Dica do Papo: Top 5 Filmes de Godard !
Jean Luc Godard, Ãcone do cinema francês e chamado gênio da Nouvelle Vague, é um cineasta que poucas vezes vimos ou veremos pela nossa vida cinéfila. Seu cinema de vanguarda, aposta em temas polÃticos, misturados à outros muitos, mas sempre de viés polêmico.
'O Desprezo', um dos filmes mais lineares de Godard (traduzindo: normalzinho), tem diversos atrativos que fazem do filme uma grande obra : Brigte Bardot, em alta naquele momento e uma pintura na tela, Fritz Lang, um Ãcone do cinema alemão e claro, o toque de Midas de Godard, modernista e repleto de detalhes desde a trilha sonora (melancólica por se tratar de um relacionamento dramático) até os diálogos com as frases de reflexão muito tÃpicas do mestre do cinema francês. _ Na história Michel Piccoli é Paul, um roteirista que vai a Roma para trabalhar em uma adaptação da obra 'A Odisséia' (de Homero), que contará com a direção do cineasta alemão Fritz Lang. Enquanto decide os últimos detalhes para aceitar o trabalho, sua relação com a esposa, Camille (Bardot), começa a desabar, em um jogo de paixão, ciúmes e desprezo._ O filme ainda conta com o ator americano Jack Palance, um dos expoentes do cinema americano.
2 - Masculino Feminino (1966)
As mulheres de Gordard são mesmo fortes e sem papas na lÃngua. Descobri onde nasceu a expressão 'empoderamento feminino': com toda certeza ela nasceu nos seus filmes. _ 'Viver a Vida' mostra esse lado destemido do sexo frágil através das fases da protagonista Nana (Anna Karina), uma jovem parisiense que trabalha num loja de discos e está desiludida com a pouca grana e também com seu casamento que não vai bem. Na esperança de se tornar uma atriz famosa, ela se decepciona mais uma vez, e se entrega a sombria vida de prostituição. Quando ela conhece um homem que realmente se importa com ela, Nana ganha um novo motivo pra viver sua vida - porém, seu cafetão, Raoul, é quem vai dizer se isso será mesmo possÃvel._ 'Viver a Vida' é filosófico como tudo que o diretor faz, mas com uma dose a mais de ousadia - vemos nitidamente o processo de transformação da protagonista à medida que a história avança pela desenvolta atuação da atriz Anna Karina.
4 - O Demônio das Onze Horas (1965)
Ele ama a arte e a literatura. Ela só quer uma coisa: viver, e viver sem limites, e se possÃvel, perigosamente. _ Essa afirmativa move a trama de tÃtulo obscuro (e intenções obscuras também), que num filme do diretor em questão, nem chega a ser muita novidade. Na história, Ferdinand Griffon (Jean-Paul Belmondo) está entediado com a sociedade parisiense. Certa noite, ele deixa a esposa em uma festa e volta sozinho para casa, onde encontra uma antiga amiga, Marianne Renoir (Anna Karina), trabalhando como babá dos seus filhos. Sem pestanejar, ele aceita fugir com a bela para o Mediterrâneo, mas Marianne já havia se envolvido com gente ligada ao crime e não demoraria muito para o recém casal ser perseguido por mafiosos. _ A atriz Anna Karina mais uma vez estrelando um filme do excêntrico diretor - a musa se tornou uma espécie de 'medalhão' em seus longas.
5 - Um Bando à Parte (1964)
'Band of Outsiders' (no original) é com certeza, pelo menos dentre essa seleção, a obra mais 'fácil' de Godard. O filme tem uma leveza rara de se ver em suas obras, geralmente tão densas e verborrágicas. _Na história vamos conhecer um adorável triângulo amoroso: Arthur (Claude Brasseur), Odile (Anna Karina) e Franz (Sami Frey). Franz é um rapaz boa pinta que conhece Odile em uma aula de inglês. Ela vive em Joinville, um bairro de classe média em Paris, e conta para o jovem que o seu patrão guarda uma fortuna no quarto. Interessado pela grana, Franz resolve falar com seu amigo Arthur, que está devendo dinheiro para o tio. Os dois rapazes vão seduzir a moça e tentar convencê-la a ajudá-los no roubo._'Um Bando à Parte' tem momentos ótimos, (como a dancinha contagiante do trio num bar). Se não soubesse de antemão que veria um filme de Jean Luc Godard, eu podia jurar que esse longa não era assinado por ele. Desde o desenvolvimento até os desfechos geralmente trágicos, esse soa mais 'palatável' e menos melancólico.
Confesso que, mesmo enquanto cinéfilo inveterado, senti estranheza ao começar a experimentar de sua obra, ou pelo menos parte dela. já que erroneamente , assumo, comecei por um de seus filmes mais complexos e que em certos momentos parecem não caminhar pra lado algum: 'Masculino Feminino' que apresenta dois lados de uma sociedade que ainda se divide da mesma forma até hoje - entre aqueles que vivem num mundo fútil e capitalista e aqueles que militam em favor do outro e que não se conformam com o sistema. A narrativa é difÃcil, pra muitos intragável, mas dá seu recado com audácia e até certo cinismo.
