PiTacO do PapO - 'Depois Daquela Montanha' | 2017
NOTA 7.5
Por Rogério Machado
Já vimos filmes com desastres de avião e sobrevivência um par de vezes. Hollywood não economiza quando o assunto é um drama com bastante sofrimento e luta pela própria vida. Em 'Depois Daquela Montanha', o drama ganha nuances agridoces quando no meio desse desastre surge uma paixão. O filme que foi destaque no Festival do Rio, chega ao circuito comercial pelas mãos do diretor israelense Hany Abu-Assad (de 'Paradise Now' - 2005 e 'O Ídolo' - 2015)
Na história, Kate Winslet é Alex , uma jornalista que está indo organizar os preparativos para seu casamento, e Ben (Idris Elba), um médico neurocirurgião voltando de uma conferência médica. Eles iriam pegar o mesmo avião, mas o voo é cancelado e os dois estranhos decidem fretar um jatinho. Durante a viagem o piloto sofre um ataque cardíaco e o avião cai em uma região montanhosa coberta por neve. Enquanto os dois tentam sobreviver em um lugar inóspito, feridos e perdidos , um sentimento começa a ganhar força.
Apesar de ter dois grandes ícones do cinema atual, Winslet e Elba, o drama erra no tom e não deslancha - nem pelo menos pincela a vida pregressa dos personagens, e peca ao apressar o clímax (o momento do acidente). Fica óbvio que uma atração surgirá entre os dois, mas até que o casal se entregue ao amor, um par de agruras estarão em seus caminhos, desde felinos famintos até armadilhas para ursos.
Até que pelas expectativas, nada boas por sinal, confesso que a narrativa não se configurou tão arrastada nem enfadonha como prometia, muito pelo contrário, o filme mantem um ritmo até eficiente, e se perde mesmo por dar desfechos muito breves às intempéries que se abatem sobre os protagonistas.
Quanto à química do casal, essa sim se torna o calcanhar de Aquiles da produção: Winslet e Elba, como grandes profissionais que são, funcionam muito bem sozinhos, mas quando juntos, o efeito não é o mesmo, o romance não pega fogo, nem com a plasticamente bonita cena de sexo. Na verdade, a história poderia muito bem ter seguido sem essa paixão repentina, e as escolhas finais da direção se confirmam como previsíveis demais. Em todo caso, o filme, como já havia dito, tem um bom desenvolvimento e não chega a decepcionar na sua porção dramática.
Vale Ver !
DIREÇÃO
Hany Abu-Assad
EQUIPE TÉCNICA
Roteiro: Chris Weitz, J. Mills Goodloe
Produção: David Ready, Dylan Clark, Jenno Topping, Peter Chernin
Fotografia: Mandy Walker
Trilha Sonora: Ramin Djawadi
Estúdio: Twentieth Century Fox Film Corporation
Montador: Lee Percy
Distribuidora: 20th Century Fox Home Entertainment
ELENCO
Adam Lolacher, Andres Joseph, Beau Bridges, Bethany Brown, Carl Lindquist, Dania Nassar, Dermot Mulroney, Idris Elba, Kate Winslet, Lee Majdoub, Linda Sorensen, Lucia Walters, Marci T. House, Nancy Sivak, Natasha Burnett, Orval Roberts, Tintswalo Khumbuza, Vincent Gale
Por Rogério Machado
Já vimos filmes com desastres de avião e sobrevivência um par de vezes. Hollywood não economiza quando o assunto é um drama com bastante sofrimento e luta pela própria vida. Em 'Depois Daquela Montanha', o drama ganha nuances agridoces quando no meio desse desastre surge uma paixão. O filme que foi destaque no Festival do Rio, chega ao circuito comercial pelas mãos do diretor israelense Hany Abu-Assad (de 'Paradise Now' - 2005 e 'O Ídolo' - 2015)
Na história, Kate Winslet é Alex , uma jornalista que está indo organizar os preparativos para seu casamento, e Ben (Idris Elba), um médico neurocirurgião voltando de uma conferência médica. Eles iriam pegar o mesmo avião, mas o voo é cancelado e os dois estranhos decidem fretar um jatinho. Durante a viagem o piloto sofre um ataque cardíaco e o avião cai em uma região montanhosa coberta por neve. Enquanto os dois tentam sobreviver em um lugar inóspito, feridos e perdidos , um sentimento começa a ganhar força.
Apesar de ter dois grandes ícones do cinema atual, Winslet e Elba, o drama erra no tom e não deslancha - nem pelo menos pincela a vida pregressa dos personagens, e peca ao apressar o clímax (o momento do acidente). Fica óbvio que uma atração surgirá entre os dois, mas até que o casal se entregue ao amor, um par de agruras estarão em seus caminhos, desde felinos famintos até armadilhas para ursos.
Até que pelas expectativas, nada boas por sinal, confesso que a narrativa não se configurou tão arrastada nem enfadonha como prometia, muito pelo contrário, o filme mantem um ritmo até eficiente, e se perde mesmo por dar desfechos muito breves às intempéries que se abatem sobre os protagonistas.
Quanto à química do casal, essa sim se torna o calcanhar de Aquiles da produção: Winslet e Elba, como grandes profissionais que são, funcionam muito bem sozinhos, mas quando juntos, o efeito não é o mesmo, o romance não pega fogo, nem com a plasticamente bonita cena de sexo. Na verdade, a história poderia muito bem ter seguido sem essa paixão repentina, e as escolhas finais da direção se confirmam como previsíveis demais. Em todo caso, o filme, como já havia dito, tem um bom desenvolvimento e não chega a decepcionar na sua porção dramática.
Vale Ver !
Hany Abu-Assad
EQUIPE TÉCNICA
Roteiro: Chris Weitz, J. Mills Goodloe
Produção: David Ready, Dylan Clark, Jenno Topping, Peter Chernin
Fotografia: Mandy Walker
Trilha Sonora: Ramin Djawadi
Estúdio: Twentieth Century Fox Film Corporation
Montador: Lee Percy
Distribuidora: 20th Century Fox Home Entertainment
ELENCO
Adam Lolacher, Andres Joseph, Beau Bridges, Bethany Brown, Carl Lindquist, Dania Nassar, Dermot Mulroney, Idris Elba, Kate Winslet, Lee Majdoub, Linda Sorensen, Lucia Walters, Marci T. House, Nancy Sivak, Natasha Burnett, Orval Roberts, Tintswalo Khumbuza, Vincent Gale
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