PiTacO do PapO! 'L'atessa - A Espera' (2016)
NOTA 9.0
Há diversas maneiras de se lidar com a dor da perda. Ana, personagem do filme que marca a estreia de Piero Messina num longa metragem , escolhe uma maneira curiosa e que esconde intenções. O diretor italiano não poderia ter sido mais feliz em 'A Espera', desde a escolha do elenco até o resultado final. Um primor de história que revela a inventividade do cinema italiano que retoma seu lugar em grandes espaços, não só em festivais mas também na mÃdia.
A produção conta a história de Anna – interpretada majestosamente por Juliette Binoche -, uma mulher enlutada que vive isolada no interior da SicÃlia e acolhe a namorada do seu filho, Jeanne (Lou de Laâge), embora ele não esteja em casa. As duas passam os dias à espera de Giuseppe (Giovanni Anzaldo), que promete voltar para as festividades da Páscoa.
Em entrevista Messina disse , antes de realizar esse trabalho, que pretendia filmar o espaço que existe entre as palavras: essa afirmação funcionou na prática e o melhor, com muita sensibilidade. Binoche ,grande atriz francesa empresta com maestria seu talento à personagem Ana, que controla os timings da exposição das falas e dos gestos de forma exÃmia, transformando-se nesta figura atormentada, que lida de forma peculiar com o luto. O 'bate bola' com sua parceira de cena Lou de Laâge, é outro quesito que dobra as qualidades do filme de Messina: os diálogos inicialmente são tÃmidos, retraÃdos e que denotam a pouca intimidade entre as personagens, para mais tarde crescer absurdamente para momentos de doce grandeza à medida que a relação entre elas avança.
Fica a critério do espectador desvendar os motivos pelos quais a protagonista mantém a mentira (não vou entrar em detalhes aqui para incitá-lo a assistir), não só desvendar , se isso for possÃvel, mas também julgar o que acontece ali. Messina entrega essa tarefa , prazerosa para nós cinéfilos , de construir no Ãntimo de cada um essas razões. Esse detalhe pra mim é definitivamente a alma do longa que foi aplaudido por nada mais , nada menos,que 7 minutos na 72ª edição do Festival de Cinema de Veneza.
Messina depois de uma vasta experiência em curtas e na televisão , estreia com o pé direito na direção de longas. Doce surpresa.
Super Vale Ver !
Há diversas maneiras de se lidar com a dor da perda. Ana, personagem do filme que marca a estreia de Piero Messina num longa metragem , escolhe uma maneira curiosa e que esconde intenções. O diretor italiano não poderia ter sido mais feliz em 'A Espera', desde a escolha do elenco até o resultado final. Um primor de história que revela a inventividade do cinema italiano que retoma seu lugar em grandes espaços, não só em festivais mas também na mÃdia.
A produção conta a história de Anna – interpretada majestosamente por Juliette Binoche -, uma mulher enlutada que vive isolada no interior da SicÃlia e acolhe a namorada do seu filho, Jeanne (Lou de Laâge), embora ele não esteja em casa. As duas passam os dias à espera de Giuseppe (Giovanni Anzaldo), que promete voltar para as festividades da Páscoa.
Em entrevista Messina disse , antes de realizar esse trabalho, que pretendia filmar o espaço que existe entre as palavras: essa afirmação funcionou na prática e o melhor, com muita sensibilidade. Binoche ,grande atriz francesa empresta com maestria seu talento à personagem Ana, que controla os timings da exposição das falas e dos gestos de forma exÃmia, transformando-se nesta figura atormentada, que lida de forma peculiar com o luto. O 'bate bola' com sua parceira de cena Lou de Laâge, é outro quesito que dobra as qualidades do filme de Messina: os diálogos inicialmente são tÃmidos, retraÃdos e que denotam a pouca intimidade entre as personagens, para mais tarde crescer absurdamente para momentos de doce grandeza à medida que a relação entre elas avança.
Fica a critério do espectador desvendar os motivos pelos quais a protagonista mantém a mentira (não vou entrar em detalhes aqui para incitá-lo a assistir), não só desvendar , se isso for possÃvel, mas também julgar o que acontece ali. Messina entrega essa tarefa , prazerosa para nós cinéfilos , de construir no Ãntimo de cada um essas razões. Esse detalhe pra mim é definitivamente a alma do longa que foi aplaudido por nada mais , nada menos,que 7 minutos na 72ª edição do Festival de Cinema de Veneza.
Messina depois de uma vasta experiência em curtas e na televisão , estreia com o pé direito na direção de longas. Doce surpresa.
Super Vale Ver !
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