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PiTacO do PapO - 'O Caderno de Sara' | 2018

NOTA 7.8

Por Rogério Machado




A mais nova empreitada Netflix que estreou recentemente no sistema de streaming, atende pelo nome de 'O Caderno de Sara', uma produção espanhola estrelada por uma de suas mais prolíficas atrizes: Bélen Rueda , muito conhecida por seu papel (coincidentemente Laura também) em 'O Orfanato', um super terror espanhol que ganhou o mundo há mais de dez anos. Nesse drama que flerta (muito bem inclusive) com o suspense,  somos apresentados à um dilema mundial : a violência, e por sua vez, o preconceito em via de mão dupla, que acaba justificando ações que geram dor. 


No drama Laura (Bélen Rueda) vem há cerca de dois anos procurando por sua irmã, Sara (Marián Álvarez), que desapareceu nas florestas do Congo. Nem as autoridades ou Embaixadas têm notícias sobre Sara - até que surge uma foto de uma cidade mineira do leste do Congo na qual parece se ver o rosto da moça desaparecida. Sem hesitar, Laura parte em busca de sua irmã e lá encontra Sergio (Manolo Cardona) uma espécie de caçador de recompensas, que em troca de dinheiro ajudará Laura a encontrar o paradeiro da irmã, descobrir se ainda estava viva ou mesmo morta, já que a região vive no meio de uma guerrilha, liderada por um rebelde que atende pelo nome de Falcão.

Dirigido por Noberto López Amado, que tem poucos trabalhos no currículo, 
o longa alcança o objetivo de envolver o espectador pelo suspense criado em cima do que teria feito Sara se distanciar e não dar notícias durante tanto tempo - primeira cena deixa perguntas que esperamos que sejam respondidas, o que felizmente acontece nas sequências finais. Contudo, o clímax do reencontro é desenvolvido de maneira morna e sem brilho, uma decepção para um momento tão aguardado. Mas, a notícia boa,é que o suspense imprimido durante toda a trama, consegue não somente manter o nível como também subir levemente a tensão. 

Se o drama fica devendo, a porção thriller de 'O Caderno de Sara' corresponde à expectativa.  Ao tratar da selvageria dessas facções que dominam diversos arredores da África Central, a direção de López Amando não economiza na violência gráfica e na veracidade nas sequências em que elas são necessárias. Não romantizar demais a relação das irmãs pode até ter sido um acerto, mas não dar a devida importância nessa relação representou um deslize na minha opinião. De qualquer forma, o filme atende e não passa perto de ser enfadonho, o que já é grande coisa.


Vale Ver !

DIREÇÃO

  • Norberto Lopéz Amado

EQUIPE TÉCNICA

Roteiro: Jorge Guerricaechevarría
Produção: Álvaro Augustin ,Ghislain Barrois,Derrick Kibisi,Edmon Roch,Javier Ugarte
Música: Julio de la Rosa
Fotografia: David Omedes
Montador: Pablo Marchetto
Distribuidora: Netflix

ELENCO



Belén Rueda, Marian Álvarez, Iván Mendes, Manolo Cardona, Nick Devlin, Florin Opritescu, Alfredo Araoz, Armando Jerez, Djédjé Apali, Malcolm Sitté,Bella Agossou,María Luisa Mayo, Ramón Barea,Astrid Jones, Santiago Adán,Tim Verardi, Rafa Rojas-Díez, Enrico Lo Verso, Marta Belaustegui  






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