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PiTacO do PapO - 'Missão: Impossível - Efeito Fallout' | 2018

NOTA 9.7

Eu vou dar um jeito!

Por Vinícius Martins @cinemarcante 


A franquia Missão: Impossível é, provavelmente, a melhor da atualidade no gênero de ação. Com exceção do mediano segundo filme, todos os demais são de uma qualidade memorável e explosiva, quase sempre beirando o impecável. E um dos traços mais marcantes da saga de Ethan Hunt é a diversidade visionária no modo como os estúdios Paramount efetuam uma rotatividade de diretores com versões e maneiras diferentes de contar sua história sem deixar a peteca cair ou permitir que a identidade de ‘Missão: Impossível’ se perca. Do primeiro ao quinto filme os diretores foram, respectivamente, Brian de Palma, John Woo, J J Abrams, Brad Bird e Christopher McQuarrie. Em 2018, McQuarrie se torna o primeiro diretor a retornar ao comando da franquia, e entrega o filme que tem mais cara de sequência dentre todos os seis lançados até hoje.


Poderíamos tecer dúzias de elogios ao astro Tom Cruise, que está se mostrando cada vez mais lendário a cada nova produção, mas isso não é novidade para ninguém. O elenco como um todo é monstruoso e elegante, e provavelmente “espetacular” seja a palavra que melhor defina cada performance. Desde o Superman até a mãe do T’Challa, passando pelo indispensável Scott da franquia Star Trek e encontrando Seneca Crane no final, cada integrante desse magnífico corpo de atores tem um propósito em cena. E o longa ganha um peso extra ao dispensar os alívios cômicos tão característicos e entregar um tom mais sombrio a esse festival de absurdos.

No entanto, o  destaque maior vai para a história. Em um universo construído sob olhares diferentes de diretores com carreiras polarizadas, repetir a dose parecia ser um equívoco, mas na verdade se provou um enorme acerto. Se antes havia algum temor de que esse fosse um novo ‘Quantum Of Solace’, que em 2008 não fez muita justiça ao primeiro filme 007 com Daniel Craig, agora há elogios e comentários que tornam ‘Efeito Fallout’ uma notável referência dentro do cinema como um todo.

Hunt tem a (im)possível missão de evitar (ou controlar) a fuga do vilão do filme anterior enquanto tenta desmantelar uma organização ainda mais perversa que o Sindicato, que é uma remanescente do mesmo. E faz tudo isso em um ritmo de ação desenfreado, energético, avassalador, reprisando momentos chave da franquia. Seja em uma citação direta à vilã do primeiro filme, Max, ou em uma escalada desprotegida em um precipício, a franquia se faz refletir nesse novo momento.

No geral, o de sempre: pancadaria, reviravoltas (algumas previsíveis), tiroteios, escapismos miraculosos e Tom Cruise em mais uma corrida frenética. Uma exposição de situações impossíveis onde torná-las possíveis é plausível e aceitável. Efeitos práticos excelentes, trilha sonora que mescla tribalismo com os elementos de cordas e metais característicos de Hans Zimmer, e uma excelente direção de atores e núcleos de ação são o que fazem desse novo capítulo uma adição louvável e intensa; uma evidência de que uma série episódica pode obter sucesso também com sequências diretas. Que venham mais dez filmes, e vida longa ao Tom!


Super Vale Ver !


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