PiTacO do PapO! 'Depois da Tempestade' - 2016
NOTA 8.0
Logo nas primeiras cenas de "Depois da Tempestade" caà de amores pela senhorinha Yoshiko (interpretação brilhante da atriz Kirin Kiki). Ela é uma viúva forte, objetiva e direta no modo de viver e encarar a vida, mas ao mesmo tempo doce, serena e sábia. Ela é a matriarca, o pilar da pequena famÃlia em torno da qual gira a trama : um casal de filhos, nora e neto.
Sua filha mais velha (Satomi Kobayashi) é a certinha, moralista e rigorosa. Ryota (Hiroshi Abe), seu filho, é um ex-escritor que até já ganhou um prêmio literário importante, depois do qual não conseguiu escrever mais nada relevante. Jogador inveterado, ele ganha a vida como detetive particular descobrindo casos de adultério e ganhando um trocado a mais chantageando clientes. Tal qual seu falecido pai ele vive na pior: não consegue pagar a pensão alimentÃcia, perdeu a esposa (que já arrumou um namorado bem sucedido) e luta pra resconstruir sua vida e sua relação com o filho. Os filhos, por mais que lutem ou queiram ser diferentes de seus pais acabam cedo ou tarde cópias quase que fiéis deles, seja pro bem ou pro mal.
Eis que um tufão, o de número 23, chega ao Japão, e Ryota acaba ficando preso na casa de sua mãe junto da ex-mulher (Yoko Maki) e do filho ( Sosuke Ikematsu). Dessa reunião forçada surge a oportunidade de tentar resgatar a união arruinada. Eles não tem nada mais a fazer além de esperar a tempestade passar...longas conversas, refeições e jogos, onde devagar aparecem as personalidades de cada um, enquanto histórias e mágoas do passado vem à tona.
História simples e envolvente que poderia acontecer em qualquer famÃlia onde há disputa por carinho, por dinheiro e hierarquia. Assim como em "Pais e Filhos" e "Nossa Irmã Mais Velha", Kore-Eda mais uma vez nos traz uma bela crônica familiar, explorando com leveza e realismo conflitos e dissoluções familiares, expondo suas feridas mas também sua cura.
Vale Ver !
Por Karina Massud
Logo nas primeiras cenas de "Depois da Tempestade" caà de amores pela senhorinha Yoshiko (interpretação brilhante da atriz Kirin Kiki). Ela é uma viúva forte, objetiva e direta no modo de viver e encarar a vida, mas ao mesmo tempo doce, serena e sábia. Ela é a matriarca, o pilar da pequena famÃlia em torno da qual gira a trama : um casal de filhos, nora e neto.
Sua filha mais velha (Satomi Kobayashi) é a certinha, moralista e rigorosa. Ryota (Hiroshi Abe), seu filho, é um ex-escritor que até já ganhou um prêmio literário importante, depois do qual não conseguiu escrever mais nada relevante. Jogador inveterado, ele ganha a vida como detetive particular descobrindo casos de adultério e ganhando um trocado a mais chantageando clientes. Tal qual seu falecido pai ele vive na pior: não consegue pagar a pensão alimentÃcia, perdeu a esposa (que já arrumou um namorado bem sucedido) e luta pra resconstruir sua vida e sua relação com o filho. Os filhos, por mais que lutem ou queiram ser diferentes de seus pais acabam cedo ou tarde cópias quase que fiéis deles, seja pro bem ou pro mal.
Eis que um tufão, o de número 23, chega ao Japão, e Ryota acaba ficando preso na casa de sua mãe junto da ex-mulher (Yoko Maki) e do filho ( Sosuke Ikematsu). Dessa reunião forçada surge a oportunidade de tentar resgatar a união arruinada. Eles não tem nada mais a fazer além de esperar a tempestade passar...longas conversas, refeições e jogos, onde devagar aparecem as personalidades de cada um, enquanto histórias e mágoas do passado vem à tona.
História simples e envolvente que poderia acontecer em qualquer famÃlia onde há disputa por carinho, por dinheiro e hierarquia. Assim como em "Pais e Filhos" e "Nossa Irmã Mais Velha", Kore-Eda mais uma vez nos traz uma bela crônica familiar, explorando com leveza e realismo conflitos e dissoluções familiares, expondo suas feridas mas também sua cura.
Vale Ver !
Por Karina Massud
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