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PiTacO do PapO ! 'Chevalier' - 2016

NOTA 7.5



Ah... a boa e velha competição masculina...como ela é divertida!

Em 'Chevalier' (2016), a diretora grega Athina Rachel Tsangari faz uma critica/sátira inteligente à masculinidade e suas bobagens, à eterna competição entre homens.

Um grupo de seis amigos de férias aluga um iate de luxo e parte para uma viagem pelo mar Egeu para pescar, mergulhar e praticar esportes aquáticos. O tédio bate e eles decidem jogar um jogo chamado Chevalier (que originalmente é o nome de um título honorífico dos cavaleiros do imperador francês Napoleão Bonaparte). Nele, tudo o que se faz é avaliado e tem um nota dada pelos amigos, quem vencer leva o anel chamado Chevalier no dedo mindinho até a próxima jogada.


Eles começam então uma competição maluca, julgando desde a forma como se dorme, até como se toma o café da manhã ou quantas vezes e como se escova os dentes. Claro, o tamanho do pênis (o símbolo magno da masculinidade) também entra nessa competição, assim como os dotes culinários, serviços domésticos e até mesmo o toque do celular que usam. Chegam ao cúmulo de colocar a taxa de colesterol na competição!

Diferente da competição feminina, onde bem sabemos, mulheres podem se tornar megeras sanguinárias implacáveis... porém na competição entre homens, a situação beira o infantil 'nível jardim de infância'. Como bem diz o ditado: "Boys will be boys" (Garotos sempre serão garotos) . As coisas começam a ficar meio tensas na competição, não só pelo ridículo das "provas" e das avaliações cheias de testosterona, mas pelo que ela vai causando no estado emocional dos competidores, mostrando as máscaras que cada um usa na sociedade.

O elenco de Chevalier é afiado, e os diálogos ( tanto dos passageiros como da tripulação do barco) são ágeis e inteligentes, sobre família, trabalho, relacionamentos, vida em geral, e através deles conhecemos todos os personagens, suas vidas e dramas.

Não é um filme de grandes e fáceis gargalhadas, o humor é sutil, um pouco seco mas muito inteligente. A pergunta que fica: será que os homens, ao assistirem 'Chevalier', se identificarão em sua vaidade de macho ali retratada?







Vale Ver ! 






Por Karina Massud 

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