PiTacO do PapO! 'Assim que Abro meus Olhos' - 2017
NOTA 8.5
O cinema é fonte inesgotável de conhecimento, mas também nos permite ir além das barreiras da lÃngua, nos introduzem a costumes diferentes dos nossos e muitas das vezes também nos possibilita traçar análises sobre comportamento. Isso me motiva a buscar mais do cinema estrangeiro, desses que veremos pouco nas salas de cinema por aqui. 'Assim que Abro meus Olhos' é um longa tunisiano que estreou em pouquÃssimas salas no Brasil e agora pode ser encontrado on line.
A história se passa no verão de 2010 em Túnis, na TunÃsia, alguns meses antes da Revolução de Jasmim. Enquanto o regime de Ben Ali cai, Farah (Baya Medhaffer), uma garota de 18 anos, se junta a uma banda de rock politizada e descobre o álcool, o amor e os protestos. Indo contra a vontade da mãe, Hayet (Ghalia Benali), que conhece os tabus do paÃs, Farah mergulha cada vez mais nesse mundo, sem suspeitar do perigo de um regime polÃtico que a observa e se infiltra na sua privacidade. Para proteger a filha, Hayet fará o que for preciso, inclusive, reviver as feridas da sua própria juventude.
'Assim que Abro meus Olhos' é na verdade o tÃtulo de uma das canções da banda em que Farah é vocalista. A letra prega a liberdade, protesta contra a fome e a falta de emprego. Protestam na verdade contra o governo de Zine el-Abidine Ben Ali, que durou 23 anos, até ele fugir do paÃs em 2011. A personagem da estreante Baya Medhaffer é forte, temperamental e com 'cacife' para enfrentar de peito aberto toda represália em função de seu canto inconformado. O filme deve muito inclusive ao elenco e suas interpretações cheias de carisma, que mesclam momentos tempestivos com outros repletos de serenidade.
Este belo exemplo do cinema falado em árabe, nos diz sobre assuntos urgentes e que sempre serão atuais em qualquer parte do mundo em algum momento. Nos diz sobre o amor incondicional de mãe e filho, sobre a liberdade , ou a privação dela... mas acima de tudo, nos diz sobre não aceitar menos do que ter seus direitos preservados, principalmente o da liberdade de expressão.
Porque . assim que eu abro meus olhos, vejo nitidamente que toda mudança depende de uma tomada de posição que muitas vezes quer dizer perder para ganhar.
Vale Ver !
O cinema é fonte inesgotável de conhecimento, mas também nos permite ir além das barreiras da lÃngua, nos introduzem a costumes diferentes dos nossos e muitas das vezes também nos possibilita traçar análises sobre comportamento. Isso me motiva a buscar mais do cinema estrangeiro, desses que veremos pouco nas salas de cinema por aqui. 'Assim que Abro meus Olhos' é um longa tunisiano que estreou em pouquÃssimas salas no Brasil e agora pode ser encontrado on line.
A história se passa no verão de 2010 em Túnis, na TunÃsia, alguns meses antes da Revolução de Jasmim. Enquanto o regime de Ben Ali cai, Farah (Baya Medhaffer), uma garota de 18 anos, se junta a uma banda de rock politizada e descobre o álcool, o amor e os protestos. Indo contra a vontade da mãe, Hayet (Ghalia Benali), que conhece os tabus do paÃs, Farah mergulha cada vez mais nesse mundo, sem suspeitar do perigo de um regime polÃtico que a observa e se infiltra na sua privacidade. Para proteger a filha, Hayet fará o que for preciso, inclusive, reviver as feridas da sua própria juventude.
'Assim que Abro meus Olhos' é na verdade o tÃtulo de uma das canções da banda em que Farah é vocalista. A letra prega a liberdade, protesta contra a fome e a falta de emprego. Protestam na verdade contra o governo de Zine el-Abidine Ben Ali, que durou 23 anos, até ele fugir do paÃs em 2011. A personagem da estreante Baya Medhaffer é forte, temperamental e com 'cacife' para enfrentar de peito aberto toda represália em função de seu canto inconformado. O filme deve muito inclusive ao elenco e suas interpretações cheias de carisma, que mesclam momentos tempestivos com outros repletos de serenidade.
Este belo exemplo do cinema falado em árabe, nos diz sobre assuntos urgentes e que sempre serão atuais em qualquer parte do mundo em algum momento. Nos diz sobre o amor incondicional de mãe e filho, sobre a liberdade , ou a privação dela... mas acima de tudo, nos diz sobre não aceitar menos do que ter seus direitos preservados, principalmente o da liberdade de expressão.
Porque . assim que eu abro meus olhos, vejo nitidamente que toda mudança depende de uma tomada de posição que muitas vezes quer dizer perder para ganhar.
Vale Ver !
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