PiTacO do PapO! 'Animais Noturnos' - 2016
NOTA 8.5
Ao assistir a segunda investida da porção cineasta do estilista Tom Ford, percebemos que muito do que ele mostra na tela é também o que ele é na profissão onde é mais conhecido. A maneira com que ele 'alinhava' suas histórias é de altÃssimo nÃvel, assim como suas criações no mundo da moda. 'Animais Noturnos', filme aclamado pela crÃtica e indicado a três prêmios Globo de Ouro (roteiro, direção e ator coadjuvante para Aaron Taylor-Johnson) é mais um acerto genial na carreira desse entusiasta a diretor e roteirista.
No filme Amy Adams (impecável por sinal) vive uma negociante de arte que se sente cada vez mais isolada do parceiro (Armie Hammer). Um dia, ela recebe um manuscrito de autoria de Edward (Jake Gylenhaal), seu primeiro marido. Por sua vez, o trágico livro acompanha o personagem Tony Hastings, um homem que leva sua esposa (Isla Fisher) e filha (Ellie Bamber) para tirar férias, mas o passeio toma um rumo violento ao cruzar o caminho de uma gangue. Durante a tensa leitura, Susan pensa sobre as razões de ter recebido o texto, descobre verdades dolorosas sobre si mesma e relembra traumas de seu relacionamento fracassado.
De cara , e não é segredo pra ninguém, 'Animais Noturnos' apresenta uma história dentro da outra, que podem ou não ter relação, (eu prefiro dizer que sim), onde o público acompanha três tramas: a rotina de Susan em uma nova relação fadada ao fracasso; o breve casamento entre ela e o escritor, há duas décadas; e a encenação do enredo do livro. De acordo com o próprio diretor, o filme é na verdade "uma história educativa sobre aceitarmos as escolhas que fazemos ao longo da vida e as consequências que nossas decisões podem ter". Embora generalista, a definição não poderia ser mais precisa. Baseado no livro 'Tony e Susan', de Austin Wright, o roteiro tem seus episódios entremeados e correlacionados. A partir das informações vistas nas sequências no presente e no passado, é possÃvel entender a abordagem da ficção; com a ficção e o passado, pode-se refletir sobre que se passa com a protagonista no presente; e assim por diante.
Eu ainda diria mais, Ford dá vestÃgios que quer mesmo falar de vingança, (concretizadas ou não na pelÃcula), e perdas , sob diversas óticas, umas com valores mais estimadas que outras. É claro, que o filme deixará mais saciado os famintos pela estética e visual: o estilista parece imprimir toda sua experiência no mundo da moda na sua nova pelÃcula. Diversos ângulos e closes , assim como o figurino e alguns cenários deixam latente essa sensação.
No fim da história, muito mais do que um roteiro brilhante, o filme se destaca mesmo por conta do elenco primoroso que entende o jeito 'tomfordiano' de ser até nos pequenos detalhes. Uma obra que agradará principalmente pela condução - por conseguir manter um clima atraente do inÃcio ao fim.
Vale Ver !
Ao assistir a segunda investida da porção cineasta do estilista Tom Ford, percebemos que muito do que ele mostra na tela é também o que ele é na profissão onde é mais conhecido. A maneira com que ele 'alinhava' suas histórias é de altÃssimo nÃvel, assim como suas criações no mundo da moda. 'Animais Noturnos', filme aclamado pela crÃtica e indicado a três prêmios Globo de Ouro (roteiro, direção e ator coadjuvante para Aaron Taylor-Johnson) é mais um acerto genial na carreira desse entusiasta a diretor e roteirista.
De cara , e não é segredo pra ninguém, 'Animais Noturnos' apresenta uma história dentro da outra, que podem ou não ter relação, (eu prefiro dizer que sim), onde o público acompanha três tramas: a rotina de Susan em uma nova relação fadada ao fracasso; o breve casamento entre ela e o escritor, há duas décadas; e a encenação do enredo do livro. De acordo com o próprio diretor, o filme é na verdade "uma história educativa sobre aceitarmos as escolhas que fazemos ao longo da vida e as consequências que nossas decisões podem ter". Embora generalista, a definição não poderia ser mais precisa. Baseado no livro 'Tony e Susan', de Austin Wright, o roteiro tem seus episódios entremeados e correlacionados. A partir das informações vistas nas sequências no presente e no passado, é possÃvel entender a abordagem da ficção; com a ficção e o passado, pode-se refletir sobre que se passa com a protagonista no presente; e assim por diante.
Eu ainda diria mais, Ford dá vestÃgios que quer mesmo falar de vingança, (concretizadas ou não na pelÃcula), e perdas , sob diversas óticas, umas com valores mais estimadas que outras. É claro, que o filme deixará mais saciado os famintos pela estética e visual: o estilista parece imprimir toda sua experiência no mundo da moda na sua nova pelÃcula. Diversos ângulos e closes , assim como o figurino e alguns cenários deixam latente essa sensação.
No fim da história, muito mais do que um roteiro brilhante, o filme se destaca mesmo por conta do elenco primoroso que entende o jeito 'tomfordiano' de ser até nos pequenos detalhes. Uma obra que agradará principalmente pela condução - por conseguir manter um clima atraente do inÃcio ao fim.
Vale Ver !
Ainda não vi o filme, mas pelo que tenho lido, inclusive no seu texto, sem dúvida alguma Tom Ford já criou um estilo de filme bem "Tom Fordiano". Espero que ele não demore tanto pra rodar outro!!!
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