PiTacO do PapO! 'Guardiões da Galáxia Vol. 2' - 2017
NOTA 9.0
Por Bruno Santos
Antes do primeiro 'Guardiões da Galáxia' ser lançado, lembro-me claramente de inúmeras pessoas não colocando nenhuma fé em um filme com um guaxinim falante e uma árvore ambulante, inclusive eu. Felizmente, o filme superou todas as expectativas, tornando-se um dos melhores do Universo Cinematográfico Marvel. James Gunn, portanto, foi do zero a herói e, é claro, isso colocaria em seu colo a enorme responsabilidade de dirigir uma sequência que fosse, pelo menos, tão boa quanto o original.
Após o inusitado grupo se unir para combater Ronan e seus lacaios, encontramos novamente Peter Quill (Chris Pratt), Gamora (Zoe Saldana), Drax (Dave Bautista), Rocket (Bradley Cooper) e Baby Groot (voz de Vin Diesel) realizando um serviço em um planeta. Quando tudo dá errado, eles são forçados a escapar às pressas e, nesse processo, acabam encontrando o pai de Peter (Kurt Russel). Quill precisa, então, conhecer essa figura paterna e lidar com o seu passado que há tanto tempo deixara para trás, enquanto todos eles têm de combater uma nova ameaça que se apresenta.
O que mais diferencia esse Vol. 2 de seu antecessor, é a maneira como o filme trabalha cada um de seus personagens. Enquanto a obra anterior tinha o foco maior na construção da equipe e na maneira como deveriam derrotar Ronan, este explora os integrantes dos Guardiões de maneira mais íntima, garantindo a cada um deles um arco pessoal diferente. Evidente que Peter é aquele que recebe a maior atenção, devido à aparição de seu pai, mas é gratificante enxergar como o roteiro de James Gunn se preocupa com os outros, dando-lhes o necessário tempo em tela para termos a noção de que esse é um filme sobre o grupo e não um indivíduo em específico. Com isso, ganhamos algumas gratas surpresas, como uma participação maior de Yondu (Michael Rooker) e Nebulosa (Karen Gillan), que permaneceram mais em segundo plano no primeiro filme. A apresentação de Mantis (Pom Klementieff), também, é um ponto a mais para Gunn, que extrai outros elementos dos quadrinhos originais, adotando o conceito de que a formação dos Guardiões está em constante movimento, o que, naturalmente, permite uma maior renovação das histórias, possibilitando que variados enredos sejam explorados. Falando nisso, é realmente impressionante constatar como nenhum desses indivíduos é esquecido ao longo do filme, por mais que sua duração seja um pouco maior do que a do longa anterior.
Em muitos aspectos, esta continuação nos remete a 'O Império Contra-Ataca'(da saga Star Wars), não pela revelação “eu sou seu pai”, mas sim pela maneira como a narrativa é estruturada. Ao dividir a equipe, trabalhando cada um deles em sequências diferenciadas, o roteiro se permite uma maior profundidade e, aos poucos, vamos enxergando como todos os eventos afunilam para um mesmo ponto, fazendo-nos enxergar o quão bem amarrada é toda a história do filme. Mesmo Baby Groot, definitivamente a figura mais “fofa” de todos os tempos, com suas capacidades reduzidas, desempenha um papel ativo, entregando contribuições muito bem inseridas, que, junto do restante da comédia do longa, criam um belo equilíbrio entre drama e humor – afinal, esse é, sim, um filme de comédia (basta olhar para os pôsteres para perceber isso).
Com a união desses elementos, podemos dizer, felizmente, que fugir da culpa por uma qualidade reduzida em relação ao primeiro filme não será necessário, já que 'Guardiões da Galáxia Vol. 2' consegue manter-se no mesmo nível do original, enquanto explora caminhos diferenciados, mantendo, é claro, o característico humor escrachado herdado das páginas de Lanning e Abnett. James Gunn e a Marvel acertam novamente, proporcionando-nos uma
experiência que equilibra bem a característica de comédia dos Guardiões com os bem construídos dramas pessoais, a partir do aprofundamento nesses diversos personagens. Mais uma vez o grupo prova ser uma das melhores peças do Universo Cinematográfico Marvel.
