PiTacO do PapO - 'Gabriel e a Montanha' | 2017
NOTA 8.5
Por Rogério Machado
Durante o Festival do Rio , na exibição do longa 'Gabriel e a Montanha', uma das maiores promessas nacionais do ano, tive a oportunidade de conversar com o diretor Fellipe Barbosa (do competente 'Casa Grande' - 2014) e contar que minha cena preferida tinha sido aquela em que Gabriel canta 'Bailes da Vida' do Nilton Nascimento para Rachel, uma queniana , e ele em troca pede uma canção do povo dela. Não sei explicar direito mas foi bem ali, nos enquadramentos e na pureza da sequência, que a obra do jovem diretor me conquistou. Em seguida Felippe me disse: 'Então você foi ganho bem cedo, nos primeiros dez minutos de filme...'
O jovem mochileiro Gabriel Buchmann (João Pedro Zappa) tinha um grande sonho: conhecer a África. Entretanto, mais do que visitar seus pontos turísticos ele desejava conhecer como era o estilo de vida do africano, sem se passar por turista. Desta forma, decide encerrar sua viagem ao mundo justamente no continente, onde se envolve com vários habitantes locais e recebe a visita da namorada, Cristine (Caroline Abras), que mora no Brasil. Prestes a retornar, seu grande objetivo se torna alcançar o topo do monte Mulanje, localizado no Malawi.
Não li muito sobre o longa antes de assistir, e foi a própria maneira em que a história foi contada, que foi meu rememoriando sobre as manchetes dos jornais noticiando há cerca de oito anos atrás o desaparecimento e em seguida a morte de Gabriel no monte Mulanje, no Maláui em 2009. A construção da obra se dá de forma não linear, um acerto percebido logo de cara no primeiro frame, ao escolher impactar o público para em seguida gerar interesse sem medida sobre o andamento da história, além claro, da curiosidade em saber mais sobre a liberdade desenfreada que corria nas veias do jovem.
Como não podia deixar de ser, a fotografia é um deslumbre só, e o texto, mesmo que caminhe para um inevitável desfecho bem melancólico que todos conhecemos, mantém a alegria e o bom humor que parecia ser uma marca registrada de Gabriel. Fellipe Barbosa disse em uma de suas entrevistas que ele foi motivado à fazer o filme para 'reencontrar' o amigo, já que eram amigos de longa data, mas haviam perdido contato pelos caminhos naturais que a vida toma. Se ele conseguiu isso? É... isso eu não cheguei a perguntar pra ele na minha conversa, mas um coisa eu tive certeza na sessão: tocar o público, com certeza ele fará.
O filme esteve em Première no Festival do Rio, mas já tem data de estreia em circuito comercial; 03 de novembro próximo.
Vale Ver !
DIREÇÃO
Fellipe Barbosa
EQUIPE TÉCNICA
Roteiro: Fellipe Barbosa, Kirill Mikhanovsky, Lucas Paraizo
Produção: Clara Linhart, Roberto Berliner, Rodrigo Letier, Yohann Cornu
Fotografia: Pedro Sotero
Trilha Sonora: Arthur B. Gillette
Estúdio: Damned Films, Gamarosa Filmes, TV Zero
Montador: Theo Lichtenberger
Distribuidora: Condor Entertainment
ELENCO
Alex Alembe, Caroline Abras, João Pedro Zappa, John Goodluck, Leonard Siampala, Luke Mpata, Manuela Picq, Rashidi Athuman, Rhosinah Sekeleti
Por Rogério Machado
Durante o Festival do Rio , na exibição do longa 'Gabriel e a Montanha', uma das maiores promessas nacionais do ano, tive a oportunidade de conversar com o diretor Fellipe Barbosa (do competente 'Casa Grande' - 2014) e contar que minha cena preferida tinha sido aquela em que Gabriel canta 'Bailes da Vida' do Nilton Nascimento para Rachel, uma queniana , e ele em troca pede uma canção do povo dela. Não sei explicar direito mas foi bem ali, nos enquadramentos e na pureza da sequência, que a obra do jovem diretor me conquistou. Em seguida Felippe me disse: 'Então você foi ganho bem cedo, nos primeiros dez minutos de filme...'
O jovem mochileiro Gabriel Buchmann (João Pedro Zappa) tinha um grande sonho: conhecer a África. Entretanto, mais do que visitar seus pontos turísticos ele desejava conhecer como era o estilo de vida do africano, sem se passar por turista. Desta forma, decide encerrar sua viagem ao mundo justamente no continente, onde se envolve com vários habitantes locais e recebe a visita da namorada, Cristine (Caroline Abras), que mora no Brasil. Prestes a retornar, seu grande objetivo se torna alcançar o topo do monte Mulanje, localizado no Malawi.
Não li muito sobre o longa antes de assistir, e foi a própria maneira em que a história foi contada, que foi meu rememoriando sobre as manchetes dos jornais noticiando há cerca de oito anos atrás o desaparecimento e em seguida a morte de Gabriel no monte Mulanje, no Maláui em 2009. A construção da obra se dá de forma não linear, um acerto percebido logo de cara no primeiro frame, ao escolher impactar o público para em seguida gerar interesse sem medida sobre o andamento da história, além claro, da curiosidade em saber mais sobre a liberdade desenfreada que corria nas veias do jovem.
Como não podia deixar de ser, a fotografia é um deslumbre só, e o texto, mesmo que caminhe para um inevitável desfecho bem melancólico que todos conhecemos, mantém a alegria e o bom humor que parecia ser uma marca registrada de Gabriel. Fellipe Barbosa disse em uma de suas entrevistas que ele foi motivado à fazer o filme para 'reencontrar' o amigo, já que eram amigos de longa data, mas haviam perdido contato pelos caminhos naturais que a vida toma. Se ele conseguiu isso? É... isso eu não cheguei a perguntar pra ele na minha conversa, mas um coisa eu tive certeza na sessão: tocar o público, com certeza ele fará.
O filme esteve em Première no Festival do Rio, mas já tem data de estreia em circuito comercial; 03 de novembro próximo.
Vale Ver !
DIREÇÃO
Fellipe Barbosa
EQUIPE TÉCNICA
Roteiro: Fellipe Barbosa, Kirill Mikhanovsky, Lucas Paraizo
Produção: Clara Linhart, Roberto Berliner, Rodrigo Letier, Yohann Cornu
Fotografia: Pedro Sotero
Trilha Sonora: Arthur B. Gillette
Estúdio: Damned Films, Gamarosa Filmes, TV Zero
Montador: Theo Lichtenberger
Distribuidora: Condor Entertainment
ELENCO
Alex Alembe, Caroline Abras, João Pedro Zappa, John Goodluck, Leonard Siampala, Luke Mpata, Manuela Picq, Rashidi Athuman, Rhosinah Sekeleti
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