PiTacO do PapO - 'Com Amor, Van Gogh' | 2017
NOTA 9.5
Por Rogério Machado
1 lenda,
125 pintores,
65 mil telas pintadas à óleo reproduzidas em uma ousada produção , feitas para contar a história de Vincent Van Gogh, um dos mais notórios artistas de seu tempo que infelizmente não teve o reconhecimento do seu talento em vida. 'Com Amor, Van Gogh', que chegou aos cinemas no fim de novembro, foi todo filmado para depois ser refeito frame a frame em pinturas ao estilo do mestre.
Outras cinebios do artista já foram vistas anteriormente - a mais famosa talvez seja “Sede de viver” (1956), de Vincente Minnelli, em que era interpretado por Kirk Douglas. Robert Altman também abordou a relação entre Van Gogh e o irmão Theo no filme “Vincent & Theo” (1990). Mas dizem por aà que a versão mais ambiciosa artisticamente ainda é “Van Gogh” (1991), escrita e dirigida pelo francês Maurice Pialat. Isso até o momento, creio que mais ambiciosa que esta produção com a direção da dupla Dorota Kobiela e Hugh Welchman, pelo menos no que tange ao seu formato, será difÃcil de ser superada.
O longa retrata o ano de 1891, um ano após o suicÃdio de Vincent Van Gogh. É quando Armand Roulin (Douglas Booth) encontra uma carta do pintor enviada ao irmão Theo, que jamais chegou ao seu destino. Após conversar com seu pai, o carteiro Roulin (Chris O'Dowd), que era amigo pessoal de Van Gogh, Armand é incentivado a entregar ele mesmo a correspondência. Desta forma, ele parte para a cidade francesa de Arles na esperança de encontrar algum contato com a famÃlia do pintor falecido. Lá, inicia uma investigação junto à s pessoas que conheceram Van Gogh, no intuito de decifrar se ele realmente se matou.
Ao contrário do que imaginamos, apesar de retratar um perÃodo da vida (ou morte) de um grande pintor, e até pelo seu formato, o que poderia representar uma produção mais erudita, de arte, o longa se transforma em uma trama intrigante, sem espaço para longas sequências contemplativas ou com muitas pausas entre os diálogos. O texto é afiado e carrega um certo clima de suspense, a busca de Armand se torna cega e as pistas vão se entrelaçando e deixando o ritmo cada vez mais convidativo.
Mesmo tendo pinturas se sobrepondo à s filmagens originais, a riqueza de detalhes é incrÃvel. Aqueles mais ligados ao cinema, facilmente reconhecerão os atores envolvidos no projeto: Saoirse Ronan (indicada ao Oscar por 'Brooklyn'- 2015 e muito conhecida por 'Um Olhar do ParaÃso' -2009), Jerome Flynn (de Game of Thrones), além da atriz britânica Helen McCrory estão entre as estrelas da produção, sendo eternizados pela obra de Van Gogh reproduzidas nos frames.
Como o tÃtulo mesmo diz, 'Como Amor, Van Gogh' é uma declaração de amor à arte, ao cinema e ao próprio Van Gogh, esse gênio incompreendido, aquele que é o pai do modernismo.
Super Vale Ver !
DIREÇÃO
Dorota Kobiela, Hugh Welchman
EQUIPE TÉCNICA
Roteiro: Dorota Kobiela, Hugh Welchman, Jacek Dehnel
Produção: Ivan Mactaggart, Sean M. Bobbitt
Fotografia: Lukasz Zal, Tristan Oliver
Trilha Sonora: Clint Mansell
Estúdio: BreakThru Productions, Trademark Films
Montador: Dorota Kobiela, Justyna Wierszynska
Distribuidora: Europa Filmes
ELENCO
Aidan Turner, Bill Thomas, Cezary Lukaszewicz, Chris O'Dowd, Douglas Booth, Eleanor Tomlinson, Helen McCrory, Holly Earl, James Greene, Jerome Flynn, Joe Stuckey, John Sessions, Josh Burdett, Martin Herdman, Piotr Pamula, Robert Gulaczyk, Robin Hodges, Saoirse Ronan
Por Rogério Machado
1 lenda,
125 pintores,
65 mil telas pintadas à óleo reproduzidas em uma ousada produção , feitas para contar a história de Vincent Van Gogh, um dos mais notórios artistas de seu tempo que infelizmente não teve o reconhecimento do seu talento em vida. 'Com Amor, Van Gogh', que chegou aos cinemas no fim de novembro, foi todo filmado para depois ser refeito frame a frame em pinturas ao estilo do mestre.
