PiTacO do PapO! 'Estrelas Além do Tempo' - 2017
NOTA 9.0
Qualquer tipo de preconceito é abominável. As protagonistas de "Hidden Figures" ("Estrelas Além do Tempo") sofreram diversos tipos de discriminação: por serem negras, mulheres e físicas, matemáticas e engenheiras, profissões consideradas peculiares pro sexo feminino até bem pouco tempo atrás.
A trama dirigida pelo diretor Theodore Melfi, se passa em 1962 e é baseada no livro "Hidden Figures" de Margot Lee Shetterly e conta a surpreendente história de três amigas : Katherine (Taraji P. Henson, conhecida pelos papéis de mãe adotiva de Benjamin Button e na série Empire - que merecia ter sido indicada a prêmios pois está estupenda), Dorothy (Octavia Spencer, indicada ao Oscar de Melhor Atriz coadjuvante pelo papel) e Mary (a cantora Janelle Monáe, que eu desconhecia ser boa atriz) que trabalhavam na NASA fazendo cálculos.
Era a época da Guerra Fria e da corrida espacial : EUA e Rússia lutavam pra chegar primeiro ao espaço, e pra desespero americano, os russos ganham o primeiro round quando Iuri Gagarin se torna o primeiro homem a viajar pelo espaço. Os EUA então vão tentar batê-la colocando o primeiro homem em órbita, John Glenn - sendo assim, todos os cálculos de decolagem, aterrizagem e trajetória precisavam ser milimetricamente feitos.
O primeiro computador da IBM chegava pra iniciar a era da informática, era gigantesco , não passava pela porta e ocupava uma sala inteira. Até então esses cálculos eram feitos a mão por centenas de funcionários, dentre eles Katherine, Dorothy e Mary. Vocês podem imaginar três mulheres negras trabalhando com cálculo na NASA em plena década de 60? Aquela triste época onde as pessoas eram divididas entre brancas e negras ("colored people"), existiam setores exclusivos para as negras: no ônibus, banheiros, escolas e bibliotecas, algo pavoroso de se imaginar. Nos escritórios da agência espacial não era diferente. Nas ruas os protestos pelo fim da segregação racial e pela igualdade dos direitos civis pegavam fogo.
As heroínas da trama são mulheres brilhantes, guerreiras reivindicando seus direitos de ser e fazer o que bem quiserem e progredir na carreira de maneira igualitária aos demais. Katherine foi a primeira mulher negra formada na Universidade de West Virginia, cientista espacial que foi fundamental em quase todas as missões da Nasa. Dorothy foi a primeira supervisora negra da recém-inaugurada área de informática e Mary foi a primeira engenheira negra formada na universidade de Hampton (que era exclusiva para brancos), direito esse que ela conseguiu judicialmente, numa das cenas mais tocantes do filme. A força e determinação delas é emocionante.
O roteiro do filme é simples, mas muito bonito e bem contado. O ritmo é agitado e te faz sofrer, ficar aflito e torcer pra que tudo dê certo no final. A trilha sonora original - deliciosa e dançante - é assinada e cantada por Pharrell Williams (que também produziu o filme) junto com Alicia Keys e Mary J. Blidge; tem um pouco de soul, de jazz e gospel. É um drama light, uma cinebiografia que certamente poderia servir de inspiração e exemplo de vida pra todos.
Super Vale Ver !
Por Karina Massud
Qualquer tipo de preconceito é abominável. As protagonistas de "Hidden Figures" ("Estrelas Além do Tempo") sofreram diversos tipos de discriminação: por serem negras, mulheres e físicas, matemáticas e engenheiras, profissões consideradas peculiares pro sexo feminino até bem pouco tempo atrás.
A trama dirigida pelo diretor Theodore Melfi, se passa em 1962 e é baseada no livro "Hidden Figures" de Margot Lee Shetterly e conta a surpreendente história de três amigas : Katherine (Taraji P. Henson, conhecida pelos papéis de mãe adotiva de Benjamin Button e na série Empire - que merecia ter sido indicada a prêmios pois está estupenda), Dorothy (Octavia Spencer, indicada ao Oscar de Melhor Atriz coadjuvante pelo papel) e Mary (a cantora Janelle Monáe, que eu desconhecia ser boa atriz) que trabalhavam na NASA fazendo cálculos.
Era a época da Guerra Fria e da corrida espacial : EUA e Rússia lutavam pra chegar primeiro ao espaço, e pra desespero americano, os russos ganham o primeiro round quando Iuri Gagarin se torna o primeiro homem a viajar pelo espaço. Os EUA então vão tentar batê-la colocando o primeiro homem em órbita, John Glenn - sendo assim, todos os cálculos de decolagem, aterrizagem e trajetória precisavam ser milimetricamente feitos.
O primeiro computador da IBM chegava pra iniciar a era da informática, era gigantesco , não passava pela porta e ocupava uma sala inteira. Até então esses cálculos eram feitos a mão por centenas de funcionários, dentre eles Katherine, Dorothy e Mary. Vocês podem imaginar três mulheres negras trabalhando com cálculo na NASA em plena década de 60? Aquela triste época onde as pessoas eram divididas entre brancas e negras ("colored people"), existiam setores exclusivos para as negras: no ônibus, banheiros, escolas e bibliotecas, algo pavoroso de se imaginar. Nos escritórios da agência espacial não era diferente. Nas ruas os protestos pelo fim da segregação racial e pela igualdade dos direitos civis pegavam fogo.
As heroínas da trama são mulheres brilhantes, guerreiras reivindicando seus direitos de ser e fazer o que bem quiserem e progredir na carreira de maneira igualitária aos demais. Katherine foi a primeira mulher negra formada na Universidade de West Virginia, cientista espacial que foi fundamental em quase todas as missões da Nasa. Dorothy foi a primeira supervisora negra da recém-inaugurada área de informática e Mary foi a primeira engenheira negra formada na universidade de Hampton (que era exclusiva para brancos), direito esse que ela conseguiu judicialmente, numa das cenas mais tocantes do filme. A força e determinação delas é emocionante.
O roteiro do filme é simples, mas muito bonito e bem contado. O ritmo é agitado e te faz sofrer, ficar aflito e torcer pra que tudo dê certo no final. A trilha sonora original - deliciosa e dançante - é assinada e cantada por Pharrell Williams (que também produziu o filme) junto com Alicia Keys e Mary J. Blidge; tem um pouco de soul, de jazz e gospel. É um drama light, uma cinebiografia que certamente poderia servir de inspiração e exemplo de vida pra todos.
Super Vale Ver !
Por Karina Massud
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