PitacO do Papo - Atômica (2017)
NOTA 9.0
O cinema de ação anda caminhando em lugares muito comuns ultimamente. Tramas vazias e rocambolescas, desprovidas de criatividade e que se atém somente às piruetas e efeitos especiais para deixar o público boquiaberto e fazê-lo esquecer de todo um contexto que deveria estar conduzindo a trama, e não o contrário. Em 'Atômica' , ou 'Atomic Blonde' (no original) veremos que é possível ter o melhor dos dois mundos em filmes especialmente feitos pra entreter.
No longa a toda poderosa Charlize Theron é Lorraine Broughton, uma agente disposta a enfrentar qualquer desafio e a usar todas as suas habilidades para sobreviver à uma missão quase impossível. A história se passa na década de 80, mais precisamente em 1989, após a queda do muro de Berlim, quando ela, a assassina mais brutal do MI6, é enviada a cidade para recuperar um dossiê de valor inestimável. Ela se une ao chefe da estação local, David Percival (James McAvoy) e se envolve em um jogo letal de espiões.
À frente do longa, David Leitch - que inclusive já assumiu a direção do aguardado 'Deadpool 2'- dessa maneira, e pelo resultado excepcional em 'John Wick: De Volta ao Jogo' (2014), o filme coloca o nome do diretor naquela lista de profissionais do cinema pra ficar de olho, que transformam qualquer história numa boa trama e que conferem novos tons no que já vimos muito anteriormente. 'Atômica' já abre com uma trilha alucinante e com um apelo visual que marca desde os primeiros créditos (eu pelo menos, com raras exceções, já sei o que me aguarda ainda ali nas linhas iniciais) e aqui não é diferente. É fato que, no que diz respeito à trilha sonora, é impossível não achar genial o uso dela nas sequências mais improváveis, em se tratando então dessa vertente oitentista, a química entre música e planos é imediata, ficando a sensação que seria praticamente impossível conseguir essa reverberação no resultado final sem ela.
Na abertura do texto não quis dizer que estamos diante do 'crème de la crème' das tramas infalíveis e inteligentes, não exatamente; a novidade está justamente no fato de transformar um roteiro razoável e fazer dele um filme super eficiente, apostando no visual e nas lutas (ah como sinto falta da luta corporal hoje no cinema... sério!) pra elevar a temperatura e levar o público a se inquietar com o que vem a seguir....
Para finalizar, não dá pra imaginar 'Atômica' sem nossa eterna Furiosa de 'Mad Max- Estrada da Fúria': Theron imprime feminilidade e sex appeal à sua personagem, porém com força e atitude - as cenas de luta são coreograficamente irretocáveis. Li que ela se machucou muito em cena para dar veracidade à essas sequências... Empoderamento define!
Se eu pudesse definir o loga de Leitch numa expressão, essa frase com certeza seria: 'simplicidade e ousadia nunca estiveram tão juntas e misturadas'.
Super Vale Ver!
O cinema de ação anda caminhando em lugares muito comuns ultimamente. Tramas vazias e rocambolescas, desprovidas de criatividade e que se atém somente às piruetas e efeitos especiais para deixar o público boquiaberto e fazê-lo esquecer de todo um contexto que deveria estar conduzindo a trama, e não o contrário. Em 'Atômica' , ou 'Atomic Blonde' (no original) veremos que é possível ter o melhor dos dois mundos em filmes especialmente feitos pra entreter.
No longa a toda poderosa Charlize Theron é Lorraine Broughton, uma agente disposta a enfrentar qualquer desafio e a usar todas as suas habilidades para sobreviver à uma missão quase impossível. A história se passa na década de 80, mais precisamente em 1989, após a queda do muro de Berlim, quando ela, a assassina mais brutal do MI6, é enviada a cidade para recuperar um dossiê de valor inestimável. Ela se une ao chefe da estação local, David Percival (James McAvoy) e se envolve em um jogo letal de espiões.
À frente do longa, David Leitch - que inclusive já assumiu a direção do aguardado 'Deadpool 2'- dessa maneira, e pelo resultado excepcional em 'John Wick: De Volta ao Jogo' (2014), o filme coloca o nome do diretor naquela lista de profissionais do cinema pra ficar de olho, que transformam qualquer história numa boa trama e que conferem novos tons no que já vimos muito anteriormente. 'Atômica' já abre com uma trilha alucinante e com um apelo visual que marca desde os primeiros créditos (eu pelo menos, com raras exceções, já sei o que me aguarda ainda ali nas linhas iniciais) e aqui não é diferente. É fato que, no que diz respeito à trilha sonora, é impossível não achar genial o uso dela nas sequências mais improváveis, em se tratando então dessa vertente oitentista, a química entre música e planos é imediata, ficando a sensação que seria praticamente impossível conseguir essa reverberação no resultado final sem ela.
Na abertura do texto não quis dizer que estamos diante do 'crème de la crème' das tramas infalíveis e inteligentes, não exatamente; a novidade está justamente no fato de transformar um roteiro razoável e fazer dele um filme super eficiente, apostando no visual e nas lutas (ah como sinto falta da luta corporal hoje no cinema... sério!) pra elevar a temperatura e levar o público a se inquietar com o que vem a seguir....
Para finalizar, não dá pra imaginar 'Atômica' sem nossa eterna Furiosa de 'Mad Max- Estrada da Fúria': Theron imprime feminilidade e sex appeal à sua personagem, porém com força e atitude - as cenas de luta são coreograficamente irretocáveis. Li que ela se machucou muito em cena para dar veracidade à essas sequências... Empoderamento define!
Se eu pudesse definir o loga de Leitch numa expressão, essa frase com certeza seria: 'simplicidade e ousadia nunca estiveram tão juntas e misturadas'.
Super Vale Ver!
Deixe seu Comentário: