PiTacO do PapO - 'Happy End' | 2018
NOTA 7.5
Por Karina Massud @cinemassud
Velhice, suicÃdio, relacionamentos, traição e insatisfação: todos os ingredientes dos filmes do cineasta Michael Haneke estão presentes em “Happy End”, sua mais nova produção.
Isabelle Huppert (que dispensa elogios ) é Anne, a chefe de uma famÃlia francesa abastada. Ela tem um filho que bebe em excesso e vive aprontando; ela também preside a empresa da famÃlia que está à s voltas com um grave acidente de trabalho e suas consequências/indenizações. Seu irmão Thomas está no segundo casamento e tem que acolher a filha do primeiro porque a mãe dela tentou se matar. O patriarca é George Laurent (o sempre ótimo Jean-Louis Trintignant) um senhor idoso que não poupa ninguém de sua sinceridade e já está saturado de tudo que o cerca. Embora formem uma famÃlia e vivam numa mesma mansão, cada um vive em seu mundinho particular, mais conectados virtualmente com outras pessoas, com seus celulares e redes sociais que entre si (qualquer semelhança com a realidade não é mera coincidência)
O diretor é provocativo quanto se trata de jogar verdades de maneira crua na cara do espectador: meu pai não aguentou tanta reclamação da minha mãe, eu vou parar num orfanato porque você vai fugir com sua amante, eu sou velho e não quero mais viver. Há também uma leve crÃtica social já que os protagonistas são uma famÃlia de alta classe que está à beira da bancarrota , vive numa mansão com vários criados e frequenta lugares de luxo, enquanto Calais, a região onde vivem na França, enfrenta o problema incontornável dos refugiados que vivem na mais extrema miséria.
Ao contrário das outras obras do diretor, “Happy End” deixa os vários finais em aberto, o que não deixa de ser interessante pois a história segue e cabe a nós imaginar como ela termina. O longa não chega aos pés da obra-prima “Amor” (filme do diretor de 2012, vencedor de inúmeros prêmios dentre eles o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro), dificilmente outro filme chegará, mas é um bom filme que vale pelo elenco, direção e bela fotografia.
Vale Ver !
Por Karina Massud @cinemassud
Velhice, suicÃdio, relacionamentos, traição e insatisfação: todos os ingredientes dos filmes do cineasta Michael Haneke estão presentes em “Happy End”, sua mais nova produção.
Isabelle Huppert (que dispensa elogios ) é Anne, a chefe de uma famÃlia francesa abastada. Ela tem um filho que bebe em excesso e vive aprontando; ela também preside a empresa da famÃlia que está à s voltas com um grave acidente de trabalho e suas consequências/indenizações. Seu irmão Thomas está no segundo casamento e tem que acolher a filha do primeiro porque a mãe dela tentou se matar. O patriarca é George Laurent (o sempre ótimo Jean-Louis Trintignant) um senhor idoso que não poupa ninguém de sua sinceridade e já está saturado de tudo que o cerca. Embora formem uma famÃlia e vivam numa mesma mansão, cada um vive em seu mundinho particular, mais conectados virtualmente com outras pessoas, com seus celulares e redes sociais que entre si (qualquer semelhança com a realidade não é mera coincidência)
Ao contrário das outras obras do diretor, “Happy End” deixa os vários finais em aberto, o que não deixa de ser interessante pois a história segue e cabe a nós imaginar como ela termina. O longa não chega aos pés da obra-prima “Amor” (filme do diretor de 2012, vencedor de inúmeros prêmios dentre eles o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro), dificilmente outro filme chegará, mas é um bom filme que vale pelo elenco, direção e bela fotografia.
Vale Ver !
DIREÇÃO
- Michael Haneke
EQUIPE TÉCNICA
Roteiro: Michael Haneke
Produção: Margaret Ménégoz
Fotografia: Christian Berger
Montador: Monika Willi
ELENCO
Isabelle Huppert,Jean-Louis Trintignant ,Mathieu Kassovitz, Fantine Harduin, Franz Rogowski,Laura Verlinden, Aurélia Petit, Toby Jones, Hille Perl, Hassam Ghancy, Nabiha Akkari, Joud Geistlich, Philippe du Janerand, Dominique Besnehard, Bruno Tuchszer, Alexandre Carrière,Nathalie Richard, David Yelland, Waël Sersoub, Marie-Pierre Feringue
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