PiTacO do PapO ! 'O Lar das Crianças Peculiares' - 2016
NOTA 9.7
Seja Peculiar !
Esse é o slogan da ação de marketing de 'O Lar das Crianças peculiares' , nova empreitada 'arrasa quarteirão' de Tim Burton. Felizmente a força dessa frase não fica só no marketing. A palavra peculiar reflete bem o argumento , super feliz inclusive , abordado por Burton quando ele resolve dizer na sua mais nova 'viagem' (no bom sentido) , que ser diferente é legal, é aceitável e que mesmo diferentes, podemos fazer algo para o bem comum. Ser peculiar, não interfere nesse processo.
Nessa incrível história, logo após a estranha morte de seu avô (Terence Stamp), o jovem Jake (Asa Butterfield) parte com seu pai para o País de Gales. Lá ele pretende encontrar a Srta. Peregrine (Eva Green), atendendo ao último pedido do avô, que lhe disse que "ela contará tudo". Só que, ao chegar, descobre que o local onde ela viveria é uma mansão em ruínas, que foi atingida por um míssil em 1943, durante a Segunda Guerra Mundial. Ao investigar a área, Jake descobre que lá há uma fenda temporal, onde a Srta. Peregrine vive e protege várias crianças dotadas de poderes especiais.
Um detalhe interessante que logo de cara percebemos, é que a fotografia encontra um meio termo entre as paletas de cores sempre usadas nas películas do diretor. O encarregado da fotografia , Bruno Delbonnel, consegue imprimir a identidade do diretor no visual, mas sem se repetir como em parcerias anteriores com Burton. A narrativa é ágil e focada em apresentar seu protagonista de maneira eficiente - a relação do garoto com o avô e o passado que aos poucos vai sendo apresentado, vão ligando as pontas em doses bem medidas e não dá outra: a empatia com o público é imediata. Os 'peculiares' também tem suas devidas apresentações , mas aqui, seus 'dons' vão se revelando conforme a trama pede isso deles. As surpresas são muitas, isso é fato.
O filme, com muitos devem saber, é uma adaptação do romance "Miss Peregrine's Home for Peculiar Children", escrito por Ransom Riggs. Sim , é difícil uma versão cinematográfica alcançar o êxito de uma obra literária, mas Burton teve a sorte de ter o roteiro feito pelo mesmo autor da obra original e também a dádiva de uma protagonista como Eva Green , que não só interpreta, mas se torna o personagem que escolhe viver. Outra característica que ajuda o filme a ter o clima certo – apesar da história, em alguns momentos não ser tão pesada e tensa – é a trilha sonora. Esse aspecto técnico foi composto por dois experientes músicos, Michael Higham e Matthew Margeson. Higham trabalhou em A Origem (2010) e No Limite do Amanhã (2014), enquanto Matthew trabalhou em Capitão América 2: O Soldado Invernal (2014) e ambos trabalharam juntos em Capitão Phillips (2013). As trilhas compostas pelos dois se encaixam perfeitamente aos mais diferentes momentos do filme. Quando precisam reforçar o clima tenso e assustador de determinadas cenas, como quando reforçam a surpresa e a admiração de Jake por algum feito de uma das crianças peculiares, em outras cenas.
'O Lar das Crianças Peculiares', definitivamente não é o melhor trabalho de Burton, claro, mas com toda certeza está ali disputando o topo da lista dentre seus melhores filmes nos últimos dez anos.
Super Vale Ver !
Seja Peculiar !
Esse é o slogan da ação de marketing de 'O Lar das Crianças peculiares' , nova empreitada 'arrasa quarteirão' de Tim Burton. Felizmente a força dessa frase não fica só no marketing. A palavra peculiar reflete bem o argumento , super feliz inclusive , abordado por Burton quando ele resolve dizer na sua mais nova 'viagem' (no bom sentido) , que ser diferente é legal, é aceitável e que mesmo diferentes, podemos fazer algo para o bem comum. Ser peculiar, não interfere nesse processo.
Um detalhe interessante que logo de cara percebemos, é que a fotografia encontra um meio termo entre as paletas de cores sempre usadas nas películas do diretor. O encarregado da fotografia , Bruno Delbonnel, consegue imprimir a identidade do diretor no visual, mas sem se repetir como em parcerias anteriores com Burton. A narrativa é ágil e focada em apresentar seu protagonista de maneira eficiente - a relação do garoto com o avô e o passado que aos poucos vai sendo apresentado, vão ligando as pontas em doses bem medidas e não dá outra: a empatia com o público é imediata. Os 'peculiares' também tem suas devidas apresentações , mas aqui, seus 'dons' vão se revelando conforme a trama pede isso deles. As surpresas são muitas, isso é fato.
O filme, com muitos devem saber, é uma adaptação do romance "Miss Peregrine's Home for Peculiar Children", escrito por Ransom Riggs. Sim , é difícil uma versão cinematográfica alcançar o êxito de uma obra literária, mas Burton teve a sorte de ter o roteiro feito pelo mesmo autor da obra original e também a dádiva de uma protagonista como Eva Green , que não só interpreta, mas se torna o personagem que escolhe viver. Outra característica que ajuda o filme a ter o clima certo – apesar da história, em alguns momentos não ser tão pesada e tensa – é a trilha sonora. Esse aspecto técnico foi composto por dois experientes músicos, Michael Higham e Matthew Margeson. Higham trabalhou em A Origem (2010) e No Limite do Amanhã (2014), enquanto Matthew trabalhou em Capitão América 2: O Soldado Invernal (2014) e ambos trabalharam juntos em Capitão Phillips (2013). As trilhas compostas pelos dois se encaixam perfeitamente aos mais diferentes momentos do filme. Quando precisam reforçar o clima tenso e assustador de determinadas cenas, como quando reforçam a surpresa e a admiração de Jake por algum feito de uma das crianças peculiares, em outras cenas.
'O Lar das Crianças Peculiares', definitivamente não é o melhor trabalho de Burton, claro, mas com toda certeza está ali disputando o topo da lista dentre seus melhores filmes nos últimos dez anos.
Super Vale Ver !
Adorei. Com certeza irei ver o filme.
ResponderExcluir