PiTacO do PapO! 'Os Meninos que Enganavam Nazistas' - 2017
NOTA 8.0
Por Karina Massud @cinemassud
A inocência e pureza infantis se transformando à força em maturidade diante das circunstâncias horrendas da 2ª Guerra Mundial.
Depois da ocupação nazista em Paris os irmãos judeus Joseph e Maurice tem que se separar da famÃlia e, seguindo o plano e instruções dos pais, fogem para a zona livre na Riviera Francesa. O pai os treina para em hipótese alguma revelarem serem judeus. Lá todos se reúnem brevemente, mas os alemães invadem Nice e eles têm novamente que se separar.
O filme do diretor canadense Christian Duguay é baseado na autobiografia de 1973 de Joseph Joffo “ Un Sac de Billes”, e mostra a 2ª Guerra sob os olhos desses irmaõs nessa trajetória de crescimento, medo e reencontro.
O ótimo ator mirim Dorian le Clech interpreta Jo (Joseph), boa parte da narrativa é sob sua inocente perspectiva de criança, que não vê maldade em ninguém nem entende o porquê de sofrerem discriminação e violência pelo simples fato de serem judeus.
A trama tem dois focos: a relação entre os irmãos, sua cumplicidade, afeto e promessa de sempre voltarem a se encontrar e também o desenrolar da guerra, desde a fuga de Paris até o seu fim com a libertação da capital francesa.
Nós, assim como os meninos, oscilamos entre momentos de tristeza e desespero e de alegria e esperança. Sua jornada de superação vai endurecendo-os pouco a pouco, assim como os torna mais astutos e inteligentes para driblar militares nazistas investigadores. ImpossÃvel não se emocionar com cenas como as do padre no trem, da caminhada pelas montanhas, das bolhas nos pés e do jantar com a famÃlia antissemita.
O enredo é incrÃvel, são tantos encontros e desencontros, tantas situações “ por um triz”, que fascina por ser uma história verÃdica. As locações e reconstituição de época são lindas: Paris, Nice, SuÃça, cidadelas, montanhas e vegetação, e dessa vez, fomos poupados dos pesadelos dos campos de concentração.
Como todo filme que retrata esse triste perÃodo da História, “Os Meninos que Enganavam Nazistas” não é um filme fácil de se ver, muitas das cenas de separações e violência são de partir o coração. Já o tÃtulo original “Um Saco de Bolinhas de Gude” poderia ter sido mantido, pois as bolinhas significam a resiliência dos meninos nos momentos mais difÃceis, de doença, tensão e incerteza.
O final é agridoce como não poderia deixar de ser em tramas com essa temática, mas nos deixa com uma pontada de esperança pelas vidas salvas e pessoas de bom coração, que mesmo se arriscando, ajudaram a salvar muitos inocentes.
Um belo filme que me deixou a vontade de ler o livro e conhecer mais detalhes sobre essa linda história de sobrevivência.
Vale Ver !
Por Karina Massud @cinemassud
A inocência e pureza infantis se transformando à força em maturidade diante das circunstâncias horrendas da 2ª Guerra Mundial.
Depois da ocupação nazista em Paris os irmãos judeus Joseph e Maurice tem que se separar da famÃlia e, seguindo o plano e instruções dos pais, fogem para a zona livre na Riviera Francesa. O pai os treina para em hipótese alguma revelarem serem judeus. Lá todos se reúnem brevemente, mas os alemães invadem Nice e eles têm novamente que se separar.
O filme do diretor canadense Christian Duguay é baseado na autobiografia de 1973 de Joseph Joffo “ Un Sac de Billes”, e mostra a 2ª Guerra sob os olhos desses irmaõs nessa trajetória de crescimento, medo e reencontro.
O ótimo ator mirim Dorian le Clech interpreta Jo (Joseph), boa parte da narrativa é sob sua inocente perspectiva de criança, que não vê maldade em ninguém nem entende o porquê de sofrerem discriminação e violência pelo simples fato de serem judeus.
A trama tem dois focos: a relação entre os irmãos, sua cumplicidade, afeto e promessa de sempre voltarem a se encontrar e também o desenrolar da guerra, desde a fuga de Paris até o seu fim com a libertação da capital francesa.
Nós, assim como os meninos, oscilamos entre momentos de tristeza e desespero e de alegria e esperança. Sua jornada de superação vai endurecendo-os pouco a pouco, assim como os torna mais astutos e inteligentes para driblar militares nazistas investigadores. ImpossÃvel não se emocionar com cenas como as do padre no trem, da caminhada pelas montanhas, das bolhas nos pés e do jantar com a famÃlia antissemita.
O enredo é incrÃvel, são tantos encontros e desencontros, tantas situações “ por um triz”, que fascina por ser uma história verÃdica. As locações e reconstituição de época são lindas: Paris, Nice, SuÃça, cidadelas, montanhas e vegetação, e dessa vez, fomos poupados dos pesadelos dos campos de concentração.
Como todo filme que retrata esse triste perÃodo da História, “Os Meninos que Enganavam Nazistas” não é um filme fácil de se ver, muitas das cenas de separações e violência são de partir o coração. Já o tÃtulo original “Um Saco de Bolinhas de Gude” poderia ter sido mantido, pois as bolinhas significam a resiliência dos meninos nos momentos mais difÃceis, de doença, tensão e incerteza.
O final é agridoce como não poderia deixar de ser em tramas com essa temática, mas nos deixa com uma pontada de esperança pelas vidas salvas e pessoas de bom coração, que mesmo se arriscando, ajudaram a salvar muitos inocentes.
Um belo filme que me deixou a vontade de ler o livro e conhecer mais detalhes sobre essa linda história de sobrevivência.
Vale Ver !
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