PiTacO do PapO! 'Malasartes e o Duelo com a Morte' - 2017
NOTA 9.0
Já dizia o ditado: 'O mundo é dos espertos'!
...Mas quem conhece Pedro Malasartes, sabe que ele vai muito além dos malandros desse 'mundo' aqui, a ponto de ludibriar até a temida Morte. Essa é a tônica que rege o novíssimo trabalho de Paulo Morelli, que já chega com o status de filme brasileiro com o maior uso de efeitos especiais até o momento.
Abraçando com convicção e mesma ousadia o gênero fantástico, o longa me remete à uma outra grata surpresa do cinema nacional: a última vez que me lembro de presenciar algo parecido (mas claro que com uma linguagem completamente distinta) foi no cultuado 'O Auto da Compadecida' (2000), do lendário Ariano Suassuna e dirigido por Guel Arraes.
O filme acompanha o hilário Pedro Malasartes (Jesuíta Barbosa), um malandro que, por mais que seja apaixonado por Áurea (Ísis Valverde), não resiste a um rabo de saia. Devendo muito dinheiro a Próspero (Milhem Cortaz), irmão de sua amada, Malasartes precisa escapar dele ao mesmo tempo em que prega peças com quem cruza pela frente, sempre usando a inteligência, de forma a conseguir alguns trocados para , segundo ele, 'comprar' sua liberdade. Só que seu padrinho, a Morte encarnada (Julio Andrade) em pessoa, tem outros planos para ele e que o levarão à fazer escolhas bem difíceis.
Segundo Morelli (de 'Zoom' -2015), que veio para inovar o cinema nacional pelo menos no que tange ao apelo visual, o filme levou cerca de 30 anos para sair do papel - o que ele tinha em mente para a produção, era uma tecnologia de ponta que só poderia ser usada com os recursos que temos hoje ; só assim o filme chegaria ao público da maneira que ele tinha pensado. Ainda que saibamos que o famoso GCI (computação gráfica) seja usado em diversas super produções gringas, se deparar efeitos visuais desse naipe numa produção que também cria identidade com o público brasileiro, é animador, afinal, Pedro Malasartes, que originalmente é um personagem clássico íbero americano, aqui , tem todo jeitinho brejeiro de figuras que se eternizaram dentro da nossa cultura, como o Jeca Tatú de Monteiro Lobato ou do impagável Mazzaropi.
'Malasartes e o Duelo com a Morte' traduz que inevitavelmente o cinema nacional está em plena evolução, que não existem mais limites para ousar e trazer para as telas toda riqueza que mora nos nossos livros de literatura sem correr o risco de ser tupiniquim ou fake. A expertise de Morelli numa produção desse tipo contou muito para o êxito do trabalho, porém, não fosse o carisma dos protogonistas - com destaque para o capiau de Jesuíta Barbosa - uma das grandes promessas da nossa dramaturgia, é bem possível que o filme não tivesse o mesmo impacto.
A produção, que ainda conta com as boas presenças de Vera Holtz, Leandro Hassum, Augusto Madeira, Luciana Paes e Julia Ianina está em cartaz nos cinemas brasileiros, e se eu fosse você não perdia essa por nada.
Super Vale Ver !
Já dizia o ditado: 'O mundo é dos espertos'!
...Mas quem conhece Pedro Malasartes, sabe que ele vai muito além dos malandros desse 'mundo' aqui, a ponto de ludibriar até a temida Morte. Essa é a tônica que rege o novíssimo trabalho de Paulo Morelli, que já chega com o status de filme brasileiro com o maior uso de efeitos especiais até o momento.
Abraçando com convicção e mesma ousadia o gênero fantástico, o longa me remete à uma outra grata surpresa do cinema nacional: a última vez que me lembro de presenciar algo parecido (mas claro que com uma linguagem completamente distinta) foi no cultuado 'O Auto da Compadecida' (2000), do lendário Ariano Suassuna e dirigido por Guel Arraes.
O filme acompanha o hilário Pedro Malasartes (Jesuíta Barbosa), um malandro que, por mais que seja apaixonado por Áurea (Ísis Valverde), não resiste a um rabo de saia. Devendo muito dinheiro a Próspero (Milhem Cortaz), irmão de sua amada, Malasartes precisa escapar dele ao mesmo tempo em que prega peças com quem cruza pela frente, sempre usando a inteligência, de forma a conseguir alguns trocados para , segundo ele, 'comprar' sua liberdade. Só que seu padrinho, a Morte encarnada (Julio Andrade) em pessoa, tem outros planos para ele e que o levarão à fazer escolhas bem difíceis.
Segundo Morelli (de 'Zoom' -2015), que veio para inovar o cinema nacional pelo menos no que tange ao apelo visual, o filme levou cerca de 30 anos para sair do papel - o que ele tinha em mente para a produção, era uma tecnologia de ponta que só poderia ser usada com os recursos que temos hoje ; só assim o filme chegaria ao público da maneira que ele tinha pensado. Ainda que saibamos que o famoso GCI (computação gráfica) seja usado em diversas super produções gringas, se deparar efeitos visuais desse naipe numa produção que também cria identidade com o público brasileiro, é animador, afinal, Pedro Malasartes, que originalmente é um personagem clássico íbero americano, aqui , tem todo jeitinho brejeiro de figuras que se eternizaram dentro da nossa cultura, como o Jeca Tatú de Monteiro Lobato ou do impagável Mazzaropi.
'Malasartes e o Duelo com a Morte' traduz que inevitavelmente o cinema nacional está em plena evolução, que não existem mais limites para ousar e trazer para as telas toda riqueza que mora nos nossos livros de literatura sem correr o risco de ser tupiniquim ou fake. A expertise de Morelli numa produção desse tipo contou muito para o êxito do trabalho, porém, não fosse o carisma dos protogonistas - com destaque para o capiau de Jesuíta Barbosa - uma das grandes promessas da nossa dramaturgia, é bem possível que o filme não tivesse o mesmo impacto.
A produção, que ainda conta com as boas presenças de Vera Holtz, Leandro Hassum, Augusto Madeira, Luciana Paes e Julia Ianina está em cartaz nos cinemas brasileiros, e se eu fosse você não perdia essa por nada.
Super Vale Ver !
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