PiTacO do PapO! 'Miles Ahead' - 2016
NOTA 8.5
Muita gente tem um perÃodo na vida que, por algum motivo, se recolhe/isola e faz um balanço/reflexão sobre momentos vividos. O filme Miles Ahead ( Milhas À Frente, bom trocadilho com o nome do músico), cinebio do trompetista Miles Davis, lenda do jazz, é sobre um perÃodo assim. Os anos de reclusão e doideira de Miles do meio pro final dos anos 70, quando ele vivia recluso em seu apartamento em NY, bebendo muito whisky, cheirando muito pó e vivendo do salário que a gravadora lhe pagava adiantado por futuras obras. Não é uma cinebiografia linear: nela tempo, espaço e situações (verdadeiras e fictÃcias) se misturam, as cenas vão e voltam, o que deixou o filme mais ágil e interessante.
Don Cheadle (conhecido pelos papéis na série 'House of Lies' e nos filmes 'Hotel Ruanda' e 'Homem de Ferro'), além de dirigir e escrever o roteiro, também interpreta brilhantemente Miles Davis, sua semelhança fÃsica com o músico e sua voz rouca e cortante são impressionantes! A trama começa quando Dave, repórter da revista Rolling Stone ( Ewan McGregor, excelente!) tenta entrevistar Miles (e também xeretar no seu trabalho inédito pra dar um furo jornalÃstico) mas as coisas acabam saindo do controle quando a tal fita inédita é roubada durante uma festa no apartamento do músico. Eles então saem pra recuperá-la, tem tiroteio, gangsters, luta de boxe, drogas e pancadaria. Essa correria toda é entremeada por passagens e lembranças da vida do trompetista, como seu conturbado relacionamento com a ex-mulher e musa, a dançarina Frances Taylor (a linda e competente Emayatzy Corineald),que foi capa do disco 'Someday My Prince Will Come'.
Suas neuras, seu bloqueio criativo, o inÃcio de carreira, em estúdio de gravação, compondo, instruindo a orquestra como maestro, está tudo lá. O filme mostra alguns poucos shows, e é aà que o roteiro peca: senti falta de mais jazz ("música social", como ele gostava de chamar), de mais música! No final há um show sensacional com participação do pianista Herbie Hancock tocando com Cheadle no trompete , performance essa que deixou um gostinho de "quero mais".
Ainda sim é um filme excelente, com roteiro e atuações incrÃveis que certamente será indicado à vários prêmios. ImperdÃvel!
Vale Ver !
CrÃtica 2 : Por Karina Massud
(Nova colaboradora do Papo)
Muita gente tem um perÃodo na vida que, por algum motivo, se recolhe/isola e faz um balanço/reflexão sobre momentos vividos. O filme Miles Ahead ( Milhas À Frente, bom trocadilho com o nome do músico), cinebio do trompetista Miles Davis, lenda do jazz, é sobre um perÃodo assim. Os anos de reclusão e doideira de Miles do meio pro final dos anos 70, quando ele vivia recluso em seu apartamento em NY, bebendo muito whisky, cheirando muito pó e vivendo do salário que a gravadora lhe pagava adiantado por futuras obras. Não é uma cinebiografia linear: nela tempo, espaço e situações (verdadeiras e fictÃcias) se misturam, as cenas vão e voltam, o que deixou o filme mais ágil e interessante.
Suas neuras, seu bloqueio criativo, o inÃcio de carreira, em estúdio de gravação, compondo, instruindo a orquestra como maestro, está tudo lá. O filme mostra alguns poucos shows, e é aà que o roteiro peca: senti falta de mais jazz ("música social", como ele gostava de chamar), de mais música! No final há um show sensacional com participação do pianista Herbie Hancock tocando com Cheadle no trompete , performance essa que deixou um gostinho de "quero mais".
Ainda sim é um filme excelente, com roteiro e atuações incrÃveis que certamente será indicado à vários prêmios. ImperdÃvel!
Vale Ver !
CrÃtica 2 : Por Karina Massud
(Nova colaboradora do Papo)
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