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PiTacO do PapO! 'A Garota no Trem' - 2016

NOTA 8.5


'The Girl on The Train' se sagrou como um fenômeno editorial mundial. Aqueles mais ligados ao universo literário, com certeza já tinham ouvido falar de Rachel Watson e seus demônios interiores,  dos fantasmas em sua mente, da dor que a levava todos os dias para uma estação para pegar o primeiro trem para Nova York. Agora a aguardada adaptação chega aos cinemas. Pode ser que 'A Garota no Trem' não cause o mesmo efeito nas telas como causou nos livros, mas com toda certeza deixará o espectador intrigado até ao findar da trama.

Na história, Emily Blunt é Rachel, uma alcoólatra desempregada e deprimida que sofre pelo seu divórcio recente. Todas as manhãs ela viaja de trem, fantasiando sobre a vida de um jovem casal que vigia pela janela. Certo dia ela testemunha uma cena chocante e mais tarde descobre que a mulher está desaparecida. Inquieta, Rachel recorre a polícia e se vê completamente envolvida no mistério. O que teria acontecido de verdade, estaria Rachel certa sobre o acontecido, ou seria isso mais um delírio de sua mente sempre entorpecida pelo álcool? 


São muitas interrogações que certamente você se fará após a segunda metade do filme: 'A Garota do Trem' é daqueles filmes que lançam muitas dúvidas cena após cena, e ao invés de respondê-las lançará mais outras interrogações. O suspense psicológico se estabelece através das superlativas atuações - com destaque para Emily Blunt, que na minha opinião encarnou o personagem mais intenso e difícil de sua carreira - tanto nos momentos onde ela externa o medo que sente , ou mesmo nas cenas onde está embriaga,  ela demonstra aqui que não veio ao mundo do entretenimento à passeio. 

'The Girl on The Train' vai além de uma história sobre medos, traumas , morte, ou ainda descobrir quem matou quem. É acima de tudo, um conto sobre mulheres fortes que se vêem inesperadamente em um círculo que as ligarão para sempre - é claro que logo de cara isso será notado através da apresentação das personagens na trama, mas nem de longe imaginamos (pra quem não leu o livro) que a história seria tão feroz e repleta de nuances. 

Falando da abordagem na forma cinematográfica, considero a montagem e a direção de Tate Taylor (do exuberante 'Histórias Cruzadas' - 2011) altamente acertadas: os vai e vens e flash backs que cortam a tela em segundos também são responsáveis diretos por manter o interesse na história. O final, ainda que choque,  não causa o mesmo formigamento na mente como acontece no excelente 'Garota Exemplar' (2014), trama que tem sido comparada com a produção recém chegada aos cinemas e escrita por Paula Hawkins. 







Vale Ver ! 





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