Outras cinebios do artista já foram vistas anteriormente - a mais famosa talvez seja “Sede de viver” (1956), de Vincente Minnelli, em que era interpretado por Kirk Douglas. Robert Altman também abordou a relação entre Van Gogh e o irmão Theo no filme “Vincent & Theo” (1990). Mas dizem por aà que a versão mais ambiciosa artisticamente ainda é “Van Gogh” (1991), escrita e dirigida pelo francês Maurice Pialat. Isso até o momento, creio que mais ambiciosa que esta produção com a direção da dupla Dorota Kobiela e Hugh Welchman, pelo menos no que tange ao seu formato, será difÃcil de ser superada.
O longa retrata o ano de 1891, um ano após o suicÃdio de Vincent Van Gogh. É quando Armand Roulin (Douglas Booth) encontra uma carta do pintor enviada ao irmão Theo, que jamais chegou ao seu destino. Após conversar com seu pai, o carteiro Roulin (Chris O'Dowd), que era amigo pessoal de Van Gogh, Armand é incentivado a entregar ele mesmo a correspondência. Desta forma, ele parte para a cidade francesa de Arles na esperança de encontrar algum contato com a famÃlia do pintor falecido. Lá, inicia uma investigação junto à s pessoas que conheceram Van Gogh, no intuito de decifrar se ele realmente se matou.
Ao contrário do que imaginamos, apesar de retratar um perÃodo da vida (ou morte) de um grande pintor, e até pelo seu formato, o que poderia representar uma produção mais erudita, de arte, o longa se transforma em uma trama intrigante, sem espaço para longas sequências contemplativas ou com muitas pausas entre os diálogos. O texto é afiado e carrega um certo clima de suspense, a busca de Armand se torna cega e as pistas vão se entrelaçando e deixando o ritmo cada vez mais convidativo.
Mesmo tendo pinturas se sobrepondo à s filmagens originais, a riqueza de detalhes é incrÃvel. Aqueles mais ligados ao cinema, facilmente reconhecerão os atores envolvidos no projeto: Saoirse Ronan (indicada ao Oscar por 'Brooklyn'- 2015 e muito conhecida por 'Um Olhar do ParaÃso' -2009), Jerome Flynn (de Game of Thrones), além da atriz britânica Helen McCrory estão entre as estrelas da produção, sendo eternizados pela obra de Van Gogh reproduzidas nos frames.
Como o tÃtulo mesmo diz, 'Como Amor, Van Gogh' é uma declaração de amor à arte, ao cinema e ao próprio Van Gogh, esse gênio incompreendido, aquele que é o pai do modernismo.
Super Vale Ver !
DIREÇÃO
Dorota Kobiela, Hugh Welchman
EQUIPE TÉCNICA
Roteiro: Dorota Kobiela, Hugh Welchman, Jacek Dehnel
Produção: Ivan Mactaggart, Sean M. Bobbitt
Fotografia: Lukasz Zal, Tristan Oliver
Trilha Sonora: Clint Mansell
Estúdio: BreakThru Productions, Trademark Films
Montador: Dorota Kobiela, Justyna Wierszynska
Distribuidora: Europa Filmes
ELENCO
Aidan Turner, Bill Thomas, Cezary Lukaszewicz, Chris O'Dowd, Douglas Booth, Eleanor Tomlinson, Helen McCrory, Holly Earl, James Greene, Jerome Flynn, Joe Stuckey, John Sessions, Josh Burdett, Martin Herdman, Piotr Pamula, Robert Gulaczyk, Robin Hodges, Saoirse Ronan
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