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PiTacO do PapO - 'De Repente uma Família' | 2018

NOTA 7.5

Por Rogério Machado


A adoção, suas aventuras,  venturas e desventuras.  Todos sabemos, senão por experiência própria, ou pelo cinema, tevê e literatura que um processo de adoção pode ser moroso e também doloroso. E o que vem depois? A adaptação ao novo lar, aos costumes, as novas regras, além do realinhamento de uma série de sentimentos e emoções envolvidos num momento tão sério. 'De Repente Uma Família', de Sean Anders, aborda a questão com delicadeza e muito bom humor. O filme depois de passar pelos cinemas em novembro, chegou recentemente ao VOD.


Na história conheceremos o jovem casal Pete (Mark Wahlberg) e Ellie (Rose Byrne). Depois de muito pensarem a respeito, eles decidem adotar uma criança, e buscam uma feira destinada a proporcionar encontros entre adultos e jovens sem lar. O casal se apaixona pela pré-adolescente Lizzie (Isabela Moner), uma garota de temperamento forte, e decide adotá-la. Mas Lizzie tem dois irmãos menores, que se mudam com ela. Logo, Pete e Ellie se veem com três crianças barulhentas e indisciplinadas, que mudam as suas vidas por completo do dia para a noite. Resta saber se essa nova família funcionará. 

O cineasta Sean Anders tem pouco mais de 10 anos de carreira , mas vasta experiência em entreter a família. Os ótimos 'Pai em Dose Dupla 1 e 2' estão sob a alcunha do diretor, que aqui mais uma vez firma uma promissora parceria com Wahlberg. E por falar em protagonistas, Wahlberg e Rose Byrne promovem momentos marcantes tanto para a comicidade quanto para o drama. O tempo de comédia e o envolvimento na porção mais dramática do longa trabalham em uníssono num plot que pode até se parecer com 'mais do mesmo', mas diante da empatia gerada pelo casal, fica impossível não se render. 

Sim, já vimos algumas vezes histórias de adoção que passam por momentos dramáticos e que usam a comédia dentro de uma proposta cartunesca afim de arrebanhar os sentimentais de plantão, mas  'De Repente uma Família', acaba indo um tanto quanto além ao tocar em pontos delicados: fala de apego, famílias desajustadas, rejeição, unidade. Família não é feita de sangue, todos sabemos, o amor é que precisa falar mais alto. No longa de Anders aprendemos que dá pra falar de abandono sem deixar a leveza de lado.


Vale Ver !


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