PiTacO do PapO - 'Burning' | 2018
NOTA 8.0
Estufas incandescentes
Por Rogério Machado
Representante da Coreia do Sul no Oscar de Melhor Filme Estrangeiro 2019, e pela previsões, um dos favoritos ao prêmio da Academia de Hollywood, "Burning" é a mais nova obra do cineasta mais importante, premiado e prestigiado do país, Lee Chang-dong, mesmo autor de "Poesia" (2010) e "Secret Sunshine" (2007). O longa com pretensões de thriller, que também levou o prêmio da crítica esse ano em Cannes, funciona como uma crônica sobre a juventude coreana ,seus descaminhos e falta de perspectivas na vida.
Na trama, durante um dia normal de trabalho como entregador, Jong-soo (Yoo Ah-In) reencontra Hae-mi (Jeon Jong-seo), uma antiga amiga que vivia no mesmo bairro que ele. A jovem está com uma viagem marcada para a África e pede para Jong-soo cuidar de seu gato de estimação enquanto está longe. Hae-mi volta para casa na companhia de Ben (Steven Yeun), um jovem misterioso que conheceu na viagem. No entanto, o forasteiro tem um hobby peculiar, que está prestes a ser revelado aos novos amigos.
Ben é rico, tem um Porshe, um belo apartamento onde reúne amigos para pequenas reuniões, e aparentemente não tem um trabalho que banque todo aquele luxo. Já Jong-soo é um rapaz que está perdido entre escrever um livro ou dar atenção às terras de seu pai, um fazendeiro simples que está prestes a ser preso por uma agressão a um vizinho. E pra completar esse improvável triângulo, Hae-mi, uma garota aparentemente ingênua que faz bicos para sobreviver e que será o ponto de combustão do trio que, cada um, à sua maneira, não mostra em tempo algum do que é capaz e o que está por trás de suas motivações, ambições (ou a falta de ambos)
É bem verdade que a narrativa apresenta um ritmo bem lento, o que pode afugentar o espectador mais afoito, mas da metade para o final, para aqueles que insistirem, quando o mistério de um desaparecimento se estabelece e em seguida com o surpreendente desfecho, o longa nos fará ligar todas as pistas que nos foram dadas sobre que lição tirar dessa história: sensível, cru, violento e contemplativo, "Burning" foi um dos longas mais elogiados do Festival de Cannes 2018. Além disso, fez sucesso em vários festivais importantes, como Toronto, e será exibido nos prestigiados eventos de Londres e Nova York, a nata dos festivais internacionais.
Ben é rico, tem um Porshe, um belo apartamento onde reúne amigos para pequenas reuniões, e aparentemente não tem um trabalho que banque todo aquele luxo. Já Jong-soo é um rapaz que está perdido entre escrever um livro ou dar atenção às terras de seu pai, um fazendeiro simples que está prestes a ser preso por uma agressão a um vizinho. E pra completar esse improvável triângulo, Hae-mi, uma garota aparentemente ingênua que faz bicos para sobreviver e que será o ponto de combustão do trio que, cada um, à sua maneira, não mostra em tempo algum do que é capaz e o que está por trás de suas motivações, ambições (ou a falta de ambos)
É bem verdade que a narrativa apresenta um ritmo bem lento, o que pode afugentar o espectador mais afoito, mas da metade para o final, para aqueles que insistirem, quando o mistério de um desaparecimento se estabelece e em seguida com o surpreendente desfecho, o longa nos fará ligar todas as pistas que nos foram dadas sobre que lição tirar dessa história: sensível, cru, violento e contemplativo, "Burning" foi um dos longas mais elogiados do Festival de Cannes 2018. Além disso, fez sucesso em vários festivais importantes, como Toronto, e será exibido nos prestigiados eventos de Londres e Nova York, a nata dos festivais internacionais.
Vale Ver !
Deixe seu Comentário: