PiTacO do PapO - 'Perfeita é a Mãe 2' | 2017
NOTA 6.0
Por Rogério Machado
A velha máxima de que 'mãe é tudo igual, só muda o endereço' acabou por ser refutada em 'Perfeita é a Mãe 2', sequência da comédia feminina que chegou aos cinemas no feriado de natal por aqui. A direção da dupla Jon Lucas e Scott Moore, mesma do primeiro filme, tem a mesma pegada, ainda que dentro de um contexto diferente, e posso afirmar que a combinação natal x mães mal educadas, não foi exatamente uma boa ideia.
Dessa vez o trio de amigas inseparáveis, Amy (Mila Kunis), Kiki (Kristen Bell) e Carla (Kathryn Hahn), estão de saco cheio das obrigações natalinas a que toda mãe é submetida: é comprar presente pra família toda, preparar a ceia, decorar a casa e ainda por cima receber parentes para a aguardada noite. Para deixar o feriado de natal ainda mais eletrizante, elas são surpreendidas por inesperadas visitas de suas respectivas mães dias antes do 25 de dezembro. Cada qual à sua maneira, Ruth (Christine Baranski), Sandy (Cheryl Hines) e Isis (Susan Sarandon) abalam emocionalmente as herdeiras e deixam a naturalmente estressante época ainda mais difícil, induzindo novos atos de rebeldia por parte dessas imperfeitas mamães.
A comédia tem boa abertura. Definitivamente a química entre Kunis, Bell e Hahn (essa última sempre impagável) sempre funciona. Porém, à medida que a história avança, o roteiro vai se mostrando mais do mesmo e repetindo os mesmos motes que fizeram o filme de 2016 ter algum êxito - pelos menos pra mim que às vezes me dou ao luxo de um besteirol dos bons -, o desenrolar deixou a desejar. A introdução das 'mães das mães' prometia pelo menos boas sequências cômicas - afinal de contas estamos falando de Sarandon e Baranski, atrizes acima de qualquer suspeita - mas isso não acontece, que se vê é uma tentativa falha de repetir o velho dramalhão de sempre para repercutir num clímax que acaba não tendo muito razão de ser: o batido acerto de contas com o passado que povoa produções do gênero para equilibrar o humor.
Ainda que tudo falhasse, ainda restariam as gargalhadas, mas.... elas também não acontecem - talvez o clima natalino tenha coibido o tom rasgado mostrado pela primeira vez em 2016. Com raras risadas e alguns sorrisos amarelos, a comédia só faz ratificar uma única certeza: a rebeldia das mães que cansaram de ser sempre perfeitinhas e modelos de lisura, precisa se reinventar se quiser sobreviver à uma possível (e bem provável) terceira produção.
Vale Ver, Mas Nem Tanto!
Por Rogério Machado
A velha máxima de que 'mãe é tudo igual, só muda o endereço' acabou por ser refutada em 'Perfeita é a Mãe 2', sequência da comédia feminina que chegou aos cinemas no feriado de natal por aqui. A direção da dupla Jon Lucas e Scott Moore, mesma do primeiro filme, tem a mesma pegada, ainda que dentro de um contexto diferente, e posso afirmar que a combinação natal x mães mal educadas, não foi exatamente uma boa ideia.
Dessa vez o trio de amigas inseparáveis, Amy (Mila Kunis), Kiki (Kristen Bell) e Carla (Kathryn Hahn), estão de saco cheio das obrigações natalinas a que toda mãe é submetida: é comprar presente pra família toda, preparar a ceia, decorar a casa e ainda por cima receber parentes para a aguardada noite. Para deixar o feriado de natal ainda mais eletrizante, elas são surpreendidas por inesperadas visitas de suas respectivas mães dias antes do 25 de dezembro. Cada qual à sua maneira, Ruth (Christine Baranski), Sandy (Cheryl Hines) e Isis (Susan Sarandon) abalam emocionalmente as herdeiras e deixam a naturalmente estressante época ainda mais difícil, induzindo novos atos de rebeldia por parte dessas imperfeitas mamães.
A comédia tem boa abertura. Definitivamente a química entre Kunis, Bell e Hahn (essa última sempre impagável) sempre funciona. Porém, à medida que a história avança, o roteiro vai se mostrando mais do mesmo e repetindo os mesmos motes que fizeram o filme de 2016 ter algum êxito - pelos menos pra mim que às vezes me dou ao luxo de um besteirol dos bons -, o desenrolar deixou a desejar. A introdução das 'mães das mães' prometia pelo menos boas sequências cômicas - afinal de contas estamos falando de Sarandon e Baranski, atrizes acima de qualquer suspeita - mas isso não acontece, que se vê é uma tentativa falha de repetir o velho dramalhão de sempre para repercutir num clímax que acaba não tendo muito razão de ser: o batido acerto de contas com o passado que povoa produções do gênero para equilibrar o humor.
Ainda que tudo falhasse, ainda restariam as gargalhadas, mas.... elas também não acontecem - talvez o clima natalino tenha coibido o tom rasgado mostrado pela primeira vez em 2016. Com raras risadas e alguns sorrisos amarelos, a comédia só faz ratificar uma única certeza: a rebeldia das mães que cansaram de ser sempre perfeitinhas e modelos de lisura, precisa se reinventar se quiser sobreviver à uma possível (e bem provável) terceira produção.
Vale Ver, Mas Nem Tanto!
DIREÇÃO
- Jon Lucas, Scott Moore
EQUIPE TÉCNICA
Roteiro: Jon Lucas, Scott Moore
Produção: Suzanne Todd
Fotografia: Mitchell Amundsen
Trilha Sonora: Christopher Lennertz
Estúdio: Huayi Brothers Media, STX Entertainment
Montador: James Thomas
Distribuidora: Diamond Films
ELENCO
Ariana Greenblatt, Cade Mansfield Cooksey, Cheryl Hines, Christina Applegate, Christine Baranski, Darcell Scott, Emjay Anthony, Jacks Dean, Jamaine Washington, Jay Hernandez, Justin Hartley, Kathryn Hahn, Kenny G, Kristen Bell, Lyle Brocato, Madison Muffley, Matthew Warzel, Mila Kunis, Oona Laurence, Patrick R. Walker, Peter Gallagher, Phil Pierce, Susan Sarandon, Terayle Hill, Tian Richards, Wanda Sykes
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