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PiTacO do PapO - 'A Primeira Noite de Crime' - 2018

NOTA  6.0

Por Rogério Machado 


Parece que foi ontem, mas 'Uma Noite de Crime' estreava há exatos cinco anos, e pra surpresa de muitos, uma nova cara era imprimida ao gênero que como plus ainda trazia uma trama com frescor e o melhor, cérebro. De lá pra cá 'Uma Noite de Crime: Anarquia' (2014) e '12 Horas para Sobreviver: O Ano da Eleição' (2016) mostraram outros desdobramentos do primeiro contato do público com o novo jeito de 'expurgar'. Como os famosos 'prequels' (traduzindo: a origem de uma determinada história), tem se tornado uma verdadeira febre, sobretudo no terror, era só uma questão de tempo até que a franquia 'The Purge' também apresentasse a proposta. Mais um caça  níquel  ou realmente era necessário saber o que teria motivado as tais noites de matança liberada?


O ponto de partida da história se dá quando um novo partido político, o New Founding Fathers of America, ascende. Assim, é  anunciado um novo experimento social: são 12 horas sem lei, em que o governo incentiva as pessoas a perderem toda e qualquer inibição para matar deliberadamente, sem qualquer punição.. A participação não é obrigatória, mas como estímulo, 5.000 dólares é oferecido para quem fica na cidade, e mais prêmios para quem participa do experimento que todos conhecem como 'expurgo'. 

No meio de toda confusão em uma noite onde tudo podia acontecer, Nya (Lex Scott Davis) sai a procura do irmão, Isaiah (Joivan Wade) que por sua vez pretende vingar-se de um perseguidor. O líder do tráfico na região, Dimitri (Y'lan  Noel), a princípio decide não se envolver nas mortes daquela noite, mas com uma descoberta inusitada sobre o que estava por trás do polêmico experimento, ele resolve se lançar no conflito e se juntar a Nya e Isaiah. 

A tarefa da produção - que é mostrar a origem dos expurgos - na prática não acontece. O que na verdade acontece é uma desculpa para mostrar mais do mesmo e no meio da narrativa forjar uma desculpa (que numa boa trama poderíamos chamar de 'plot twist'), que viria a confirmar a falência de um sistema político que incentiva mortes para fortalecer a economia e controlar o crescimento da população , principalmente os desfavorecidos. Resumo da ópera: a espinha dorsal da franquia já vinha aos poucos sendo destrinchada nos filmes anteriores, e é o que acaba por tirar o impacto do mote deste último (será?) filme. 

Tem crítica social, tem trama de fundo político (assim como os filmes anteriores), mas , como diria minha avô : 'tudo como dantes no quartel de abrantes'.  Sobram algumas cenas que rementem mais à ação do que ao suspense ou terror, e sequências que são, nada mais nada menos, do que recortes do que vimos anteriormente, o que me faz chegar à conclusão que o prequel tem argumento falho e se mostra desnecessário. A título de curiosidade, recomendo para quem já acompanha a série. 


Vale Ver, Mas nem Tanto!


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