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PiTacO do PapO! 'Tô Ryca' - 2016

NOTA 7.0


Comédias e mais comédias nos dias de hoje dentro do cinema nacional brotam aos montes, é quase lei : todo mês praticamente temos um ou outro pastelão brasuca sendo lançado. Uns acabam ganhando o público e ao mesmo tempo deixando a crítica torcendo o nariz. É fato que a grande maioria dos filmes parecem ser produzidos a 'toque de caixa', motivados e gerados até por programas de humor que caem no gosto popular. 'To Ryca', filme estrelado pela ótima Samantha Schmütz, está longe de ter um roteiro original e inovador, mas tem sim seus bons momentos. 


Na comédia, Samantha Schmütz é Selminha, mais conhecida pelo curioso apelido S.O.S, uma frentista que tem a chance de deixar seus dias de pobreza para trás ao descobrir uma herança de família. Mas para conseguir colocar a mão nessa grana, ela terá que cumprir o desafio lançado por seu tio: precisa gastar R$ 30 milhões em 30 dias, sem acumular nada e nem contar para ninguém. Mas, nessa louca maratona, ela vai acabar descobrindo que tem coisas que o dinheiro não compra.

Não dá pra contar nos dedos das mãos filmes que exploram a temática de 'Tô Ryca': a trama foi comparada diretamente com a comédia oitentista estrelada por Richard Pryor 'Chuva de Milhões', onde o protagonista depois de em vão tentar gastar uma grana interminável ,resolve se candidatar à prefeitura da cidade. No filme americano, à cidade de Nova York, aqui Selinha entra na corrida pela prefeitura do Rio de Janeiro. 

É nesse ponto onde o filme mostra uma certa reação e onde também reside o melhor do talento de Schmütz, que entra em um embate com outro político vivido por Marcelo Adnet:  Falácio Fausto é o político que entra com a famosa frase de efeito que se espalhou recentemente em muitas campanhas - 'Pela família tradicional Brasileira'- verbaliza o candidato em vários momentos. Uma candidatura com um 'q' (e o alfabeto inteiro)  tradicional,   e a outra tida como revolucionária. Tudo em um tom exacerbadamente sarcástico e impregnado de critica ao cenário político nacional. 

Confesso que fui meio sem esperanças, e se dependesse da primeira metade do longa (que aposta no riso fácil e medíocre), realmente a produção dirigida por Pedro Antônio (praticamente um estreante), não me conquistaria. A grata surpresa é a segunda metade da comédia, que tem humor ácido e recheado de referências muita próximas de quem é brasileiro e vive no meio dessa bagunça que se tornou a política nesse país. O tom caricato aqui,  caiu como um luva e de quebra divertiu. 





Vale Ver !

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