PiTacO do PapO - 'Rampage: Destruição Total' | 2018
NOTA 7.6
Estrelando: George, o Curioso
Por Vinícius Martins @cinemarcante
Todos acompanhamos, nas últimas décadas, o crescimento constante do gênero cinema catástrofe. Filmes com o fim do mundo, crises climáticas, invasões alienígenas e monstros gigantes sempre tem como objetivo apresentar a espetacular arte de destruir as cidades mais famosas do mundo. ‘Rampage: Destruição Total’ é apenas mais um que brota dessa nova safra, que tenta a todo custo manter viva a indústria da demolição nos cinemas.
O filme estrelado por Dwayne Johnson nada mais é do que uma mistura de cenas de ação já vistas em outros filmes, combinadas de maneira a dar certo. Temos um gorila gigante pulando entre os prédios, que remete imediatamente a uma versão albina do King Kong; temos um avião caindo e uma sequência desesperada para tentar abandoná-lo em paraquedas, como na versão de 2017 de 'A Múmia’ estrelada por Tom Cruise; temos monstros gigantes atravessando prédios como em 'Círculo de Fogo’, que Guillermo Del Toro levou aos cinemas em 2013; e temos uma versão canina gigante do par romântico do esquilo Scrat, de 'A Era do Gelo 3’, de 2009 (para quem não pegou a referência, estou falando do lobo que voa). Tudo isso combinado aos músculos de The Rock e a uma cantada maravilhosa de submissão. Pronto, consegui falar tudo que o filme tem de bom a oferecer em um único parágrafo. Estou evoluindo! Ah! Esqueci de falar de 'Gravidade’ filme de 2013 indicado ao Oscar de Melhor Filme, que tem aqui a representação de como seria se a reentrada de Sandra Bullock no planeta tivesse dado errado. Esqueci de alguma coisa?
Os efeitos e o 3D são decentes, e o roteiro não é tão vergonhosamente enfadonho quanto parecia. Na verdade, o carisma da muralha ambulante careca que Johnson é, é o que mantém o filme atrativo. Tem coisas a serem ignoradas, obviamente, como o helicóptero que convenientemente brota no meio de uma pilha de entulhos e se torna a arma perfeita nas mãos do protagonista, e o civil que, na última cena do filme, sobe numa boa na mão do gorila monstruosamente grande - e que acabou de destruir a cidade inteira - para que ele o desça de um prédio. Sem falar na opinião facilmente mutável do personagem de Johnson, que de total descrença nos seres humanos passa a se tornar aliado e amigo da mulher vivida por Naomie Harris, que acabou de mentir para ele, e no fato de que ela sabia exatamente o que George, o gorila, faria com sua ex chefe ao pegá-la. Fora isso, os absurdos estão todos na linha do “ok, isso está aceitável”.
Apesar de abusar dos estereótipos e clichês mais cafonas do gênero (a empresa do mal, os caçadores que subestimam a fera, o ex militar que decidiu levar uma vida tranquila, a corrida contra o tempo para pegar o antídoto), o filme consegue divertir. Acaba que, entre mortos e feridos, salvam-se quase todos. Quase, porque está evidente que o Jeffrey Dean Morgan está se tornando, aos poucos, a Octavia Spencer.
Vale Ver !
Estrelando: George, o Curioso
Por Vinícius Martins @cinemarcante
Todos acompanhamos, nas últimas décadas, o crescimento constante do gênero cinema catástrofe. Filmes com o fim do mundo, crises climáticas, invasões alienígenas e monstros gigantes sempre tem como objetivo apresentar a espetacular arte de destruir as cidades mais famosas do mundo. ‘Rampage: Destruição Total’ é apenas mais um que brota dessa nova safra, que tenta a todo custo manter viva a indústria da demolição nos cinemas.
O filme estrelado por Dwayne Johnson nada mais é do que uma mistura de cenas de ação já vistas em outros filmes, combinadas de maneira a dar certo. Temos um gorila gigante pulando entre os prédios, que remete imediatamente a uma versão albina do King Kong; temos um avião caindo e uma sequência desesperada para tentar abandoná-lo em paraquedas, como na versão de 2017 de 'A Múmia’ estrelada por Tom Cruise; temos monstros gigantes atravessando prédios como em 'Círculo de Fogo’, que Guillermo Del Toro levou aos cinemas em 2013; e temos uma versão canina gigante do par romântico do esquilo Scrat, de 'A Era do Gelo 3’, de 2009 (para quem não pegou a referência, estou falando do lobo que voa). Tudo isso combinado aos músculos de The Rock e a uma cantada maravilhosa de submissão. Pronto, consegui falar tudo que o filme tem de bom a oferecer em um único parágrafo. Estou evoluindo! Ah! Esqueci de falar de 'Gravidade’ filme de 2013 indicado ao Oscar de Melhor Filme, que tem aqui a representação de como seria se a reentrada de Sandra Bullock no planeta tivesse dado errado. Esqueci de alguma coisa?
Os efeitos e o 3D são decentes, e o roteiro não é tão vergonhosamente enfadonho quanto parecia. Na verdade, o carisma da muralha ambulante careca que Johnson é, é o que mantém o filme atrativo. Tem coisas a serem ignoradas, obviamente, como o helicóptero que convenientemente brota no meio de uma pilha de entulhos e se torna a arma perfeita nas mãos do protagonista, e o civil que, na última cena do filme, sobe numa boa na mão do gorila monstruosamente grande - e que acabou de destruir a cidade inteira - para que ele o desça de um prédio. Sem falar na opinião facilmente mutável do personagem de Johnson, que de total descrença nos seres humanos passa a se tornar aliado e amigo da mulher vivida por Naomie Harris, que acabou de mentir para ele, e no fato de que ela sabia exatamente o que George, o gorila, faria com sua ex chefe ao pegá-la. Fora isso, os absurdos estão todos na linha do “ok, isso está aceitável”.
Apesar de abusar dos estereótipos e clichês mais cafonas do gênero (a empresa do mal, os caçadores que subestimam a fera, o ex militar que decidiu levar uma vida tranquila, a corrida contra o tempo para pegar o antídoto), o filme consegue divertir. Acaba que, entre mortos e feridos, salvam-se quase todos. Quase, porque está evidente que o Jeffrey Dean Morgan está se tornando, aos poucos, a Octavia Spencer.
Vale Ver !
DIREÇÃO
- Brad Peyton
EQUIPE TÉCNICA
Roteiro: Adam Sztykiel, Carlton Cuse, Ryan Engle, Ryan J. Condal
Produção: Beau Flynn, Brad Peyton, Hiram Garcia, John Rickard, Wendy Jacobson
Fotografia: Jaron Presant
Trilha Sonora: Andrew Lockington
Estúdio: Flynn Picture Company, New Line Cinema, Twisted Media, Wrigley Pictures
Montador: Bob Ducsay, Jim May
Distribuidora: Warner Bros.
ELENCO
Breanne Hill, Brian Kayode-Patrick Johnson, David Dunston, Destiny Lopez, Dwayne Johnson, Eric Ian, Gary Weeks, Giota Trakas, Jack Quaid, Jake Lacy, Jeffrey Dean Morgan, Joe Manganiello, Laura Distin, Lexston Bearss, Malin Akerman, Marley Shelton, Matt Gerald, Michael David Yuhl, Naomie Harris, P.J. Byrne, Valentina Latyna Plascencia, Will Yun Lee
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