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Em 'Magnatas do Crime', Guy Ritchie tenta repaginar sua fórmula de sucesso | 2020

NOTA 7.0 

Por Eduardo Machado @históriadecinema


O cineasta Guy Ritchie estreou no final dos anos 1990 com impacto imediato. Seus dois primeiros filmes “Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes” (1998) e “Snatch: Porcos e Diamantes” (2000) possuem fãs ardorosos até hoje, que sempre lembram das boas cenas de ação e do humor ácido do diretor. Após esse sucesso, no entanto, Ritchie acabou enveredando por outros caminhos até, finalmente, buscar uma reconciliação com o cinema que lhe deu projeção.


Em “Magnatas do Crime”, o diretor, mais uma vez, explora a disputa entre gângsters no submundo britânico. Inobstante a importância da figura de Mickey Pearson (Matthew McCounaghey), o magnata que quer se desfazer de seu império de produção de maconha, é mesmo Fletcher (Hugh Grant) quem desempenha papel central na atualização da fórmula de Guy Ritchie, ao tentar vender um roteiro de cinema a Ray (Charlie Hunnam).

Tendo em vista que a narrativa não é guiada por um gangster, mas por alguém que apenas tenta vender as histórias desses homens, o filme tem, obviamente, menos ação do que os maiores sucessos de Ritchie. Privilegia-se um duelo mais tático, que envolve até o espectador, o qual é desafiado, desde a primeira cena, a acompanhar as diversas mudanças de direção dos personagens.  

No entanto, a esterilização promovida pelo cineasta torna seu filme menos próximo daquilo que os fãs tanto gostavam em seus primeiros longas. O ambiente sujo e os personagens desbocados são substituídos por homens engravatados discutindo o rumo da distribuição de maconha no Reino Unido. Não deixa de ser boa opção de entretenimento, mas não é para guardar na memória. 


Vale Ver !




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