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PiTacO do PapO! 'A Última Palavra' - 2017

NOTA 7.5


Por Rogério Machado


De certo, sempre será tempo de mudarmos os padrões, nosso modo de agir... de enxergar a vida,  as coisas,  as pessoas... convergir.  Se tivermos sorte - e oxalá isso aconteça com todos - a vida nos dará a oportunidade de consertarmos as coisas e terminarmos nossa jornada por aqui sendo reconhecido de maneira positiva por aqueles que ficarem.

Sim, 'A Última Palavra', filme ainda sem previsão de lançamento oficial no Brasil, nos conta sobre esse momento determinante na vida, onde seremos confrontados com o nosso caminhar, ou a maneira em que vivemos até ali, e então ter a motivação de mudar os rumos do fim dessa existência. 


No longa, a eterna diva Shirley MacLaine é Harriet Lauler,  uma mulher de negócios aposentada e solitária. Após a separação do marido Edward (Philip Baker Hall) e não ter contato com sua filha Elizabeth (Anne Heche) por quase duas décadas, ao folhear sessões de obituário nos jornais, ela resolve que precisa escrever o seu antes de morrer. Controladora ao extremo, essa seria sua última tarefa antes de partir. Ela então vai atrás de Anne (Amana Seyfried), jornalista de um jornal local que deve sua existência às grandes cotas de publicidade da agência fundada por Harriet. A jovem não consegue escapar da tarefa imposta pela senhora, mas ao buscar a lista de contatos indicados por ela, só encontra pessoas que tiveram péssimas experiências com a complicada senhora. 

Em reuniões para discutir como fazer seu obituário, Harriet pede a moça que a ajude com quatro partes importantes do obituário: um aposto (atividade/hobby que apresente o “morto”), uma pessoa que tenha sua vida transformada por ela, o amor e saudade dos familiares e o elogio sincero de um amigo. Uma árdua tarefa por sinal, pois a jornalista já havia 'sondado' todos que de alguma forma conviveram com Harriet. Porém, por insistência da velha rabugenta, as duas seguem então juntas buscando novas fontes para completar esse tão sonhado obituário. 

'The Last Word' (no original) se vale de caminhos fáceis, principalmente na sua conclusão.  O direção de Mark Pellington (de 'A Última Profecia'- 2002) não resiste às tentações de apelo popular e inevitavelmente embarca nos clichês. Contudo, é impossível não se render à doçura de Seyfried e ao carisma e experiência de Maclaine, que constroem juntas com a jovem AnnJewel Lee Dixon (ótima por sinal) momentos deliciosos. Não é um grande filme, mas deixa uma mensagem inspiradora.



Vale Ver! 


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