Super Vale Ver !
Por Bruno Santos
Antes do primeiro 'Guardiões da Galáxia' ser lançado, lembro-me claramente de inúmeras pessoas não colocando nenhuma fé em um filme com um guaxinim falante e uma árvore ambulante, inclusive eu. Felizmente, o filme superou todas as expectativas, tornando-se um dos melhores do Universo Cinematográfico Marvel. James Gunn, portanto, foi do zero a herói e, é claro, isso colocaria em seu colo a enorme responsabilidade de dirigir uma sequência que fosse, pelo menos, tão boa quanto o original.
Após o inusitado grupo se unir para combater Ronan e seus lacaios, encontramos novamente Peter Quill (Chris Pratt), Gamora (Zoe Saldana), Drax (Dave Bautista), Rocket (Bradley Cooper) e Baby Groot (voz de Vin Diesel) realizando um serviço em um planeta. Quando tudo dá errado, eles são forçados a escapar às pressas e, nesse processo, acabam encontrando o pai de Peter (Kurt Russel). Quill precisa, então, conhecer essa figura paterna e lidar com o seu passado que há tanto tempo deixara para trás, enquanto todos eles têm de combater uma nova ameaça que se apresenta.
O que mais diferencia esse Vol. 2 de seu antecessor, é a maneira como o filme trabalha cada um de seus personagens. Enquanto a obra anterior tinha o foco maior na construção da equipe e na maneira como deveriam derrotar Ronan, este explora os integrantes dos Guardiões de maneira mais íntima, garantindo a cada um deles um arco pessoal diferente. Evidente que Peter é aquele que recebe a maior atenção, devido à aparição de seu pai, mas é gratificante enxergar como o roteiro de James Gunn se preocupa com os outros, dando-lhes o necessário tempo em tela para termos a noção de que esse é um filme sobre o grupo e não um indivíduo em específico. Com isso, ganhamos algumas gratas surpresas, como uma participação maior de Yondu (Michael Rooker) e Nebulosa (Karen Gillan), que permaneceram mais em segundo plano no primeiro filme. A apresentação de Mantis (Pom Klementieff), também, é um ponto a mais para Gunn, que extrai outros elementos dos quadrinhos originais, adotando o conceito de que a formação dos Guardiões está em constante movimento, o que, naturalmente, permite uma maior renovação das histórias, possibilitando que variados enredos sejam explorados. Falando nisso, é realmente impressionante constatar como nenhum desses indivíduos é esquecido ao longo do filme, por mais que sua duração seja um pouco maior do que a do longa anterior.
Em muitos aspectos, esta continuação nos remete a 'O Império Contra-Ataca'(da saga Star Wars), não pela revelação “eu sou seu pai”, mas sim pela maneira como a narrativa é estruturada. Ao dividir a equipe, trabalhando cada um deles em sequências diferenciadas, o roteiro se permite uma maior profundidade e, aos poucos, vamos enxergando como todos os eventos afunilam para um mesmo ponto, fazendo-nos enxergar o quão bem amarrada é toda a história do filme. Mesmo Baby Groot, definitivamente a figura mais “fofa” de todos os tempos, com suas capacidades reduzidas, desempenha um papel ativo, entregando contribuições muito bem inseridas, que, junto do restante da comédia do longa, criam um belo equilíbrio entre drama e humor – afinal, esse é, sim, um filme de comédia (basta olhar para os pôsteres para perceber isso).
Com a união desses elementos, podemos dizer, felizmente, que fugir da culpa por uma qualidade reduzida em relação ao primeiro filme não será necessário, já que 'Guardiões da Galáxia Vol. 2' consegue manter-se no mesmo nível do original, enquanto explora caminhos diferenciados, mantendo, é claro, o característico humor escrachado herdado das páginas de Lanning e Abnett. James Gunn e a Marvel acertam novamente, proporcionando-nos uma
experiência que equilibra bem a característica de comédia dos Guardiões com os bem construídos dramas pessoais, a partir do aprofundamento nesses diversos personagens. Mais uma vez o grupo prova ser uma das melhores peças do Universo Cinematográfico Marvel.
Super Vale Ver !
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