus de pele de pequenos animais, bordados delicados em lã e ponto cruz, botões, patchwork e tecidos rústicos.
A mãe das crianças (que desde que apresentou uma doença mental vive na cidade com os pais) morre, e elas saem do paraíso pra ir ao seu funeral. Todos embarcam num ônibus/casa e o filme vira um road movie com momentos engraçados, um mix de 'Little Miss Sunshine' com 'Moonrise Kingdom'. O pai vira guia turístico, apresentando aos filhos a cidade e as delícias do capitalismo, shoppings, lanchonetes e supermercados.
É aí que acontece o choque cultural: crianças criadas na floresta que de repente se deparam com um mundo moderno totalmente desconhecido .Quando o filho mais velho dá de cara com garotas saindo da loja de conveniência, seu incômodo, embaraço e ao mesmo tempo prazer em vê-las escancara o abismo entre eles. Hilário quando vão ao banco e um dos caçulas comenta admirado: ..."Mas todo mundo aqui é tão gordo!"
O diretor Matt Ross, ele próprio criado numa comunidade alternativa no estado americano do Oregon, inspirou-se nessa experiência para levantar a questão: até que ponto esse tipo de criação isolada é cruel ou benéfica pra crianças? De que adianta saber tudo dos livros e nada do mundo real e vice-versa? Nem tanto ao céu, nem tanto ao mar, tudo na vida tem de ter um equilíbrio.
A trilha sonora também é destaque, ela vai de Bach e Chopin a gaita de fole e rock tradicional, Bob Dylan, Sigur Ros e Guns N´ Roses, na versão de Sweet Child O´Mine fica difícil conter as lágrimas. Todas as músicas perfeitamente encaixadas em cada cena.
O elenco todo está afiadíssimo, as crianças, os tios e avós, mas Viggo Mortensen domina a cena nessa atuação brilhante e memorável do pai não convencional que faz tudo pensando no melhor pros filhos (e qual pai não faz?!)
Acima de tudo é um filme sobre o amor, adorável , cativante e pra todos os públicos.
Super Vale Ver !
Por Karina Massud
Viggo Mortensen não tem visão de raio X e não voa, mas é o super herói desse lindo conto que é 'Capitão Fantástico', filme do diretor Matt Ross (que também dirigiu ' Psicopata Americano' , 'O Aviador', 'Os Doze Macacos', dentre outros ). Ele é Ben, um homem sonhador e idealista que junto com a esposa acredita que o melhor pra filharada, 6 no total, é viver longe da civilização.
As crianças aprendem a sobreviver na floresta, caçam e plantam a própria comida. Todas as manhãs fazem treinamento militar e meditação . Também leem muitos clássicos da literatura, estudam e cantam ao redor da fogueira. Levam uma vida bem simples e natureba mas com muito conteúdo. O dia mais comemorado por eles, como se fosse Natal, com bolo e troca de presentes é o aniversário de Noam Chomsky, filósofo e linguista americano.
No quotidiano dessa família alternativa o espectador é presenteado com paisagens lindíssimas, vegetação e cachoeiras virgens da região noroeste americana.
O figurino encantador chama atenção, roupas de pessoas que vivem do que produzem, chapéus de pele de pequenos animais, bordados delicados em lã e ponto cruz, botões, patchwork e tecidos rústicos.
A mãe das crianças (que desde que apresentou uma doença mental vive na cidade com os pais) morre, e elas saem do paraíso pra ir ao seu funeral. Todos embarcam num ônibus/casa e o filme vira um road movie com momentos engraçados, um mix de 'Little Miss Sunshine' com 'Moonrise Kingdom'. O pai vira guia turístico, apresentando aos filhos a cidade e as delícias do capitalismo, shoppings, lanchonetes e supermercados.
É aí que acontece o choque cultural: crianças criadas na floresta que de repente se deparam com um mundo moderno totalmente desconhecido .Quando o filho mais velho dá de cara com garotas saindo da loja de conveniência, seu incômodo, embaraço e ao mesmo tempo prazer em vê-las escancara o abismo entre eles. Hilário quando vão ao banco e um dos caçulas comenta admirado: ..."Mas todo mundo aqui é tão gordo!"
O diretor Matt Ross, ele próprio criado numa comunidade alternativa no estado americano do Oregon, inspirou-se nessa experiência para levantar a questão: até que ponto esse tipo de criação isolada é cruel ou benéfica pra crianças? De que adianta saber tudo dos livros e nada do mundo real e vice-versa? Nem tanto ao céu, nem tanto ao mar, tudo na vida tem de ter um equilíbrio.
A trilha sonora também é destaque, ela vai de Bach e Chopin a gaita de fole e rock tradicional, Bob Dylan, Sigur Ros e Guns N´ Roses, na versão de Sweet Child O´Mine fica difícil conter as lágrimas. Todas as músicas perfeitamente encaixadas em cada cena.
O elenco todo está afiadíssimo, as crianças, os tios e avós, mas Viggo Mortensen domina a cena nessa atuação brilhante e memorável do pai não convencional que faz tudo pensando no melhor pros filhos (e qual pai não faz?!)
Acima de tudo é um filme sobre o amor, adorável , cativante e pra todos os públicos.
Super Vale Ver !
Por Karina Massud
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