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PiTacO do PapO! 'Personal Shopper' - 2017

NOTA 8.0



Na minha humilde opinião , Kristen Stewart (a Bella Swan da 'Saga Crepúsculo') é uma da atrizes mais incompreendidas do nosso tempo. Felizmente, não são todos que pensam assim, e diretores como a premiado Olivier Assayas ainda vêem na figura andrógena e aparentemente apática da atriz, pontos positivos para protagonizar produções que parecem mesmo ter a cara da injustiçada atriz, tanto que em seu longa anterior ('Acima da Nuvens' - 2014) ele também lançou mão da figura de Kristen para dividir cena com a diva do cinema françês Juliette Binoche.


O longa segue os passos da americana Maureen (Kristen, eleita melhor atriz no Festival de Oaxaca, no Mexicano, pelo papel), que trabalha na França, para Kyra, uma estrela famosa, comprando roupas para seu figurino. Poderia ser o trabalho dos sonhos de muita gente (sua função é só gastar dinheiro e embelezar sua patroa), mas Maureen tem o trauma da morte de seu irmão gêmeo como um peso em seu dia a dia. Ele morreu em decorrência de um problema cardíaco que ela também carrega em seu peito. Sensitiva,(dom que também dividia com seu irmão) ela entra na missão de se comunicar com seu irmão através de sinais enviados por ele. Aos poucos, na solidão de seu apartamento e mesmos em corredores por onde passa, a jovem começa a ser atormentada por estranhos acontecimentos ligados a uma aparição espectral. Além disso tudo, mensagens de celular misteriosas apontam que esse mesmo irmão esteja também tentando se comunicar pelo dispositivo.

Na certa 'Personal Shopper' , como fez em Cannes,  fará também com o espectador: dividirá opiniões. A mensagem central parece ficar confusa, principalmente nos minutos finais quando tudo que pensei a respeito, dá um looping de 360 graus. Em suma,  Assayas discute relações e mescla esse tema com o sobrenatural, porém dando ares despretensiosos em determinados momentos, mas sempre mantendo um clima de mistério, que percebemos todo o tempo na pessoa de sua protagonista, visivelmente incomodada com a vida que levava, e sobretudo com a perda do irmão e a ânsia de falar com ele de novo. 

Para os cinéfilos de carteirinha pode ser uma boa experiência - taí uma produção que mistura vertentes do cinema em uma narrativa com pinceladas cult, mas que também não economiza nos efeitos usados em filmes onde o 'além' é explorado de maneira mais clara e direta. 'Personal Shopper'  pode ser sobre muitas coisas, mas é certo que o filme de Assayas flerta com a complexidade das relações e usa a veia sobrenatural para ilustrar a inquietação da dor da perda.  Confesso que ainda estou confuso sobre os minutos finais, e se acaso você leitor encontrar uma resposta,  queira por favor se manifestar. 






Vale Ver !


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