PiTacO do PapO! 'O Monstro no Armário' - 2016
NOTA 8.5
'O Monstro no Armário' , que foi destaque no Festival do Rio em 2016 , trabalha aquele argumento que conhecemos bem no nicho LGBT: a descoberta da sexualidade e a aceitação ao se descobrir 'diferente'. Sendo assim, manter o sigilo sobre quem se é , parece ser o caminho mais fácil. Mas o filme , pelas entrelinhas, nos pergunta: vale a pena a vida dentro do armário?
Na trama, seremos a apresentados à Oscar (Connor Jessup), que teve uma infância profundamente marcada por dois episódios distintos: a separação de seus pais e o testemunho de um traumático crime de ódio que o levou a reprimir a sua então emergente sexualidade. Hoje, o adolescente solitário é atormentado por fantasias sangrentas e tem como único conforto: observar a particular sabedoria de Buffy, seu hamster de estimação. Quando a linha entre a fantasia e a realidade começa a se diluir, a amizade com um belo - e tatuado - colega de trabalho enche Oscar de confiança para recuperar sua identidade.
O longa escrito e dirigido pelo canadense Stephen Dunn, 'Closet Monster' (no original) foi premiado como melhor filme canadense no Festival de Toronto 2015 e afirmo que o trabalho fez jus ao prêmio. É incrível saber que um trabalho tão original e com tamanha poesia tenha nascido pelas mãos de um diretor tão jovem (o longa é seu trabalho de estreia), nada é linear , nada é previsível e as figuras de linguagem dentro da história são usadas com maestria para retratar o sentimento daquele momento na vida do personagem. Até a aposta na fantasia (em que ele tem altos papos com sua ramster Buffy - voz de Isabella Rosselini) denota a solidão do rapaz e a dificuldade em se mostrar pro mundo real. A sensibilidade é notória.
Confesso que no início o filme me deixou meio desconfortável em função da introdução parecer fazer conexão de homossexualidade com traumas. Mas foi alarme falso; a trama de Dunn se revelou ao longo do processo de mudança do protagonista, que o que conta mesmo é superar os traumas e crescer... porque uma hora é a própria vida quem vai nos expulsar do armário - dentro dele havia um monstro... o monstro da não aceitação, do medo e da dúvida.
Vale Ver !
'O Monstro no Armário' , que foi destaque no Festival do Rio em 2016 , trabalha aquele argumento que conhecemos bem no nicho LGBT: a descoberta da sexualidade e a aceitação ao se descobrir 'diferente'. Sendo assim, manter o sigilo sobre quem se é , parece ser o caminho mais fácil. Mas o filme , pelas entrelinhas, nos pergunta: vale a pena a vida dentro do armário?
O longa escrito e dirigido pelo canadense Stephen Dunn, 'Closet Monster' (no original) foi premiado como melhor filme canadense no Festival de Toronto 2015 e afirmo que o trabalho fez jus ao prêmio. É incrível saber que um trabalho tão original e com tamanha poesia tenha nascido pelas mãos de um diretor tão jovem (o longa é seu trabalho de estreia), nada é linear , nada é previsível e as figuras de linguagem dentro da história são usadas com maestria para retratar o sentimento daquele momento na vida do personagem. Até a aposta na fantasia (em que ele tem altos papos com sua ramster Buffy - voz de Isabella Rosselini) denota a solidão do rapaz e a dificuldade em se mostrar pro mundo real. A sensibilidade é notória.
Confesso que no início o filme me deixou meio desconfortável em função da introdução parecer fazer conexão de homossexualidade com traumas. Mas foi alarme falso; a trama de Dunn se revelou ao longo do processo de mudança do protagonista, que o que conta mesmo é superar os traumas e crescer... porque uma hora é a própria vida quem vai nos expulsar do armário - dentro dele havia um monstro... o monstro da não aceitação, do medo e da dúvida.
Vale Ver !
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