PiTacO do PapO - 'A Sociedade Literária e a Torta de Casca de Batata' | 2018
NOTA 9.0
Por Rogério Machado
'O clube de leitura se tornou nosso refúgio... É uma liberdade particular sentir o mundo escurecer à sua volta , e precisar só de uma vela para vislumbrar novos mundos...'
Para os apaixonados por livros e claro, os apaixonados por cinema, a mais nova produção que atende pelo curioso nome de 'Sociedade Literária e a Torta de Casca de Batata', mistura esses dois mundos para contar uma história de perseverança, coragem e esperança em tempos de guerra. O filme sob comando de Mike Newell, responsável pelos romances 'Quatro Casamentos e um Funeral' (1994) e 'Amores nos Tempos do Cólera' (2007), é mais uma nova produção da plataforma de streaming Netflix.
Na história Lily James (que agradou em cheio no novo 'Mamma Mia 2') é Juliet Ashton, uma jovem escritora com ausência de inspiração, que logo após a Segunda Guerra Mundial recebe uma carta de um membro da misteriosa Sociedade Literária de Guernsey, uma organização formada durante o período de ocupação nazi. Curiosa, Juliet decide ir até às ilhas de Guernsey e encontra-se com os excêntricos membros da Sociedade Literária da Torta de Casca de Batata, entre os quais se encontra Dawsey (Michiel Huisman), o charmoso e intrigante agricultor que esteve na origem da carta. As suas confidências, a sua ligação à ilha e aos seus habitantes, e a crescente afeição que nutre por Dawsey irão para sempre mudar o curso da vida de Juliet.
O longa pode parecer mais um romance corriqueiro tendo como pano de fundo livros e guerra, mas é correto dizer que o que acontece é exatamente o contrário: 'Sociedade Literária e a Torta de Casca de Batata' acompanha o drama de um pequeno grupo de pessoas, que teve que usar de muita vontade e criatividade para sobreviver em tempos de guerra, tendo a ajuda, claro, dos livros... e no meio de tantos deles, que eram escondidos dos nazistas, estava um do autor Charles Lamb com uma nota que dizia respeito à Juliet que inevitavelmente a levaria até a esse grupo amante de boas histórias, e que por consequência a atrairia também à trajetória desse homem simples, Dawsey, diretamente ligado ao desaparecimento de Elisabeth, uma vítima das truculências dos alemães.
Pra quem ama literatura , será impossível não se identificar: Jane Eyre, Jane Austen, Virginia Wolf são a todo tempo citadas nas conversas durante as reuniões, assim como a paixão pelo aclamado 'O Morro dos Ventos Uivantes' que também é constante em uma fala ou outra da pitoresca e solitária Isola, uma das integrantes da trupe de leitores. O que não chega a convencer, é o romance do casal protagonista, mas que, por sorte, não é tão explorado na trama, que tem muito mais a dizer sobre os personagens secundários - todos muito bem representados nessas subtramas citadas ali em cima nesse texto.
O porque desse curioso título que deu nome ao livro de Mary Ann Shaffer no qual o filme é baseado, ainda na introdução saberemos. Fica a pergunta se a velha frase 'vá plantar batatas' foi um termo criado durante a Segunda Guerra Mundial quando os nazistas tiraram os porcos dos colonos de Guernsey para dar de comer aos soldados do exército alemão. Direção de arte, condução, roteiro e elenco - um conjunto de acertos que fazem dessa produção uma das melhores lançadas recentemente no catálogo da plataforma.
Super Vale Ver !O longa pode parecer mais um romance corriqueiro tendo como pano de fundo livros e guerra, mas é correto dizer que o que acontece é exatamente o contrário: 'Sociedade Literária e a Torta de Casca de Batata' acompanha o drama de um pequeno grupo de pessoas, que teve que usar de muita vontade e criatividade para sobreviver em tempos de guerra, tendo a ajuda, claro, dos livros... e no meio de tantos deles, que eram escondidos dos nazistas, estava um do autor Charles Lamb com uma nota que dizia respeito à Juliet que inevitavelmente a levaria até a esse grupo amante de boas histórias, e que por consequência a atrairia também à trajetória desse homem simples, Dawsey, diretamente ligado ao desaparecimento de Elisabeth, uma vítima das truculências dos alemães.
Pra quem ama literatura , será impossível não se identificar: Jane Eyre, Jane Austen, Virginia Wolf são a todo tempo citadas nas conversas durante as reuniões, assim como a paixão pelo aclamado 'O Morro dos Ventos Uivantes' que também é constante em uma fala ou outra da pitoresca e solitária Isola, uma das integrantes da trupe de leitores. O que não chega a convencer, é o romance do casal protagonista, mas que, por sorte, não é tão explorado na trama, que tem muito mais a dizer sobre os personagens secundários - todos muito bem representados nessas subtramas citadas ali em cima nesse texto.
O porque desse curioso título que deu nome ao livro de Mary Ann Shaffer no qual o filme é baseado, ainda na introdução saberemos. Fica a pergunta se a velha frase 'vá plantar batatas' foi um termo criado durante a Segunda Guerra Mundial quando os nazistas tiraram os porcos dos colonos de Guernsey para dar de comer aos soldados do exército alemão. Direção de arte, condução, roteiro e elenco - um conjunto de acertos que fazem dessa produção uma das melhores lançadas recentemente no catálogo da plataforma.
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