PiTacO do PapO - 'A Mulher Mais Odiada dos Estados Unidos' | 2017
NOTA 7.0
Por Thayná Prado @cinemanoporão
Tommy O’Haver responsável pelo polêmico filme, 'Um Crime Americano' (2007), baseado na história real da jovem Sylvia Likens que foi brutalmente torturada e assassinada por Gertrude Baniszewski em 1965, assume a direção da nova produção Netflix: 'A Mulher mais Odiada dos Estados Unidos', estrelando a grande atriz vencedora do Oscar, Melissa Leo.
O filme conta a história da ativista ateÃsta Madalyn Murray O’Hair que decidiu lutar contra a religiosidade imposta nos Estados Unidos. O objetivo de Madalyn era criar uma sociedade laica, conseguir que a Suprema Corte dos Estados Unidos derrubasse a obrigatoriedade da leitura da BÃblia nas escolas públicas, porém esse ato audacioso provocou uma onda de perseguições que a ativista Madalyn não pôde prever.
Na trama, a vida de Madalyn é mostrada em dois núcleos: o desenvolvimento da sua luta para uma sociedade mais laica e do sequestro dela e de sua famÃlia: Madalyn (Melissa Leo) já idosa, seu filho caçula Garth (Michael Chemus) e sua neta Robin (Juno Temple), eles são sequestrados por David (Josh Lucas), que deseja dinheiro em troca da liberdade da famÃlia, e seguindo a trama, acompanhamos Madalyn na meia-idade já formada em direito, movida a abrir um processo contra a escola de seu filho no Texas, para banir as orações feitas em escolas públicas. E paralelamente, voltando para o sequestro, é mostrado como Madalyn compreendeu o quanto poderia ganhar em doações com esse tipo de ato jurÃdico, fundando logo após a “Americanos AteÃstas”, uma organização responsável em defender a primeira emenda da constituição que assegura a liberdade de religião.
O filme aborda um movimento muito polêmico e importante, o ateÃsmo. Ao mesmo tempo que Madalyn busca por seus direitos na constituição, ela faz isso de uma forma um tanto quanto corrupta - o longa desenvolve bastante esse lado negro da personagem e a incrÃvel Melissa Leo entrega mais uma vez, uma atuação convincente e brilhante, mostrando o quanto Madalyn O’Hair lutava pelos seus ideais com total ausência de escrúpulos. Para certo público, ela era uma heroÃna mal compreendida, para outros uma vilã.
A trama tem um sério problema com o roteiro e o encaixe dos núcleos que são paralelos. A primeira parte que mostra o apanhado histórico da personagem, é bem intrigante e nos prende à história, porém o segundo núcleo é desenvolvido de uma forma muito inferior contando com atuações que não brilham e nem somam para que o filme continue interessante, a narrativa se perde em mostrar quem Madalyn foi, e acaba ficando cansativa.
'A Mulher Mais Odiada dos Estados Unidos' definitivamente não é uma das melhores produções da Netflix mas conta com boa direção, ótima atuação de Melissa Leo que salva a monotonia do elenco coadjuvante e mesmo com um roteiro cheio de falhas, consegue, de certa forma, apresentar quem foi Madalyn Murray O’Hair e sua importância para o movimento ateÃsta. Quem tem interesse na história de Madalyn ou sobre o movimento, vai gostar mesmo com as falhas bem visÃveis que o longa tem.
Vale Ver !
DIREÇÃO
Tommy O'Haver
EQUIPE TÉCNICA
Roteiro: Tommy O'Haver, Irene Turner
Produção: Elizabeth Banks, Max Handelman
Fotografia: Armando Salas
Trilha Sonora: Alan Ari Lazar
Montador: Michael X. Flores
ELENCO
Adam Scott,Danya LaBelle, José Zúñiga, Josh Lucas (I),Juno Temple,Melissa Leo,Madalyn Murray O'Hair, Peter Fonda, Vincent Kartheiser, Vivienne Taylor (II)
Por Thayná Prado @cinemanoporão
Tommy O’Haver responsável pelo polêmico filme, 'Um Crime Americano' (2007), baseado na história real da jovem Sylvia Likens que foi brutalmente torturada e assassinada por Gertrude Baniszewski em 1965, assume a direção da nova produção Netflix: 'A Mulher mais Odiada dos Estados Unidos', estrelando a grande atriz vencedora do Oscar, Melissa Leo.
