PiTacO do PapO! 'Moonlight: Sob a Luz do Luar' - 2017
NOTA 8.5
Pode ser só uma coincidência, mas também pode ser uma resposta da Academia de Ciências Cinematográficas à s inúmeras crÃticas da não inclusão de obras e atores/atrizes negros entre os indicados ao Oscar do ano passado. Sim , pode! Mas o fato é que as produções - em que negros não só estão à frente como por trás das câmeras - esse ano está gritantemente melhor que as possÃveis indicações em 2016. Um grande, e talvez maior exemplo disso, é 'Moonlight: Sob a Luz do Luar' que tem além de seu diretor , um elenco praticamente todo negro. Porém não seria exatamente por esse quesito que o filme chamaria a atenção da Academia. O filme tem uma combinação de elementos que se entrelaçam formando um conjunto harmonioso.
Nessa emocionante história baseada no projeto “In Moonlight Black Boys Look Blue” de Tarell Alvin McCraney seremos apresentado à Chiron, chamado então de “Little” (e interpretado por Alex Hibbert). Ele é uma criança negra perseguida por colegas de escola aos gritos com xingamentos do tipo ''Pega esse viadinho!" Acuado e escondido num prédio abandonado para não apanhar, Juan (Mahershala Ali - indicado ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante), um traficante local, ajuda o garotinho, muito assustado, e o leva para lanchar, mesmo sendo sumariamente ignorado pelo pequeno, que não abre a boca. Depois, na casa do homem, Little conhece Teresa (Janelle Monáe), namorada de Juan, e juntos começam a construir um laço quase familiar. O motivo? A criança não possui seio familiar que o acolha e o entenda, já que sua mãe, Paula (Naomi Harris- indicada ao Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante), é abusiva e viciada em drogas, que está mais preocupada em suprir sua dependência do que com a criança.
O único amigo na escola de Little é Kevin (Jaden Piner), uma das poucas pessoas que consegue se conectar com o retraÃdo garoto. Mesmo achando-o ''estranho'', ele tenta ajudar Little a enfrentar a situação com os outros meninos da escola, mandando “mostrar firmeza pros caras”. _ “Mas eu não sou firme”, responde Little. _“Eu sei, mas eles não precisam saber”. A diferença de atitude das duas crianças é evidente, com Little não sabendo o que fazer e como agir diante da masculinidade dos outros meninos, aflorando mesmo numa idade tão precoce.
O longa do diretor Barry Jenkins (também indicado ao Oscar) não segue receitas, não respeita convenções, mas tem uma caracterÃstica primordial: é suave, sutil, não faz do antagonista o vilão que ninguém respeita, mas em contra partida tem personagens que ganham de cara o nosso coração.
Entre tantas lições que 'Moonlight' nos dá é que ninguém é vitima ou produto do meio em que vive , a personalidade e a Ãndole te acompanharão por toda vida independente de onde você esteja ou com quem você ande. Ser quem somos só depende de nós. É como a cor da pele, não sai com água, é inerente...e a luz da lua (metáfora brilhantemente usada no tÃtulo e no argumento) só faz realçar o brilho. Essa, é a história de uma vida.
Vale Ver !
Pode ser só uma coincidência, mas também pode ser uma resposta da Academia de Ciências Cinematográficas à s inúmeras crÃticas da não inclusão de obras e atores/atrizes negros entre os indicados ao Oscar do ano passado. Sim , pode! Mas o fato é que as produções - em que negros não só estão à frente como por trás das câmeras - esse ano está gritantemente melhor que as possÃveis indicações em 2016. Um grande, e talvez maior exemplo disso, é 'Moonlight: Sob a Luz do Luar' que tem além de seu diretor , um elenco praticamente todo negro. Porém não seria exatamente por esse quesito que o filme chamaria a atenção da Academia. O filme tem uma combinação de elementos que se entrelaçam formando um conjunto harmonioso.
Nessa emocionante história baseada no projeto “In Moonlight Black Boys Look Blue” de Tarell Alvin McCraney seremos apresentado à Chiron, chamado então de “Little” (e interpretado por Alex Hibbert). Ele é uma criança negra perseguida por colegas de escola aos gritos com xingamentos do tipo ''Pega esse viadinho!" Acuado e escondido num prédio abandonado para não apanhar, Juan (Mahershala Ali - indicado ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante), um traficante local, ajuda o garotinho, muito assustado, e o leva para lanchar, mesmo sendo sumariamente ignorado pelo pequeno, que não abre a boca. Depois, na casa do homem, Little conhece Teresa (Janelle Monáe), namorada de Juan, e juntos começam a construir um laço quase familiar. O motivo? A criança não possui seio familiar que o acolha e o entenda, já que sua mãe, Paula (Naomi Harris- indicada ao Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante), é abusiva e viciada em drogas, que está mais preocupada em suprir sua dependência do que com a criança.
O único amigo na escola de Little é Kevin (Jaden Piner), uma das poucas pessoas que consegue se conectar com o retraÃdo garoto. Mesmo achando-o ''estranho'', ele tenta ajudar Little a enfrentar a situação com os outros meninos da escola, mandando “mostrar firmeza pros caras”. _ “Mas eu não sou firme”, responde Little. _“Eu sei, mas eles não precisam saber”. A diferença de atitude das duas crianças é evidente, com Little não sabendo o que fazer e como agir diante da masculinidade dos outros meninos, aflorando mesmo numa idade tão precoce.
O longa do diretor Barry Jenkins (também indicado ao Oscar) não segue receitas, não respeita convenções, mas tem uma caracterÃstica primordial: é suave, sutil, não faz do antagonista o vilão que ninguém respeita, mas em contra partida tem personagens que ganham de cara o nosso coração.
Entre tantas lições que 'Moonlight' nos dá é que ninguém é vitima ou produto do meio em que vive , a personalidade e a Ãndole te acompanharão por toda vida independente de onde você esteja ou com quem você ande. Ser quem somos só depende de nós. É como a cor da pele, não sai com água, é inerente...e a luz da lua (metáfora brilhantemente usada no tÃtulo e no argumento) só faz realçar o brilho. Essa, é a história de uma vida.
Vale Ver !
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