PiTacO do PapO! 'A Luneta do Tempo' - 2016
NOTA 8.5
'- Onde achaste essa luneta?
- Eu Tomei de satanás....
- Não brinque com o capeta!
- Deus é maior, muito mais....'
'A Luneta do Tempo' foi dirigido, montado e roteirizado pelo cantor e compositor Alceu Valença. O filme que esteve em cartaz num circuito muito reduzido em março do ano passado, chegou a tevê pelo Canal Brasil, e revela a poesia não só na música do cantor , mas também no seu surpreendente lado cineasta , que muito dificilmente se repetirá - ele mesmo disse que o filme foi uma aventura e que não deveria se arriscar novamente. Uma grande pena, o filme não só traduz o talento pelas lentes, mas também o cuidado com o público , cá do outro lado da tela.
Na história, Irandhir Santos revive a lenda do sertão Lampião, sempre acompanhado por sua amada Maria Bonita (Hermila Guedes), ele lidera seu bando pelo sertão de Pernambuco, enfrentando a polÃcia local. Seu principal antagonista é Antero Tenente, que foi abandonado preso e de cabeça pra baixo pelo bando de Virgulino. Esta disputa permanece com o passar dos anos, quando o filho de Antero torna-se adulto e não aceita qualquer provocação à imagem do pai ou a simples menção a algo que lembre Lampião e seus cangaceiros.
A literatura de cordel, os versos e prosas povoam o roteiro de Alçeu e por mais incrÃvel que isso possa parecer ,não soa enfadonho ou piegas, muito pelo contrário - a poesia que toma conta da tela é sutil e elegante, um contraste absurdo com a terra árida do sertão nordestino, encaixando como uma luva no formato 'mambembe' da produção, que ainda conta com uma bela fotografia e figurino/adereços de cena de um bom gosto sem igual.
Não precisa ser nenhum gênio: o próprio tÃtulo já canta a pedra. O filme nos diz sobre como o tempo pode ser um aliado, de como pode curar , fazer esquecer.. mas também nos diz que o tempo pode alimentar intuitos obscuros, a sede de vingança , como é o caso do nosso Lampião, que não perdoava deslizes e tinha o inimigo na ponta do seu facão. Alceu Valença faz uma competente versão dentre tantas histórias sobre o Rei do Cangaço e sua fiel parceira, Maria Bonita - no final, ele mesmo, aparece para encerrar o espetáculo.
Vale Ver !
'- Onde achaste essa luneta?
- Eu Tomei de satanás....
- Não brinque com o capeta!
- Deus é maior, muito mais....'
'A Luneta do Tempo' foi dirigido, montado e roteirizado pelo cantor e compositor Alceu Valença. O filme que esteve em cartaz num circuito muito reduzido em março do ano passado, chegou a tevê pelo Canal Brasil, e revela a poesia não só na música do cantor , mas também no seu surpreendente lado cineasta , que muito dificilmente se repetirá - ele mesmo disse que o filme foi uma aventura e que não deveria se arriscar novamente. Uma grande pena, o filme não só traduz o talento pelas lentes, mas também o cuidado com o público , cá do outro lado da tela.
Na história, Irandhir Santos revive a lenda do sertão Lampião, sempre acompanhado por sua amada Maria Bonita (Hermila Guedes), ele lidera seu bando pelo sertão de Pernambuco, enfrentando a polÃcia local. Seu principal antagonista é Antero Tenente, que foi abandonado preso e de cabeça pra baixo pelo bando de Virgulino. Esta disputa permanece com o passar dos anos, quando o filho de Antero torna-se adulto e não aceita qualquer provocação à imagem do pai ou a simples menção a algo que lembre Lampião e seus cangaceiros.
A literatura de cordel, os versos e prosas povoam o roteiro de Alçeu e por mais incrÃvel que isso possa parecer ,não soa enfadonho ou piegas, muito pelo contrário - a poesia que toma conta da tela é sutil e elegante, um contraste absurdo com a terra árida do sertão nordestino, encaixando como uma luva no formato 'mambembe' da produção, que ainda conta com uma bela fotografia e figurino/adereços de cena de um bom gosto sem igual.
Não precisa ser nenhum gênio: o próprio tÃtulo já canta a pedra. O filme nos diz sobre como o tempo pode ser um aliado, de como pode curar , fazer esquecer.. mas também nos diz que o tempo pode alimentar intuitos obscuros, a sede de vingança , como é o caso do nosso Lampião, que não perdoava deslizes e tinha o inimigo na ponta do seu facão. Alceu Valença faz uma competente versão dentre tantas histórias sobre o Rei do Cangaço e sua fiel parceira, Maria Bonita - no final, ele mesmo, aparece para encerrar o espetáculo.
Vale Ver !
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