PiTacO do PapO - 'Lola Pater' | 2017
NOTA 8.0
Por Rogério Machado
Um dia, depois de um choque familiar, você , após ter vivido a vida toda sem conhecer seu pai, vai à busca dele.... e ao encontrá-lo descobre uma outra pessoa, descobre que seu pai não é mais um homem e sim uma mulher. 'Lola Pater' , filme francês que também foi destaque na Mostra do Cinema Mundial no Festival do Rio e chegou essa semana aos cinemas, também aborda a questão da transsexualidade, mas não somente isso, o filme dirigido por Nadir Moknèche é uma bela lição sobre como abraçar a vida, independente de como ela se apresente.
Na história conheceremos Zino (Tewfik Jallab), um rapaz de 27 anos que acabou de enterrar sua mãe. Filho de imigrantes argelinos, ele sempre acreditou que seu pai, Farid, abandonou a famÃlia há cerca de 20 anos e voltou para a Argélia. Mas um grande mistério de seu passado está prestes a ser desvendado: a verdade é que seu pai nunca retornou à sua terra natal, não se divorciou de sua mãe e nem mesmo atende mais pelo mesmo nome.
Farid, que há muito tempo vive como Lola, é interpretado pela atriz Fanny Ardant, uma das grandes estrelas do cinema francês. Ardant encara o desafio de ser uma transsexual de maneira orgânica. Fico imaginando que um ator, mesmo com toda caracterização, não teria sido tão perfeito quanto a experiente atriz, que tem uma voz naturalmente grave e mesmo com toda feminilidade, tem uma aparência forte e os demais detalhes ficam mesmo por conta do acabamento de sua primorosa atuação.
Muito embora se note que o drama não pretendesse dar enfoque na aceitação do filho para a nova condição do pai e não pese tanto a mão nesse ponto, o que acaba deixando a sensação de algo faltando, o filme tem muitos pontos altos, principalmente pela simples presença de Ardant. Pode ser que a intenção não fosse problematizar a questão, visto que muitas produções com a temática já têm se encarregado disso, mas é fato que parece ter faltado emoção, calor... enfim. Porém, existem outros atributos, além dos que citei, que tornam o filme um bom programa, principalmente para os amantes do cinema francês.
Vale Ver !
DIREÇÃO
Nadir Moknèche
EQUIPE TÉCNICA
Roteiro: Nadir Moknèche
Produção: Bertrand Gore, Nathalie Mesuret
Fotografia: Jeanne Lapoirie
Trilha Sonora: Pierre Bastaroli
Estúdio: Blue Monday Productions
Montador: Chantal Hymans
Distribuidora: Imovision
ELENCO
Ahmed Zerari, Anaïs Fabre, Assa Sylla, Baptiste Moulart, Bruno Sanches, Claire de la Rüe du Can, Dimitris Daskas, Fanny Ardant, Faouzi Bensaïdi, Jean-Henri Compère, Lawrence Valin, Lubna Azabal, Lucie Debay, Maël Benslimane, Nadia Kaci, Nadir Moknèche, Niddal El Mellouhi, Othman Bekara, Polydoros Vogiatzis, Raphaëlle Lubansu, Sabeha Mokneche, Sofia Johnson, Tewfik Jallab, Véronique Dumont
Por Rogério Machado
Um dia, depois de um choque familiar, você , após ter vivido a vida toda sem conhecer seu pai, vai à busca dele.... e ao encontrá-lo descobre uma outra pessoa, descobre que seu pai não é mais um homem e sim uma mulher. 'Lola Pater' , filme francês que também foi destaque na Mostra do Cinema Mundial no Festival do Rio e chegou essa semana aos cinemas, também aborda a questão da transsexualidade, mas não somente isso, o filme dirigido por Nadir Moknèche é uma bela lição sobre como abraçar a vida, independente de como ela se apresente.
Na história conheceremos Zino (Tewfik Jallab), um rapaz de 27 anos que acabou de enterrar sua mãe. Filho de imigrantes argelinos, ele sempre acreditou que seu pai, Farid, abandonou a famÃlia há cerca de 20 anos e voltou para a Argélia. Mas um grande mistério de seu passado está prestes a ser desvendado: a verdade é que seu pai nunca retornou à sua terra natal, não se divorciou de sua mãe e nem mesmo atende mais pelo mesmo nome.
Farid, que há muito tempo vive como Lola, é interpretado pela atriz Fanny Ardant, uma das grandes estrelas do cinema francês. Ardant encara o desafio de ser uma transsexual de maneira orgânica. Fico imaginando que um ator, mesmo com toda caracterização, não teria sido tão perfeito quanto a experiente atriz, que tem uma voz naturalmente grave e mesmo com toda feminilidade, tem uma aparência forte e os demais detalhes ficam mesmo por conta do acabamento de sua primorosa atuação.
Muito embora se note que o drama não pretendesse dar enfoque na aceitação do filho para a nova condição do pai e não pese tanto a mão nesse ponto, o que acaba deixando a sensação de algo faltando, o filme tem muitos pontos altos, principalmente pela simples presença de Ardant. Pode ser que a intenção não fosse problematizar a questão, visto que muitas produções com a temática já têm se encarregado disso, mas é fato que parece ter faltado emoção, calor... enfim. Porém, existem outros atributos, além dos que citei, que tornam o filme um bom programa, principalmente para os amantes do cinema francês.
Vale Ver !
Nadir Moknèche
EQUIPE TÉCNICA
Roteiro: Nadir Moknèche
Produção: Bertrand Gore, Nathalie Mesuret
Fotografia: Jeanne Lapoirie
Trilha Sonora: Pierre Bastaroli
Estúdio: Blue Monday Productions
Montador: Chantal Hymans
Distribuidora: Imovision
ELENCO
Ahmed Zerari, Anaïs Fabre, Assa Sylla, Baptiste Moulart, Bruno Sanches, Claire de la Rüe du Can, Dimitris Daskas, Fanny Ardant, Faouzi Bensaïdi, Jean-Henri Compère, Lawrence Valin, Lubna Azabal, Lucie Debay, Maël Benslimane, Nadia Kaci, Nadir Moknèche, Niddal El Mellouhi, Othman Bekara, Polydoros Vogiatzis, Raphaëlle Lubansu, Sabeha Mokneche, Sofia Johnson, Tewfik Jallab, Véronique Dumont
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