PiTacO do PapO - 'Even Lovers Get the Blues' | 2017
NOTA 7.5
Por Rogério Machado
Ainda sem versão para o português, 'Even Lovers Get the Blues' - algo como 'até mesmo os amantes ficam tristes' , é uma viagem pelas taras, o ciúme, o amor, a libido, o sentimento de posse. Logo de cara somos apresentados à todos os personagens em cenas quentes: cada um com seu par, esporádico ou fixo, se entregando ao prazer sob uma estética que muito se assemelha ao soft porn, só que com trama mais 'cabeça', eu diria. Sob a direção do cineasta e roteirista Laurent Micheli, o filme não deve estrear oficialmente no Brasil, mas é possÃvel encontrar arquivos on line pela internet.
Léo (Sevérine Porzio), uma cantora de boate, está dormindo com Louis (Arnadu Bronsart), um barman. Ele quer ter uma famÃlia e ela prefere ficar descompromissadamente. Ana (Marie Denys) tem passado as noites com Hugo (Gael Maleux) e parece estar cada vez mais apaixonada por ele, Dalhia (Adriana da Fonseca) transa com Graciano (Gabriel da Costa) e essa crê que o namorado é fiel, já Arthur (Tristan Schotte), gosta mesmo de uma dark room lotada, mas depois de esbarrar com Graciano (sim, o mesmo Graciano de Dalhia), não consegue pensar em outra coisa senão na noite quente de sexo depois de uma noitada regada à muita droga.
Os personagens se cruzam na aleatoriedade da noite de Bruxelas. Casais são feitos e desfeitos, experimentando uma sexualidade sempre em evolução, buscando um tipo de amuleto que os faça sentir vivos. Laurent Micheli filma de forma quase teatral o mal-estar de sua geração: uma sociedade insegura que, a sua maneira, está tentando reinventar o sexo e o amor, e ser feliz dessa forma.
Mesmo com visual atraente, não são as cenas de sexo (com direito a muito nu e membros eretos) , que fazem com que a missão do longa se cumpra - a mensagem fica perdida. É como se o principal objetivo fosse realmente chocar (os mais puritanos) com as sequências pra lá de sensuais e explÃcitas. Os personagens, com exceção de Ana (que passa por um momento difÃcil em função de uma tragédia) não apresentam durante o decorrer da trama, a profundidade que esperamos que um filme sobre relações tenha. Sabemos que ambos ali procuram se encontrar, procuram achar um ao outro, mas falta ser incisivo no discurso. É um filme sexy, até gostoso de ver, mas nada além disso.
Vale Ver !
Marie Denys, Tristan Schotte, Adriana Da Fonseca, Gabriel Da Costa, Séverine Porzio, Arnaud Bronsart, Sabrina Assabah, Laurent Caron, Philippe Grand'Henry, Julien Jakout, Adrien Letartre, Gaël Maleux
Por Rogério Machado
Ainda sem versão para o português, 'Even Lovers Get the Blues' - algo como 'até mesmo os amantes ficam tristes' , é uma viagem pelas taras, o ciúme, o amor, a libido, o sentimento de posse. Logo de cara somos apresentados à todos os personagens em cenas quentes: cada um com seu par, esporádico ou fixo, se entregando ao prazer sob uma estética que muito se assemelha ao soft porn, só que com trama mais 'cabeça', eu diria. Sob a direção do cineasta e roteirista Laurent Micheli, o filme não deve estrear oficialmente no Brasil, mas é possÃvel encontrar arquivos on line pela internet.
Léo (Sevérine Porzio), uma cantora de boate, está dormindo com Louis (Arnadu Bronsart), um barman. Ele quer ter uma famÃlia e ela prefere ficar descompromissadamente. Ana (Marie Denys) tem passado as noites com Hugo (Gael Maleux) e parece estar cada vez mais apaixonada por ele, Dalhia (Adriana da Fonseca) transa com Graciano (Gabriel da Costa) e essa crê que o namorado é fiel, já Arthur (Tristan Schotte), gosta mesmo de uma dark room lotada, mas depois de esbarrar com Graciano (sim, o mesmo Graciano de Dalhia), não consegue pensar em outra coisa senão na noite quente de sexo depois de uma noitada regada à muita droga.
Os personagens se cruzam na aleatoriedade da noite de Bruxelas. Casais são feitos e desfeitos, experimentando uma sexualidade sempre em evolução, buscando um tipo de amuleto que os faça sentir vivos. Laurent Micheli filma de forma quase teatral o mal-estar de sua geração: uma sociedade insegura que, a sua maneira, está tentando reinventar o sexo e o amor, e ser feliz dessa forma.
Mesmo com visual atraente, não são as cenas de sexo (com direito a muito nu e membros eretos) , que fazem com que a missão do longa se cumpra - a mensagem fica perdida. É como se o principal objetivo fosse realmente chocar (os mais puritanos) com as sequências pra lá de sensuais e explÃcitas. Os personagens, com exceção de Ana (que passa por um momento difÃcil em função de uma tragédia) não apresentam durante o decorrer da trama, a profundidade que esperamos que um filme sobre relações tenha. Sabemos que ambos ali procuram se encontrar, procuram achar um ao outro, mas falta ser incisivo no discurso. É um filme sexy, até gostoso de ver, mas nada além disso.
Vale Ver !
DIREÇÃO
- Laurent Micheli
EQUIPE TÉCNICA
Roteiro: Laurent Micheli
Produção: Camille Meynard , Laurent Micheli
Fotografia: Olivier Boonjing, Tristan Galand
Montador: Nicolas Bier, Julie Naas
ELENCO
Marie Denys, Tristan Schotte, Adriana Da Fonseca, Gabriel Da Costa, Séverine Porzio, Arnaud Bronsart, Sabrina Assabah, Laurent Caron, Philippe Grand'Henry, Julien Jakout, Adrien Letartre, Gaël Maleux
Deixe seu Comentário: