PiTacO do PapO - 'Patti Cake$' | 2017
NOTA 8.0
Por Rogério Machado
Existe uma expressão em inglês que pra mim tem a mesma amplitude e força que a palavra 'saudade' em português: 'Fit in', cujo significado vai muito além da tradução literal. Muito mais do que 'se encaixar' ou 'caber', a expressão nos diz sobre fazer parte de algo, estar alinhado com um determinado grupo ou lugar. Essa mesma expressão caiu como uma luva no meu modo de enxergar 'Patti Cake$', filme que foi selecionado para o Festival de Sundance, do Rio, e arrancou elogios do público e também da crÃtica, além de receber nomeação ao Spirit Awards, premiação do cinema independente americano, como melhor primeiro filme.
Na movimentada Nova Jersey, conheceremos a rechonchuda e branquela Patricia Dombrowski (Danielle Macdonald), também conhecida como Killa P ou ainda Patti Cake$, uma aspirante a rapper. Com suas músicas originais e de muita força, ela luta em busca de uma improvável glória no cenário do hip hop e é plaudida e incentivada pela avó (Cathy Moriarty) e seus amigos, Jheri (Siddharth Dhananjay) e Basterd (Mamoudou Athie). Apesar da relação espinhosa com sua mãe (Bridget Everett), Patti sabe que precisa apoiá-la - ela não quer repetir o fracasso de sua progenitora, uma cantora sem sucesso que passa seus dias bebendo e cantando em bares locais para buscar alguma relevância na vida.
A jornada de Patti pode ser exprimida e encarada de diversas maneiras: como a looser que só quer ser respeitada, como uma rapper sonhadora que só quer seu lugar no mundo do entretenimento, ou ainda como a menina romântica que quer viver um conto de fadas em todas as áreas de sua vida - famÃlia, amigos, amor.. Esses sonhos todos são a força motriz do roteiro de Geremy Jasper que tem dois momentos distintos durante sua execução: na primeira metade, mais ácido com muitos palavrões, misturados à s caras mal encaradas, até no segundo ato , quando a atitude forte é substituÃda por doçura e sorrisos desse sonhar acordado que não pode e não deve acabar.
Pelo segundo e terceiro ato , os mais implacáveis poderão tachar o obra de não original, acusá-la de repetir uma fórmula usada em outros filmes do mesmo nipe (como '8 Miles' por exemplo). Mas o que pode causar estranheza à uns será a mesma coisa que tratá surpresa à outros. 'Patti Cake$' consegue imprimir dois tons à uma história que parecia ter uma faceta só. O que parecia se nortear por caminhos crus e cruéis, revela nuances mais leves, que bebem da comédia e do bom dramalhão familiar para concluir sua mensagem.
'Patti Cake$' no meio de todas as rimas, inferninhos e bares do subúrbio de Nova Jersey, mostra que histórias de motivação acontecem até nos lugares mais improváveis, basta que alguém sonhe e faça acontecer. O longa de Jasper nos diz sobre autoconhecimento, autoafirmação e autoconfiança.
Vale Ver !
DIREÇÃO
Geremy Jasper
EQUIPE TÉCNICA
Roteiro: Geremy Jasper
Produção: Chris Columbus, Dan Janvey, Daniela Taplin Lundberg, Michael Gottwald, Noah Stahl, Rodrigo Teixeira
Fotografia: Federico Cesca
Trilha Sonora: Geremy Jasper, Jason Binnick
Estúdio: Department of Motion Pictures, RT Features, Stay Gold Features
Montador: Brad Turner
Distribuidora: RT Features
ELENCO
Brett Diggs, Bridget Everett, Cathy Moriarty, Danielle Macdonald, Dylan Blue, Faith Logan, Mackenzie Grace Castle, Mamoudou Athie, McCaul Lombardi, Patrick Brana, Ray Iannicelli, Robert Eckard, Siddharth Dhananjay, Warren Bub
Por Rogério Machado
Existe uma expressão em inglês que pra mim tem a mesma amplitude e força que a palavra 'saudade' em português: 'Fit in', cujo significado vai muito além da tradução literal. Muito mais do que 'se encaixar' ou 'caber', a expressão nos diz sobre fazer parte de algo, estar alinhado com um determinado grupo ou lugar. Essa mesma expressão caiu como uma luva no meu modo de enxergar 'Patti Cake$', filme que foi selecionado para o Festival de Sundance, do Rio, e arrancou elogios do público e também da crÃtica, além de receber nomeação ao Spirit Awards, premiação do cinema independente americano, como melhor primeiro filme.
Na movimentada Nova Jersey, conheceremos a rechonchuda e branquela Patricia Dombrowski (Danielle Macdonald), também conhecida como Killa P ou ainda Patti Cake$, uma aspirante a rapper. Com suas músicas originais e de muita força, ela luta em busca de uma improvável glória no cenário do hip hop e é plaudida e incentivada pela avó (Cathy Moriarty) e seus amigos, Jheri (Siddharth Dhananjay) e Basterd (Mamoudou Athie). Apesar da relação espinhosa com sua mãe (Bridget Everett), Patti sabe que precisa apoiá-la - ela não quer repetir o fracasso de sua progenitora, uma cantora sem sucesso que passa seus dias bebendo e cantando em bares locais para buscar alguma relevância na vida.
A jornada de Patti pode ser exprimida e encarada de diversas maneiras: como a looser que só quer ser respeitada, como uma rapper sonhadora que só quer seu lugar no mundo do entretenimento, ou ainda como a menina romântica que quer viver um conto de fadas em todas as áreas de sua vida - famÃlia, amigos, amor.. Esses sonhos todos são a força motriz do roteiro de Geremy Jasper que tem dois momentos distintos durante sua execução: na primeira metade, mais ácido com muitos palavrões, misturados à s caras mal encaradas, até no segundo ato , quando a atitude forte é substituÃda por doçura e sorrisos desse sonhar acordado que não pode e não deve acabar.
Pelo segundo e terceiro ato , os mais implacáveis poderão tachar o obra de não original, acusá-la de repetir uma fórmula usada em outros filmes do mesmo nipe (como '8 Miles' por exemplo). Mas o que pode causar estranheza à uns será a mesma coisa que tratá surpresa à outros. 'Patti Cake$' consegue imprimir dois tons à uma história que parecia ter uma faceta só. O que parecia se nortear por caminhos crus e cruéis, revela nuances mais leves, que bebem da comédia e do bom dramalhão familiar para concluir sua mensagem.
'Patti Cake$' no meio de todas as rimas, inferninhos e bares do subúrbio de Nova Jersey, mostra que histórias de motivação acontecem até nos lugares mais improváveis, basta que alguém sonhe e faça acontecer. O longa de Jasper nos diz sobre autoconhecimento, autoafirmação e autoconfiança.
Vale Ver !
Geremy Jasper
EQUIPE TÉCNICA
Roteiro: Geremy Jasper
Produção: Chris Columbus, Dan Janvey, Daniela Taplin Lundberg, Michael Gottwald, Noah Stahl, Rodrigo Teixeira
Fotografia: Federico Cesca
Trilha Sonora: Geremy Jasper, Jason Binnick
Estúdio: Department of Motion Pictures, RT Features, Stay Gold Features
Montador: Brad Turner
Distribuidora: RT Features
ELENCO
Brett Diggs, Bridget Everett, Cathy Moriarty, Danielle Macdonald, Dylan Blue, Faith Logan, Mackenzie Grace Castle, Mamoudou Athie, McCaul Lombardi, Patrick Brana, Ray Iannicelli, Robert Eckard, Siddharth Dhananjay, Warren Bub
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