PiTacO do PapO! 'Sunset Song' - 2016
NOTA 8.0
'Sunset Song', que tem na direção o britânico Terence Davis, é bem possÃvel que não chegue aos cinemas no Brasil, infelizmente. O drama sob a batuta de Davis tem a mesma pegada introspectiva já demonstrada por ele em outras produções , como 'Amor Profundo' (2011). Aqui o contexto é histórico, mas o fundo continua tendo o romance como foco, muito embora a trama não se resuma só nisso.
Baseado no livro homônimo de Lewis Grassic Gibb publicado em 1932, o filme conta a história de Chris (Agyness Deyn) uma jovem filha de um fazendeiro violento, que viveu nos anos 1900. Ela se apaixona e casa com Ewan (Kevin Guthrie), que é convocado para a Primeira Guerra Mundial e volta violento e traumatizado, lembrando o comportamento de seu pai.
Baseado no livro homônimo de Lewis Grassic Gibb publicado em 1932, o filme conta a história de Chris (Agyness Deyn) uma jovem filha de um fazendeiro violento, que viveu nos anos 1900. Ela se apaixona e casa com Ewan (Kevin Guthrie), que é convocado para a Primeira Guerra Mundial e volta violento e traumatizado, lembrando o comportamento de seu pai.
A guerra no filme é apresentada em off, o que conta para Davis são os resultados dela. O ódio e o trauma tomam o lugar do amor e da confiança, mas o caminho é longo até esse momento da história. A direção trabalha as emoções da protagonista: o processo de crescimento de Chris que aos poucos vai deixando os sonhos socialistas e revolucionários e passa a amadurecer forçosamente através dos dramas familiares em que vive. Quando o amor chega , chris já traz consigo a força dos anos maus , mas a direção nesse ponto faz questão de demonstrar serenidade e que ainda há esperança e sonho correndo nas veias - a cena em que ela canta em seu casamento é belÃssima e revela o lado sensÃvel da nossa heroÃna romântica. Tudo cadenciado, com tempo...
Aliás, o tempo se revela amigo de Davis em 'Sunset Song', mesmo apesar das 2 horas e 10 min de pelÃcula, não sentimos uma narrativa enfadonha e chata. A produção lança mão também da bela fotografia com longas tomadas dos prados e pastagens escocesas, isso tudo com inúmeros momentos embalados com canções cheias de sonoridade e melancolia. O tÃtulo aqui, faz total jus ao seu batismo.
Talvez se encararmos o longa como a versão para o cinema de um dos maiores clássicos da literatura escocesa ele não esteja exatamente à altura, mas ainda sim a experiência é deveras recompensadora.
Talvez se encararmos o longa como a versão para o cinema de um dos maiores clássicos da literatura escocesa ele não esteja exatamente à altura, mas ainda sim a experiência é deveras recompensadora.
Vale Ver !
Ebaaaa, já está na minha listinha! Excelente crÃtica, como sempre!!
ResponderExcluir