PiTacO do PapO ! 'Julieta' - 2016
NOTA 8.5
Só Almodóvar , o maior nome da atualidade no cinema espanhol, consegue construir histórias tão palpáveis quanto absurdamente deliciosas. Em 'Julieta', filme que estreou em julho deste ano nos cinemas, ele volta ao drama, gênero que também domina. O longa que levou o diretor pela quinta vez à concorrer no festival de Cannes , é na verdade uma livre adaptação de contos da escritora canadense Alice Munro, prêmio Novel de Literatura em 2013.
Na história , a Julieta do tÃtulo, é interpretada por duas atrizes. Jovem, pela belÃssima Adriana Ugarte, que vive a fase em que esta professora de mitologia grega conhece num trem um atraente pescador, Xoan (Daniel Grao). Ele é casado e sua mulher está em coma. Mas Julieta e ele vivem uma noite de amor no trem, que sofreu uma brusca parada devido ao suicÃdio de um homem.
Desse envolvimento nasce uma filha, AntÃa (Blanca Parés, na adolescência), que está no centro do grande drama da vida da Julieta madura (Emma Suárez). Anos depois de uma tragédia familiar, AntÃa sumiu da vida da mãe, que entrou em depressão. Quando finalmente ela está encontrando um novo eixo e possibilidade de uma nova vida, reencontra uma amiga de infância da filha e o drama recomeça.
Quando falamos no mestre espanhol , logo lembramos de sua histórias impregnadas de sarcasmo e loucura, e porque não , humor. Aqui, ele aposta no melodrama que o consagrou anteriormente em filmes como 'Tudo Sobre Minha Mãe' (1998) e 'Fale com Ela' (2002). Muito embora pessoalmente ache que o melhor de Pedro Almodóvar resida nas comédias dramáticas e no suspense, não há como negar seu domÃnio no drama. Creio que por isso, ao assistir 'Julieta' , uma ligeira frustração paire no ar, principalmente ao final da história.
Talvez pela alta expectativa que colocamos em suas histórias , que em geral são absolutamente correspondidas, 'Julieta' não cause o mesmo efeito. Mas ainda sim há de se convir que o texto e as interpretações tanto de Ugarte quanto Suárez, preenchem o vazio de um roteiro sem as famosas surpresas desconcertantes do diretor. Almodóvar é, e continuará sendo, o homem responsável por tantos outros tÃtulos que fazem parte do melhor da nossa memória cinematográfica.
Vale Ver !
Só Almodóvar , o maior nome da atualidade no cinema espanhol, consegue construir histórias tão palpáveis quanto absurdamente deliciosas. Em 'Julieta', filme que estreou em julho deste ano nos cinemas, ele volta ao drama, gênero que também domina. O longa que levou o diretor pela quinta vez à concorrer no festival de Cannes , é na verdade uma livre adaptação de contos da escritora canadense Alice Munro, prêmio Novel de Literatura em 2013.
Na história , a Julieta do tÃtulo, é interpretada por duas atrizes. Jovem, pela belÃssima Adriana Ugarte, que vive a fase em que esta professora de mitologia grega conhece num trem um atraente pescador, Xoan (Daniel Grao). Ele é casado e sua mulher está em coma. Mas Julieta e ele vivem uma noite de amor no trem, que sofreu uma brusca parada devido ao suicÃdio de um homem.
Desse envolvimento nasce uma filha, AntÃa (Blanca Parés, na adolescência), que está no centro do grande drama da vida da Julieta madura (Emma Suárez). Anos depois de uma tragédia familiar, AntÃa sumiu da vida da mãe, que entrou em depressão. Quando finalmente ela está encontrando um novo eixo e possibilidade de uma nova vida, reencontra uma amiga de infância da filha e o drama recomeça.
Quando falamos no mestre espanhol , logo lembramos de sua histórias impregnadas de sarcasmo e loucura, e porque não , humor. Aqui, ele aposta no melodrama que o consagrou anteriormente em filmes como 'Tudo Sobre Minha Mãe' (1998) e 'Fale com Ela' (2002). Muito embora pessoalmente ache que o melhor de Pedro Almodóvar resida nas comédias dramáticas e no suspense, não há como negar seu domÃnio no drama. Creio que por isso, ao assistir 'Julieta' , uma ligeira frustração paire no ar, principalmente ao final da história.
Talvez pela alta expectativa que colocamos em suas histórias , que em geral são absolutamente correspondidas, 'Julieta' não cause o mesmo efeito. Mas ainda sim há de se convir que o texto e as interpretações tanto de Ugarte quanto Suárez, preenchem o vazio de um roteiro sem as famosas surpresas desconcertantes do diretor. Almodóvar é, e continuará sendo, o homem responsável por tantos outros tÃtulos que fazem parte do melhor da nossa memória cinematográfica.
Vale Ver !
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