PiTacO do PapO - 'A Melhor Escolha' | 2018
NOTA 9.0
Por Karina Massud @cinemassud
Uma grande carga dramática, atuações e diálogos estupendos fazem de “A Melhor Escolha”, um filmaço de guerra. De guerra que não vai pro campo de batalha mas que fala sobre ela como nenhum outro. Nele, a missão a ser cumprida é a mais difícil de todas: enterrar um filho morto na guerra.
A trama do filme é bem simples: o ano é 2003 e a Guerra, a do Iraque, onde três veteranos da guerra do Vietnã se encontram para cumprir uma missão bem amarga. Doc (Steve Carell) reúne seus antigos colegas da Marinha, Sal (Bryan Cranston) e Richard (Laurence Fishburne) para levarem o corpo do filho morto no Iraque para ser enterrado em sua terra-natal, contrariando a tradição de enterrar heróis de guerra no cemitério de Arlington.
Juntos eles vão nessa viagem agridoce onde resgatam memórias felizes e tristes em diálogos sensacionais. - “Cada geração tem sua guerra. Homens fazem as guerras, e as guerras fazem os homens.” - Lembranças essas que parecem ser ainda muito vivas, pois os fazem chorar, rir, expor suas fraquezas ao longo da vida e acertar contas com o passado.
Steve Carell mais uma vez se mostra um ator dramático brilhante, o sofrimento de Doc é sóbrio mas desolador. Lawrence Fishburne como o pastor resignado que encontrou a paz, e Bryan Cranston como ex-combatente sem rumo na vida não ficam para trás no primor de interpretação, mas o filme é mesmo de Carell.
Há momentos de leveza e humor, assim como de tocante solidariedade e carinho entre os amigos. O diretor Richard Linklater (que tem no currículo, dentre outros, os sucessos “Antes do Amanhecer”, “Antes da Meia-Noite” e “Boyhood”), apesar da atmosfera de tristeza soube dosar esses momentos com extrema sensibilidade.
Assim como levantar questões inevitáveis e eternas: A dor da perda de um filho é justificada pela guerra? Vale a pena lutar pelo seu país? Ou tudo o que te dizem é enganação para convencer os jovens ingênuos e idealistas a se alistarem? Vietnã, Golfo, Afeganistão: não importa qual a guerra, a dor e a sensação de injustiça são iguais. O filme é um pouco longo (124 min), mas emocionante do começo ao fim.
Super Vale Ver !
Por Karina Massud @cinemassud
Uma grande carga dramática, atuações e diálogos estupendos fazem de “A Melhor Escolha”, um filmaço de guerra. De guerra que não vai pro campo de batalha mas que fala sobre ela como nenhum outro. Nele, a missão a ser cumprida é a mais difícil de todas: enterrar um filho morto na guerra.
A trama do filme é bem simples: o ano é 2003 e a Guerra, a do Iraque, onde três veteranos da guerra do Vietnã se encontram para cumprir uma missão bem amarga. Doc (Steve Carell) reúne seus antigos colegas da Marinha, Sal (Bryan Cranston) e Richard (Laurence Fishburne) para levarem o corpo do filho morto no Iraque para ser enterrado em sua terra-natal, contrariando a tradição de enterrar heróis de guerra no cemitério de Arlington.
Juntos eles vão nessa viagem agridoce onde resgatam memórias felizes e tristes em diálogos sensacionais. - “Cada geração tem sua guerra. Homens fazem as guerras, e as guerras fazem os homens.” - Lembranças essas que parecem ser ainda muito vivas, pois os fazem chorar, rir, expor suas fraquezas ao longo da vida e acertar contas com o passado.
Steve Carell mais uma vez se mostra um ator dramático brilhante, o sofrimento de Doc é sóbrio mas desolador. Lawrence Fishburne como o pastor resignado que encontrou a paz, e Bryan Cranston como ex-combatente sem rumo na vida não ficam para trás no primor de interpretação, mas o filme é mesmo de Carell.
Há momentos de leveza e humor, assim como de tocante solidariedade e carinho entre os amigos. O diretor Richard Linklater (que tem no currículo, dentre outros, os sucessos “Antes do Amanhecer”, “Antes da Meia-Noite” e “Boyhood”), apesar da atmosfera de tristeza soube dosar esses momentos com extrema sensibilidade.
Assim como levantar questões inevitáveis e eternas: A dor da perda de um filho é justificada pela guerra? Vale a pena lutar pelo seu país? Ou tudo o que te dizem é enganação para convencer os jovens ingênuos e idealistas a se alistarem? Vietnã, Golfo, Afeganistão: não importa qual a guerra, a dor e a sensação de injustiça são iguais. O filme é um pouco longo (124 min), mas emocionante do começo ao fim.
Super Vale Ver !
DIREÇÃO
- Richard Linklater
EQUIPE TÉCNICA
Roteiro: Richard Linklater, Darryl Ponicsan
Produção: Richard Linklater,Ginger Sledge, John Sloss
Fotografia: Shane F. Kelly
Fotografia: Shane F. Kelly
Trilha Sonora: Graham Reynolds
Montador: Sandra Adair
Distribuidora: Imagem Filmes
ELENCO
Bryan Cranston, Laurence Fishburne, Steve Carell,
J. Quinton Johnson, Deanna Reed-Foster,Yul Vazquez,Graham Wolfe,Jeff Monahan,Dontez James,Tammy Tsai, Richard Barlow, Cathy O'Dell
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