PiTacO do PapO - 'Roman J. Israel, Esq' | 2018
NOTA 8.0
Por Rogério Machado
É fato que existirão questões nesse universo que sempre esperararão por uma resposta. Vale trocar suas convicções e ideais pra ter sucesso e dinheiro? Depende da ótica, depende do que estaremos falando, depende de uma série de coisas: e se na resposta vier junto um '...bem , se eu não estiver prejudicando ninguém vale !' Pode ser que isso não interfira na ordem natural do mundo, mas.... será que nossa consciência nos deixaria ficar impune?
Dirigido por Dan Gilroy (do elogiado 'O Abutre' - 2015), 'Roman J. Israel, Esq' é daquele nipe de produção que muito embora não se configure como uma grande ideia, nem um grande filme, acaba sobrevivendo no circuito por conta de um protagonista marcante. Não existe mesmo a possibilidade de assistirmos à um filme estrelado por Denzel Washington e não sermos tomados de profundo carinho por seus personagens, quase sempre com muito conteúdo a oferecer - exatamente pela força e paixão com que o ator encara seu sacerdócio.
No drama, Denzel dá vida à Roman J. Israel, um advogado idealista, determinado e honesto, que sofre psicologicamente por sempre ver os outros ganharem crédito pelo seu competente trabalho. Depois que o nome principal no grande escritório de advocacia onde ele trabalha morre, ele se oferece para assumir a direção, mas é vetado pela filha e herdeira do homem. Em seguida, contra a vontade, e mais por conta da necessidade de colocar dinheiro no bolso para pagar as contas, Roman é admitido por George Pearce (Collin Farrel), através de uma outra grande empresa para qual seu sócio havia prestado alguns serviços. Mas o que ele não imaginava é que descobriria um esquema fora dos moldes da idoneidade nos bastidores do poder - e que, caso ele não tomasse medidas ostensivas, os danos com toda certeza seriam irreversÃveis. Só resta saber se ele teria a coragem necessária.
O longa de Gilroy, peca por não objetivar o assunto em questão - o roteiro dá voltas demais até que entendamos o propósito real do filme, e, até que o andamento do longa não nos mostre o contrário, é inevitável não achar que assistiremos mais um dos filmes idealistas em que o protagonista assumirá causas coletivas e salvará um determinado grupo que sofre alguma mazela, etc.. etc.. etc... Porém, o que acaba tornando esses 'rodeios' menos desinteressantes, é a trilha sonora de James Newton Howard, que compila o melhor da musica negra americana dos anos 70. A trilha, acaba dando o tom e a voz ao nosso protagonista em momentos cruciais, e esse é um dos grandes achados do longa.
De qualquer modo, é preciso dizer que o filme tem sim uma boa trama, mal desenvolvida, mas com a graça de ter Denzel Washington aparando as arestas que causam desconforto.
Vale Ver !
Por Rogério Machado
É fato que existirão questões nesse universo que sempre esperararão por uma resposta. Vale trocar suas convicções e ideais pra ter sucesso e dinheiro? Depende da ótica, depende do que estaremos falando, depende de uma série de coisas: e se na resposta vier junto um '...bem , se eu não estiver prejudicando ninguém vale !' Pode ser que isso não interfira na ordem natural do mundo, mas.... será que nossa consciência nos deixaria ficar impune?
Dirigido por Dan Gilroy (do elogiado 'O Abutre' - 2015), 'Roman J. Israel, Esq' é daquele nipe de produção que muito embora não se configure como uma grande ideia, nem um grande filme, acaba sobrevivendo no circuito por conta de um protagonista marcante. Não existe mesmo a possibilidade de assistirmos à um filme estrelado por Denzel Washington e não sermos tomados de profundo carinho por seus personagens, quase sempre com muito conteúdo a oferecer - exatamente pela força e paixão com que o ator encara seu sacerdócio.
No drama, Denzel dá vida à Roman J. Israel, um advogado idealista, determinado e honesto, que sofre psicologicamente por sempre ver os outros ganharem crédito pelo seu competente trabalho. Depois que o nome principal no grande escritório de advocacia onde ele trabalha morre, ele se oferece para assumir a direção, mas é vetado pela filha e herdeira do homem. Em seguida, contra a vontade, e mais por conta da necessidade de colocar dinheiro no bolso para pagar as contas, Roman é admitido por George Pearce (Collin Farrel), através de uma outra grande empresa para qual seu sócio havia prestado alguns serviços. Mas o que ele não imaginava é que descobriria um esquema fora dos moldes da idoneidade nos bastidores do poder - e que, caso ele não tomasse medidas ostensivas, os danos com toda certeza seriam irreversÃveis. Só resta saber se ele teria a coragem necessária.
O longa de Gilroy, peca por não objetivar o assunto em questão - o roteiro dá voltas demais até que entendamos o propósito real do filme, e, até que o andamento do longa não nos mostre o contrário, é inevitável não achar que assistiremos mais um dos filmes idealistas em que o protagonista assumirá causas coletivas e salvará um determinado grupo que sofre alguma mazela, etc.. etc.. etc... Porém, o que acaba tornando esses 'rodeios' menos desinteressantes, é a trilha sonora de James Newton Howard, que compila o melhor da musica negra americana dos anos 70. A trilha, acaba dando o tom e a voz ao nosso protagonista em momentos cruciais, e esse é um dos grandes achados do longa.
De qualquer modo, é preciso dizer que o filme tem sim uma boa trama, mal desenvolvida, mas com a graça de ter Denzel Washington aparando as arestas que causam desconforto.
Vale Ver !
DIREÇÃO
- Dan Gilroy
EQUIPE TÉCNICA
roteiro: Dan Gilroy
produção: Todd Black,Jennifer Fox, Denzel Washington
música: James Newton Howard
fotografia:Robert Elswit
montagem: John Gilroy
montagem: John Gilroy
distribuidora: Sony Pictures
ELENCO
Carmen Ejogo, Colin Farrell, Denzel Washington, Lynda Gravatt, Amanda Warren,Hugo Armstrong,Sam Gilroy, Tony Plana
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