PiTacO do PapO - 'Churchill' (2017)
NOTA 8.0
Por Karina Massud @cinemassud
O Primeiro Ministro britânico Winston Churchill é sem dúvida uma figura polêmica, instigante e importantÃssima na História. E também fonte inesgotável de biografias, livros, séries e filmes interessantÃssimos, especialmente nos últimos anos; vale citar a série “The Crown” ( Netflix), e filmes como “O Discurso do Rei” ( 2010) e “The Darkest Hour” (a ser lançado em novembro próximo) e agora “Churchill”, do diretor australiano Jonathan Teplitzky.
Segunda Guerra Mundial, junho de 1944, a França continuava ocupada pelos nazistas, para vencer a guerra, as Forças Aliadas precisavam libertar o paÃs dos alemães. Para isso foi planejada a invasão da Normandia, o que seria conhecido como o famoso 'DIA D'.
O filme começa 3 dias antes do 'DIA D', com um ministro chocado com o sangue trazido pela água da praia. “Churchill” não é um simples filme de guerra, ele mostra além do lado de lÃder de guerra astuto e estrategista, também seu lado humano e reflexivo. A agonia de um homem que quer o melhor para seu paÃs e pro mundo, mas também para os soldados que estão em campo de batalha arriscando suas vidas. Num momento em que lutava contra a depressão (a qual chamava de “black dog”) e se encontrava desacreditado e defasado pelos demais altos comandantes, que achavam que era hora dele se aposentar e se dedicar à poesia.
Memorável a cena onde Churchill reza pra que Deus mande chuva, muita chuva, com raios e trovões pra costa inglesa, para que a invasão, a Operação Overlord (batalha que deu inÃcio ao Dia D), fosse cancelada e assim poupadas as vidas de 20 mil soldados, pois o Ministro temia que o massacre da operação Gallipoli (ocorrido na 1ª guerra), onde mais de 50 mil soldados morreram, se repetisse.
Ótimas interpretações de Brian Cox como protagonista - forte e teatral (como costumava ser o ministro em seus discursos) e várias vezes solitário (a solidão que o poder costuma trazer) ; de John Slattery (ex- Mad Men) como o ousado general americano Eisenhower e de Miranda Richardson como Clemmie, a esposa resignada porém afiada e sem papas na lÃngua.
O nervosismo e dúvida entre os altos comandantes dos aliados foram muito bem mostrados nas reuniões finais pra discutir quando seria o ousado e decisivo 'DIA D', difÃcil devido ao mau tempo e riscos. Assim como todo o resto dos bastidores da guerra, onde tudo era planejado e decidido milimetricamente antes de ser colocado em prática nos campos de batalha.
Não há passagens de batalha, sangue ou corpos se despedaçando, a maioria das cenas se passa nos escritórios do Ministro, jardins e lugares burocráticos. Uma trama que é sóbria em violência mas que transborda em tensão.
Vale Ver !
DIREÇÃO
Jonathan Teplitzky
EQUIPE TÉCNICA
Roteiro: Alex von Tunzelmann
Produção: Claudia Bluemhuber,Nick Taussig, Piers Tempest, Paul Van Carter
Fotografia: David Higgs
Estúdio: Embankment Films
ELENCO
Angela Costello, Brian Cox, Danny Webb, Ella Purnell, George Anton, James Purefoy, John Slattery, Jonathan Aris, Julian Wadham, Miranda Richardson, Peter Ormond, Richard Durden,
Por Karina Massud @cinemassud
O Primeiro Ministro britânico Winston Churchill é sem dúvida uma figura polêmica, instigante e importantÃssima na História. E também fonte inesgotável de biografias, livros, séries e filmes interessantÃssimos, especialmente nos últimos anos; vale citar a série “The Crown” ( Netflix), e filmes como “O Discurso do Rei” ( 2010) e “The Darkest Hour” (a ser lançado em novembro próximo) e agora “Churchill”, do diretor australiano Jonathan Teplitzky.
Segunda Guerra Mundial, junho de 1944, a França continuava ocupada pelos nazistas, para vencer a guerra, as Forças Aliadas precisavam libertar o paÃs dos alemães. Para isso foi planejada a invasão da Normandia, o que seria conhecido como o famoso 'DIA D'.
O filme começa 3 dias antes do 'DIA D', com um ministro chocado com o sangue trazido pela água da praia. “Churchill” não é um simples filme de guerra, ele mostra além do lado de lÃder de guerra astuto e estrategista, também seu lado humano e reflexivo. A agonia de um homem que quer o melhor para seu paÃs e pro mundo, mas também para os soldados que estão em campo de batalha arriscando suas vidas. Num momento em que lutava contra a depressão (a qual chamava de “black dog”) e se encontrava desacreditado e defasado pelos demais altos comandantes, que achavam que era hora dele se aposentar e se dedicar à poesia.
Memorável a cena onde Churchill reza pra que Deus mande chuva, muita chuva, com raios e trovões pra costa inglesa, para que a invasão, a Operação Overlord (batalha que deu inÃcio ao Dia D), fosse cancelada e assim poupadas as vidas de 20 mil soldados, pois o Ministro temia que o massacre da operação Gallipoli (ocorrido na 1ª guerra), onde mais de 50 mil soldados morreram, se repetisse.
Ótimas interpretações de Brian Cox como protagonista - forte e teatral (como costumava ser o ministro em seus discursos) e várias vezes solitário (a solidão que o poder costuma trazer) ; de John Slattery (ex- Mad Men) como o ousado general americano Eisenhower e de Miranda Richardson como Clemmie, a esposa resignada porém afiada e sem papas na lÃngua.
O nervosismo e dúvida entre os altos comandantes dos aliados foram muito bem mostrados nas reuniões finais pra discutir quando seria o ousado e decisivo 'DIA D', difÃcil devido ao mau tempo e riscos. Assim como todo o resto dos bastidores da guerra, onde tudo era planejado e decidido milimetricamente antes de ser colocado em prática nos campos de batalha.
Não há passagens de batalha, sangue ou corpos se despedaçando, a maioria das cenas se passa nos escritórios do Ministro, jardins e lugares burocráticos. Uma trama que é sóbria em violência mas que transborda em tensão.
Vale Ver !
DIREÇÃO
Jonathan Teplitzky
EQUIPE TÉCNICA
Roteiro: Alex von Tunzelmann
Produção: Claudia Bluemhuber,Nick Taussig, Piers Tempest, Paul Van Carter
Fotografia: David Higgs
Estúdio: Embankment Films
Distribuidora: Cohen Media Group
ELENCO
Angela Costello, Brian Cox, Danny Webb, Ella Purnell, George Anton, James Purefoy, John Slattery, Jonathan Aris, Julian Wadham, Miranda Richardson, Peter Ormond, Richard Durden,
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