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PiTacO do PapO! ' Eu Sou Michael' - 2016

NOTA 8.0



Muito prazer, meu nome é Michael! 
Mas, por favor, somente Michael,  ou Mike para os íntimos. Não o Michael 'ex-gay' ou o 'Michael Pastor' , ou ainda o Michael 'hétero em potencial'...apenas Michael.  

É incrível como rótulos se fazem necessários entre os seres humanos. Muito longe de ser um filme de temática LGBT, 'I'm Am Michael', (no original) , nos diz sobre rejeitar etiquetas,  rótulos,  e reconhecer as pessoas como elas são, ainda que não vivam como nós vivemos, ainda que não sejam como nós somos.



O filme baseado num artigo da revista The New York Times Magazine,  narra a trajetória em retrospectiva de Michael Glatze (James Franco) , um ex ativista gay,  desde o relacionamento estável com o namorado Bennett (Zachary Quinto), em São Francisco, passando pelo trabalho como editor da revista XY, voltada aos homossexuais, até a postura politicamente ativa em relação ao direito dos gays no país.  Depois de ter a saúde debilidade por eventos que ele julgava serem problemas cardíacos herdados do pai, ele começa a se questionar se o caminho em que estava era o certo.  E é aí que ele começa a estudar a bíblia e a passear também por outras crenças para descobrir seu verdadeiro 'eu' e escolher o que ele achava ser o que Deus queria pra ele.


Polêmico e controverso, 'Eu sou Michael' levanta uma grande discussão em torno da homossexualidade e religião. Seria possível uma caber dentro da outra? Ou simplesmente são como água e óleo que não se misturam? 

Depois de muito protelarem o lançamento e passar por alguns festivais em 2015, 'Im Am Michael' ainda segue sem previsão de estreia oficial por aqui. Na ocasião, o longa também causou muito barulho pelo fato do diretor Justin Kelly ser homossexual assumido e ter realizado esta obra de teoria apócrifa. Em seu primeiro longa, baseado no artigo Benoit Denizet-Lewis NYT “Meu Ex-Gay Friend”, que teve como produtor executivo Gus Van Sant, o diretor de “Gênio Indomável”(1997), “Milk: A Voz da Igualdade Milk: A Voz da Igualdade” (2008) e “Elefante” (2003), fez questão de deixar claro que não se trata de uma história sobre um “ex-gay” e sim uma trama sobre a força da crença e o desejo de pertencimento, um drama sobre religião e homossexualidade.

Acredito que Deus tenha uma direção para cada um de nós e assim como ninguém quer ser recriminado por ser gay, porque recriminar aqueles que deixam as práticas homossexuais? Em linhas gerais, o filme acaba deixando essa lição através do história real do personagem título. Apesar de polêmico, a obra alcança seu objetivo - sem enfiar crenças goela abaixo do espectador ou muito menos 'rezar' uma cartilha gay, o filme tem direção correta e sabe discutir o assunto com imparcialidade.






Vale Ver ! 




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