PiTacO do PapO! 'Alien : Covenant ' - 2017
NOTA 7.5
'A perversão da criatura'
Por VinÃcÃus Martins @cinemarcante
Chega um momento, enquanto se assiste 'Alien: Covenant', em que o espectador se pergunta qual é a real natureza da intenção de tal filme ter sido feito. A produção busca criar uma identidade própria enquanto tenta ser um prelúdio de 'O Oitavo Passageiro' (1979) e uma sequência de 'Prometheus' (2012), e por tentar ser tudo isso ao mesmo tempo acaba não sendo nada.
A proposta vista nos materiais de divulgação é bem atraente; o intuito de tornar uma tripulação formada em sua maioria por casais a nova vÃtima coletiva da criatura xenomorfa é pura e simplesmente brilhante. Mas o resultado foge do atender da expectativa criada, desperdiçando o potencial dessa nova e inédita visão a ser explorada dentro da franquia, e o grande ‘porém’ que se esconde nisso tudo é a formação da trama.
A primeira vista Covenant parece ser um filme sobre a fera espacial, como anunciado no tÃtulo, mas lá pela metade descobre-se que se trata de um debate sobre a superação da criatura sobre o seu deus. A criatura que se perverte, na verdade, é a criatura criada pelo homem; a criatura que supera a todos, destruindo seu criador e os criadores de seu criador.
'Alien: Covenant' não é um filme ruim. A decepção que se dá quanto a ele deve-se ao fato de que o diretor, o majestoso Ridley Scott, vender o filme como uma introdução definitiva ao seu Alien de 1979, mas ao invés de cumprir seu papel intermediário, o filme deixa pontas soltas e ganchos para uma futura obra, terminando tão sem conclusão quanto 'Prometheus'. Falta a claustrofobia do longa de 79 e a sensibilidade do de 2012, e carisma por parte de seus personagens.
Por final, a história gira em torno do Android David e de sua personalidade que é vaidosa ao ponto de se achar tão perfeito quanto o David de Michelangelo. Covenant deveria ser um filme de terror, ação, suspense e ficção, mas se perde em sua própria grandeza ao se curvar diante da tendência atual de postergar as resoluções. E o significado das duas horas sentado diante da telona se resume ao conto de uma criatura que inverte os papéis e passa a reger a ordem, alcançando o topo da “cadeia alimentar”. A criatura que se torna criador.
Vale Ver !
'A perversão da criatura'
Por VinÃcÃus Martins @cinemarcante
Chega um momento, enquanto se assiste 'Alien: Covenant', em que o espectador se pergunta qual é a real natureza da intenção de tal filme ter sido feito. A produção busca criar uma identidade própria enquanto tenta ser um prelúdio de 'O Oitavo Passageiro' (1979) e uma sequência de 'Prometheus' (2012), e por tentar ser tudo isso ao mesmo tempo acaba não sendo nada.
A proposta vista nos materiais de divulgação é bem atraente; o intuito de tornar uma tripulação formada em sua maioria por casais a nova vÃtima coletiva da criatura xenomorfa é pura e simplesmente brilhante. Mas o resultado foge do atender da expectativa criada, desperdiçando o potencial dessa nova e inédita visão a ser explorada dentro da franquia, e o grande ‘porém’ que se esconde nisso tudo é a formação da trama.
A primeira vista Covenant parece ser um filme sobre a fera espacial, como anunciado no tÃtulo, mas lá pela metade descobre-se que se trata de um debate sobre a superação da criatura sobre o seu deus. A criatura que se perverte, na verdade, é a criatura criada pelo homem; a criatura que supera a todos, destruindo seu criador e os criadores de seu criador.
'Alien: Covenant' não é um filme ruim. A decepção que se dá quanto a ele deve-se ao fato de que o diretor, o majestoso Ridley Scott, vender o filme como uma introdução definitiva ao seu Alien de 1979, mas ao invés de cumprir seu papel intermediário, o filme deixa pontas soltas e ganchos para uma futura obra, terminando tão sem conclusão quanto 'Prometheus'. Falta a claustrofobia do longa de 79 e a sensibilidade do de 2012, e carisma por parte de seus personagens.
Por final, a história gira em torno do Android David e de sua personalidade que é vaidosa ao ponto de se achar tão perfeito quanto o David de Michelangelo. Covenant deveria ser um filme de terror, ação, suspense e ficção, mas se perde em sua própria grandeza ao se curvar diante da tendência atual de postergar as resoluções. E o significado das duas horas sentado diante da telona se resume ao conto de uma criatura que inverte os papéis e passa a reger a ordem, alcançando o topo da “cadeia alimentar”. A criatura que se torna criador.
Vale Ver !
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