Elaboramos aqui, um 'top five' com os filmes mais comentados da carreira do diretor, confira a lista:
1 - O Desprezo (1963)
Elaboramos aqui, um 'top five' com os filmes mais comentados da carreira do diretor, confira a lista:
1 - O Desprezo (1963)
'O Desprezo', um dos filmes mais lineares de Godard (traduzindo: normalzinho), tem diversos atrativos que fazem do filme uma grande obra : Brigte Bardot, em alta naquele momento e uma pintura na tela, Fritz Lang, um Ãcone do cinema alemão e claro, o toque de Midas de Godard, modernista e repleto de detalhes desde a trilha sonora (melancólica por se tratar de um relacionamento dramático) até os diálogos com as frases de reflexão muito tÃpicas do mestre do cinema francês. _ Na história Michel Piccoli é Paul, um roteirista que vai a Roma para trabalhar em uma adaptação da obra 'A Odisséia' (de Homero), que contará com a direção do cineasta alemão Fritz Lang. Enquanto decide os últimos detalhes para aceitar o trabalho, sua relação com a esposa, Camille (Bardot), começa a desabar, em um jogo de paixão, ciúmes e desprezo._ O filme ainda conta com o ator americano Jack Palance, um dos expoentes do cinema americano.
2 - Masculino Feminino (1966)
"Este filme poderia ser chamado Os Filhos de Marx e da Coca-Cola, entenda como quiser"... _ Essa é uma das citações mais expressivas e que traduzem muito bem a vibe do longa que nos introduz ao jovem revolucionário Paul (Jean-Pierre Léaud), que acaba de abandonar o serviço militar francês, e agora é um militante contra a Guerra do Vietnã desiludido com a vida. Enquanto Madeleine (Chantal Goya), sua namorada, tenta uma carreira como cantora pop - duas vidas completamente diferentes que tentam se adaptar ao estilo uma da outra. _Um desfecho inusitado revela um filme que tende a fazer menção ao poderio e a inteligência da mulher sobre o homem.
As mulheres de Gordard são mesmo fortes e sem papas na lÃngua. Descobri onde nasceu a expressão 'empoderamento feminino': com toda certeza ela nasceu nos seus filmes. _ 'Viver a Vida' mostra esse lado destemido do sexo frágil através das fases da protagonista Nana (Anna Karina), uma jovem parisiense que trabalha num loja de discos e está desiludida com a pouca grana e também com seu casamento que não vai bem. Na esperança de se tornar uma atriz famosa, ela se decepciona mais uma vez, e se entrega a sombria vida de prostituição. Quando ela conhece um homem que realmente se importa com ela, Nana ganha um novo motivo pra viver sua vida - porém, seu cafetão, Raoul, é quem vai dizer se isso será mesmo possÃvel._ 'Viver a Vida' é filosófico como tudo que o diretor faz, mas com uma dose a mais de ousadia - vemos nitidamente o processo de transformação da protagonista à medida que a história avança pela desenvolta atuação da atriz Anna Karina.
4 - O Demônio das Onze Horas (1965)
Ele ama a arte e a literatura. Ela só quer uma coisa: viver, e viver sem limites, e se possÃvel, perigosamente. _ Essa afirmativa move a trama de tÃtulo obscuro (e intenções obscuras também), que num filme do diretor em questão, nem chega a ser muita novidade. Na história, Ferdinand Griffon (Jean-Paul Belmondo) está entediado com a sociedade parisiense. Certa noite, ele deixa a esposa em uma festa e volta sozinho para casa, onde encontra uma antiga amiga, Marianne Renoir (Anna Karina), trabalhando como babá dos seus filhos. Sem pestanejar, ele aceita fugir com a bela para o Mediterrâneo, mas Marianne já havia se envolvido com gente ligada ao crime e não demoraria muito para o recém casal ser perseguido por mafiosos. _ A atriz Anna Karina mais uma vez estrelando um filme do excêntrico diretor - a musa se tornou uma espécie de 'medalhão' em seus longas.
5 - Um Bando à Parte (1964)
'Band of Outsiders' (no original) é com certeza, pelo menos dentre essa seleção, a obra mais 'fácil' de Godard. O filme tem uma leveza rara de se ver em suas obras, geralmente tão densas e verborrágicas. _Na história vamos conhecer um adorável triângulo amoroso: Arthur (Claude Brasseur), Odile (Anna Karina) e Franz (Sami Frey). Franz é um rapaz boa pinta que conhece Odile em uma aula de inglês. Ela vive em Joinville, um bairro de classe média em Paris, e conta para o jovem que o seu patrão guarda uma fortuna no quarto. Interessado pela grana, Franz resolve falar com seu amigo Arthur, que está devendo dinheiro para o tio. Os dois rapazes vão seduzir a moça e tentar convencê-la a ajudá-los no roubo._'Um Bando à Parte' tem momentos ótimos, (como a dancinha contagiante do trio num bar). Se não soubesse de antemão que veria um filme de Jean Luc Godard, eu podia jurar que esse longa não era assinado por ele. Desde o desenvolvimento até os desfechos geralmente trágicos, esse soa mais 'palatável' e menos melancólico.
'Papo de Cinemateca - Porque Cinema e Diversão é com a Gente Mesmo.'
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