O filme conta a história da ativista ateÃsta Madalyn Murray O’Hair que decidiu lutar contra a religiosidade imposta nos Estados Unidos. O objetivo de Madalyn era criar uma sociedade laica, conseguir que a Suprema Corte dos Estados Unidos derrubasse a obrigatoriedade da leitura da BÃblia nas escolas públicas, porém esse ato audacioso provocou uma onda de perseguições que a ativista Madalyn não pôde prever.
Na trama, a vida de Madalyn é mostrada em dois núcleos: o desenvolvimento da sua luta para uma sociedade mais laica e do sequestro dela e de sua famÃlia: Madalyn (Melissa Leo) já idosa, seu filho caçula Garth (Michael Chemus) e sua neta Robin (Juno Temple), eles são sequestrados por David (Josh Lucas), que deseja dinheiro em troca da liberdade da famÃlia, e seguindo a trama, acompanhamos Madalyn na meia-idade já formada em direito, movida a abrir um processo contra a escola de seu filho no Texas, para banir as orações feitas em escolas públicas. E paralelamente, voltando para o sequestro, é mostrado como Madalyn compreendeu o quanto poderia ganhar em doações com esse tipo de ato jurÃdico, fundando logo após a “Americanos AteÃstas”, uma organização responsável em defender a primeira emenda da constituição que assegura a liberdade de religião.
O filme aborda um movimento muito polêmico e importante, o ateÃsmo. Ao mesmo tempo que Madalyn busca por seus direitos na constituição, ela faz isso de uma forma um tanto quanto corrupta - o longa desenvolve bastante esse lado negro da personagem e a incrÃvel Melissa Leo entrega mais uma vez, uma atuação convincente e brilhante, mostrando o quanto Madalyn O’Hair lutava pelos seus ideais com total ausência de escrúpulos. Para certo público, ela era uma heroÃna mal compreendida, para outros uma vilã.
A trama tem um sério problema com o roteiro e o encaixe dos núcleos que são paralelos. A primeira parte que mostra o apanhado histórico da personagem, é bem intrigante e nos prende à história, porém o segundo núcleo é desenvolvido de uma forma muito inferior contando com atuações que não brilham e nem somam para que o filme continue interessante, a narrativa se perde em mostrar quem Madalyn foi, e acaba ficando cansativa.
'A Mulher Mais Odiada dos Estados Unidos' definitivamente não é uma das melhores produções da Netflix mas conta com boa direção, ótima atuação de Melissa Leo que salva a monotonia do elenco coadjuvante e mesmo com um roteiro cheio de falhas, consegue, de certa forma, apresentar quem foi Madalyn Murray O’Hair e sua importância para o movimento ateÃsta. Quem tem interesse na história de Madalyn ou sobre o movimento, vai gostar mesmo com as falhas bem visÃveis que o longa tem.
Vale Ver !
DIREÇÃO
Tommy O'Haver
EQUIPE TÉCNICA
Roteiro: Tommy O'Haver, Irene Turner
Produção: Elizabeth Banks, Max Handelman
Fotografia: Armando Salas
Trilha Sonora: Alan Ari Lazar
Montador: Michael X. Flores
ELENCO
Adam Scott,Danya LaBelle, José Zúñiga, Josh Lucas (I),Juno Temple,Melissa Leo,Madalyn Murray O'Hair, Peter Fonda, Vincent Kartheiser, Vivienne Taylor (II)
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