PiTacO do PapO - 'Marshall' | 2018
NOTA 8.0
Por Rogério Machado
Em 1941, o mundo não devia ser muito pior do que é hoje, mas em algumas conquistas (ou pequenezas) pode ser que tenhamos avançado.. (será?) Fico imaginando, no auge da Segunda Guerra Mundial e com a segregação racial aos picos, o quanto difÃcil devia ser para judeus e negros. Em tempo algum, eu, com tudo que já li e vi sobre filmes de conteúdo real dentro da temática, pensei que veria uma união entre eles em prol de uma causa tão nobre: a de defender negros que eram acusados de crimes injustamente somente pela cor da sua pele. 'Mashall', que não deve passar pelas salas brasileiras, nos conta sobre essa união com frutos que são colhidos até hoje.
A história nos apresenta à Thurgood Marshall (Chadwick Boseman), um advogado que antes de se tornar o primeiro juiz afro-descendente da Corte Suprema Americana, deve lutar num caso que pode definir sua carreira: defender Joseph Spell (Sterling K. Brown), um homem negro que está sendo acusado de violentar Eleanor Strubbing (Kate Hudson), uma socialite branca, mas que jura não ser o culpado do crime. Amordaçado por uma corte segregacionista, Marshall forma uma parceria com o jovem advogado judeu Samuel Friedman (Josh Gad). Juntos eles montam uma estratégia de defesa no meio de um ambiente totalmente hostil, que mescla racismo e anti-semitismo.
Muito embora o filme tenha um bom desenvolvimento, - e que felizmente não cai nas armadilhas de filme com tribunal - , acredito que tenha faltado um melhor aproveitamento do roteiro em mãos - a parceria de um judeu e um negro poderia ser dramaticamente melhor explorada - afinal de contas um acontecimento como esse, tão marcante na história, com toda certeza foi maciçamente reprovado com ações bem intimidadoras. Sendo assim, o longa segue num bom clima de expectativa em relação ao veredito, mas perde nas cenas extra tribunal. O ponto positivo, acabou sendo o 'calcanhar de aquiles' da produção.
Não era mesmo de se admirar que todo o conjunto fosse muito bem sucedido na produção, afinal de contas temos dois atores em ascensão como protagonistas: Boseman é destaque no universo Marvel, muito mais agora com a estreia do filme solo do Pantera Negra, e Gad que cada vez mais tem crescido e aparecido em grandes produções de destaque no último ano como 'A Bela e a Fera' e 'Assassinato do Expresso Oriente' (2017), também é um reforço considerável ao longa. Toda ambientação da trama também são pontos fortes na produção. Fica a desejar um melhor aproveitamento do argumento, mas ainda sim, o filme vale pela memória histórica de pessoas e acontecimentos tão decisivos para a quebra de tabus e preconceitos aos quais a humanidade pode e deve se envergonhar.
Vale Ver !
Por Rogério Machado
Em 1941, o mundo não devia ser muito pior do que é hoje, mas em algumas conquistas (ou pequenezas) pode ser que tenhamos avançado.. (será?) Fico imaginando, no auge da Segunda Guerra Mundial e com a segregação racial aos picos, o quanto difÃcil devia ser para judeus e negros. Em tempo algum, eu, com tudo que já li e vi sobre filmes de conteúdo real dentro da temática, pensei que veria uma união entre eles em prol de uma causa tão nobre: a de defender negros que eram acusados de crimes injustamente somente pela cor da sua pele. 'Mashall', que não deve passar pelas salas brasileiras, nos conta sobre essa união com frutos que são colhidos até hoje.
A história nos apresenta à Thurgood Marshall (Chadwick Boseman), um advogado que antes de se tornar o primeiro juiz afro-descendente da Corte Suprema Americana, deve lutar num caso que pode definir sua carreira: defender Joseph Spell (Sterling K. Brown), um homem negro que está sendo acusado de violentar Eleanor Strubbing (Kate Hudson), uma socialite branca, mas que jura não ser o culpado do crime. Amordaçado por uma corte segregacionista, Marshall forma uma parceria com o jovem advogado judeu Samuel Friedman (Josh Gad). Juntos eles montam uma estratégia de defesa no meio de um ambiente totalmente hostil, que mescla racismo e anti-semitismo.
Muito embora o filme tenha um bom desenvolvimento, - e que felizmente não cai nas armadilhas de filme com tribunal - , acredito que tenha faltado um melhor aproveitamento do roteiro em mãos - a parceria de um judeu e um negro poderia ser dramaticamente melhor explorada - afinal de contas um acontecimento como esse, tão marcante na história, com toda certeza foi maciçamente reprovado com ações bem intimidadoras. Sendo assim, o longa segue num bom clima de expectativa em relação ao veredito, mas perde nas cenas extra tribunal. O ponto positivo, acabou sendo o 'calcanhar de aquiles' da produção.
Não era mesmo de se admirar que todo o conjunto fosse muito bem sucedido na produção, afinal de contas temos dois atores em ascensão como protagonistas: Boseman é destaque no universo Marvel, muito mais agora com a estreia do filme solo do Pantera Negra, e Gad que cada vez mais tem crescido e aparecido em grandes produções de destaque no último ano como 'A Bela e a Fera' e 'Assassinato do Expresso Oriente' (2017), também é um reforço considerável ao longa. Toda ambientação da trama também são pontos fortes na produção. Fica a desejar um melhor aproveitamento do argumento, mas ainda sim, o filme vale pela memória histórica de pessoas e acontecimentos tão decisivos para a quebra de tabus e preconceitos aos quais a humanidade pode e deve se envergonhar.
Vale Ver !
DIREÇÃO
- Reginald Hudlin
EQUIPE TÉCNICA
roteiro: Jacob Koskoff, Michael Koskoff
produção: Reginald Hudlin, Jonathan Sanger, Paula Wagner
música: Marcus Miller
fotografia: Newton Thomas Sigel
ELENCO
Chadwick Boseman, Josh Gad,Kate Hudson, Sterling K. Brown, Dan Stevens, James Cromwell, Keesha Sharp, Roger Guenveur Smith, Derrick Baskin,Barrett Doss, Zanete Shadwick , John Magaro,Ahna O'Reilly Jussie Smollett,Rozonda 'Chilli' Thomas, Andra Day,Jeremy Bobb, Jeffrey DeMunn, Brendan Burke, Sophia Bush, Ed Jewett, Adriano Gatto, Perris K. Fortson, Josie DiVincenzo, Dan Bittner, Edwin Lee Gibson
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