PiTacO do PapO! 'Em Ritmo de Fuga' - 2017
NOTA 9.5
Por Karina Massud @cinemassud
Romance, violência, adrenalina, carros, fugas e música, muita música. Não, esse não é mais um filme de ação desses que parecem clonados uns dos outros - “Baby Driver” (“Em Ritmo de Fuga”, mais um tÃtulo nacional infeliz e cafona) é, até agora, o melhor filme de ação do ano, que para alegria dos cinéfilos reúne brilhantemente todos os ingredientes acima.
O excelente ator Ansel Elgort vive Baby, um rapaz que sofreu um acidente de carro na infância que o deixou com um zumbido nos ouvidos, e pra abafá-lo, ele ouve música em volume alto o tempo todo. Ironicamente ele é um à s no volante, e trabalha dirigindo carros de fuga para uma gangue de assaltantes de bancos a fim de pagar uma dÃvida. Baby tem um pai adotivo surdo-mudo, Joseph, com quem se comunica por sinais, as cenas e a relação entre eles são as mais doces e tocantes do filme.
Kevin Spacey é o chefão Doc, impávido, ameaçador e implacável do jeito que a gente gosta. Ele planeja os assaltos e distribui as tarefas entre as equipes. A gangue tem um elenco estelar: Jamie Foxx , Jon Hamm, Jon Bernthal, Eiza González e Flea. Apesar de vilões, são tão carismáticos, que passamos a torcer para que tudo dê certo pra eles.
À primeira vista seus colegas de trabalho pensam que Baby é retardado, mas na verdade ele é mais inteligente que todos e tem uma memória fotográfica. Ele só prefere não verbalizar o que vê ou sente, escolhe viver calado - as músicas vindas de iPods antigos falam por ele. A trilha sonora de primeirÃssima é o roteiro em si, ela dá o texto, os diálogos, ritmo e sentimento à s cenas e personagens.
O protagonista conhece Deborah (Lily James) e decide então largar a vida de crimes depois de um último serviço...mas essa vida o persegue e parece ser impossÃvel sair dela.
O roteiro não é exatamente original, a trama é até simplória, mas sem dúvida executada com maestria pelo diretor Edgar Wright (diretor de 'Scott Pilgrim'), que também escreveu e produziu o longa. O filme é uma viagem na cabeça de Baby, o movimento da câmera é o seu olhar, vemos e sentimos o mundo através dele, de suas memórias, flash-backs, fantasmas e também sonhos do presente. O ritmo é alucinante e a correria é insana, as fugas e manobras do personagem são sensacionais, muito bem filmadas e sincronizadas com as músicas.
Há várias homenagens/referências a filmes como “Cães de Aluguel”, “Ruas de Fogo” e “Pulp Fiction” - você viaja na cena e tem aquela sensação boa e aconchegante de estar vendo uma sequência sem precedentes. A parte final teve excesso de acontecimentos e resoluções que contrastam com a primeira metade do filme, o diretor poderia ter deixado alguns momentos subentendidos e não explicadinhos demais.
Um filme delicioso, divertido, emocionante e 'cool' até o osso.
Super Vale Ver !
Por Karina Massud @cinemassud
Romance, violência, adrenalina, carros, fugas e música, muita música. Não, esse não é mais um filme de ação desses que parecem clonados uns dos outros - “Baby Driver” (“Em Ritmo de Fuga”, mais um tÃtulo nacional infeliz e cafona) é, até agora, o melhor filme de ação do ano, que para alegria dos cinéfilos reúne brilhantemente todos os ingredientes acima.
O excelente ator Ansel Elgort vive Baby, um rapaz que sofreu um acidente de carro na infância que o deixou com um zumbido nos ouvidos, e pra abafá-lo, ele ouve música em volume alto o tempo todo. Ironicamente ele é um à s no volante, e trabalha dirigindo carros de fuga para uma gangue de assaltantes de bancos a fim de pagar uma dÃvida. Baby tem um pai adotivo surdo-mudo, Joseph, com quem se comunica por sinais, as cenas e a relação entre eles são as mais doces e tocantes do filme.
Kevin Spacey é o chefão Doc, impávido, ameaçador e implacável do jeito que a gente gosta. Ele planeja os assaltos e distribui as tarefas entre as equipes. A gangue tem um elenco estelar: Jamie Foxx , Jon Hamm, Jon Bernthal, Eiza González e Flea. Apesar de vilões, são tão carismáticos, que passamos a torcer para que tudo dê certo pra eles.
À primeira vista seus colegas de trabalho pensam que Baby é retardado, mas na verdade ele é mais inteligente que todos e tem uma memória fotográfica. Ele só prefere não verbalizar o que vê ou sente, escolhe viver calado - as músicas vindas de iPods antigos falam por ele. A trilha sonora de primeirÃssima é o roteiro em si, ela dá o texto, os diálogos, ritmo e sentimento à s cenas e personagens.
O protagonista conhece Deborah (Lily James) e decide então largar a vida de crimes depois de um último serviço...mas essa vida o persegue e parece ser impossÃvel sair dela.
O roteiro não é exatamente original, a trama é até simplória, mas sem dúvida executada com maestria pelo diretor Edgar Wright (diretor de 'Scott Pilgrim'), que também escreveu e produziu o longa. O filme é uma viagem na cabeça de Baby, o movimento da câmera é o seu olhar, vemos e sentimos o mundo através dele, de suas memórias, flash-backs, fantasmas e também sonhos do presente. O ritmo é alucinante e a correria é insana, as fugas e manobras do personagem são sensacionais, muito bem filmadas e sincronizadas com as músicas.
Há várias homenagens/referências a filmes como “Cães de Aluguel”, “Ruas de Fogo” e “Pulp Fiction” - você viaja na cena e tem aquela sensação boa e aconchegante de estar vendo uma sequência sem precedentes. A parte final teve excesso de acontecimentos e resoluções que contrastam com a primeira metade do filme, o diretor poderia ter deixado alguns momentos subentendidos e não explicadinhos demais.
Um filme delicioso, divertido, emocionante e 'cool' até o osso.
Super Vale Ver !
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